Cidadania
ENTREGUE ÀS BARATAS E ÀS BACTÉRIAS – Se você sofrer sério acidente de carro nas ruas da capital, torça para ficar acordado. Senão você pode ir parar no Pronto Socorro de Cuiabá
Cidadania
Na edição impressa do jornal Circuito Mato Grosso, que circula em todo o Estado, a partir desta quinta-feira, escrevo um artigo em que abordo a ameaça que as atuais condições em que é mantido o Pronto Socorro de Cuiabá representam para o cidadão que vive em nosso capital. Confiram o artigo:
Socorro! Livre-me do Pronto Socorro!
Por Enock Cavalcanti
Meus amigos, meus inimigos: o governo de Wilson Santos e a Prefeitura de Cuiabá dispararam uma série custosa de propaganda, no rádio, na TV e nos jornais, para provar que a Saúde em nossa capital segue a mil maravilhas. É o que chamo de dinheiro jogado no lixo. Ao invés de juntarem toda a grana possível para investirem na melhoria das condições de atendimento no Pronto Socorro e nas demais unidades de Saúde, despejam grana na mídia, na tola tentativa de sufocar a greve. Nessas horas chego a pensar que Wilson Santos é uma besta e que só está faltando mesmo ele cair sobre quatro patas para que todo mundo perceba, sem qualquer dúvida, que quem nos governa é esta besta.
Digo isto porque imagino que não exista propaganda capaz de enganar nosso povo que está cansado de saber, de cor e salteado, o que é e como funciona o Pronto Socorro de Cuiabá. Em sua empáfia de governante que procura não enxergar adiante do nariz, Wilson se esquece que, enquanto ele tem dinheiro para frequentar clínicas bem refrigeradas e consultórios nababescos, em outros Estados e, talvez, até em outros planetas, o nosso povo freqüenta, cotidianamente, o nosso Pronto Socorro, as nossas policlínicas. Ninguém precisa dizer a esse povo o que existe lá dentro.
Todo mundo sabe que o Pronto Socorro é uma imundície – só que a maioria de nosso povo, dada a sua pobreza, não dispõe de outra opção de atendimento, então tapa o nariz e encara aquilo lá, sempre que aparece um problema na família. Se o amigo encachaçado enche de porrada a cara da mulher, os curativos acabam sendo feitos lá no fatídico endereço da General Vale, uma espécie de sucursal do inferno em Cuiabá. O povo todo sabe disso e o grande horror de quem consegue pagar o seu plano da Unimed é não ficar acordado, na hora que lhe acontecer um acidente e acabar sendo removido pelos médicos do SAMU para o Pronto Socorro. Dia desses, numa roda de bem nascidas, ouvi uma professora rechonchuda dizer: “- Se eu bater o carro, ficar presa nas ferragens, só peço a Deus a gentileza de me deixar acordada. Posso ficar sangrando muito, mas quero ficar acordada”. Uma outra indaga: “- Mas pra que ficar acordada, fulana?” “- É que assim que a ambulância chegar vou gritar: não me leva pro Pronto Socorro, não! Eu tenho Unimed, me leva pro Santa Rosa, pelo amor de Deus”. Sim, nossa classe média, nossos cuiabanos de narizes empinados, têm verdadeiro terror de algum dia ir parar no Pronto Socorro, porque sabem, não é segredo para ninguém, que o governo do PSDB entregou aquele nosocômio às baratas, aos ratos, às bactérias de todas as espécies.
Eu e os outros rimos muito da piada da professora gordinha, se é que aquilo era uma piada. Confesso que fiquei pensando naqueles que não têm plano de saúde, não têm dinheiro, não têm amigos importantes e chegam aos malotes trazidos de qualquer maneira dos bairros da periferia ou dos municípios do interior. Nas mãos da Prefeitura de Cuiabá, sob olhar omisso do Governo do Estado e do Governo Federal, estas pessoas vivem em risco constante. Eu, que não creio, peço a Deus por esta gente. E fico fantasiando se, para curar os muitos males que marcam a rotina do Pronto Socorro, não seria importante internar lá, durante uns 15 dias, deitados no chão, sem direito a visitas e fazendo suas necessidades numa lata de queijo Palmira, o prefeito e o secretário orelhudos. Mas alguém vem logo com outra piada: “Quem ama o feio, bonito lhe parece”.


Cidadania
LUIZ CLÁUDIO: Devemos ouvir a população sobre VLT ou BRT


Luis
A troca do VLT pelo BRT
* Luiz Claudio
Em seu primeiro discurso, após receber o resultado da última eleição, o prefeito Emanuel Pinheiro deixou claro que a gestão do Município sempre estará disponível para debater todas as ações que melhorem a vida da população cuiabana. Acontece que, para que um debate realmente seja uma verdade, esse processo necessariamente deve cumprir etapas como argumentar, ouvir, analisar e, por fim, tomar uma decisão em conjunto.
Essas etapas, essenciais principalmente em assuntos que envolvem mais de 600 mil pessoas, até o presente momento, continuam sendo completamente negligenciadas pelo Governo do Estado de Mato Grosso. O recente caso da troca do Veículo Leve sobre Trilho (VLT) pelo Bus Rapid Transit (BRT) é um grande exemplo dessa dificuldade que a Prefeitura de Cuiabá tem encontrado quando se depara com demandas em que o Executivo estadual está envolvido.
Agora, depois de tomada uma decisão individualizada, se lembraram que existem as Prefeituras Municipais. Com convites para reuniões, as quais o Município não terá nenhuma voz, tentam criar um cenário para validar um discurso de decisão democrática que nunca existiu. Por meio da imprensa, acompanhamos declarações onde se é cobrada uma mudança de postura da Prefeitura de Cuiabá. Mas, qual é a postura que desejam da Capital? A de subserviência? Essa não terão!
Defendemos sim um diálogo. No entanto, queremos que isso seja genuíno. Um diálogo em que as decisões que envolvam Cuiabá sejam tomadas em conjunto e não por meio da imposição. De que adianta convidar para um debate em que já existe uma decisão tomada? Isso não passa de um mero procedimento fantasioso, no qual a opinião do Município não possui qualquer valor.
Nem mesmo a própria população, que é quem utiliza de fato o transporte público, teve a oportunidade de ser ouvida. Isso não é democracia e muito menos demonstração de respeito com aqueles que depositaram nas urnas a confiança em uma gestão. Por conta dessa dificuldade de diálogo foi que o prefeito Emanuel Pinheiro criou Comitê de Análise Técnica para Definição do Modal de Transporte Público da Região Metropolitana do Vale do Rio Cuiabá.
Queremos, de forma transparente, conhecer o projeto do BRT. Saber de maneira detalhada o custo da passagem, o valor do subsídio, tipo de combustível, e o destino da estrutura existente como os vagões do VLT e os trilhos já instalados em alguns pontos de Cuiabá e Várzea Grande.
Confiamos nesse grupo e temos a certeza de que ele dará um verdadeiro diagnóstico para sociedade. Mas, isso será feito com diálogo. Como deve ser! E é por isso que o próprio Governo do Estado também está convidado para participar das discussões, antes de qualquer parecer, antes de qualquer tomada de decisão. Como deve ser!
Assim, em respeito ao Estado Democrático de Direito, devemos ouvir a população que é quem realmente vai utilizar o modal a ser escolhido, evitando decisões autoritárias de um governo que pouco ou quase nada ouve a voz rouca das ruas.
* Luis Claudio é secretário Municipal de Governo em Cuiabá, MT
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