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Alguma coisa está fora da ordem

EDNA SAMPAIO: Num quadro de pré-candidaturas de homens brancos, todos representantes dos interesses do agronegócio e sócios do golpe, PT precisa garantir palanque para Lula em MT

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Alguma coisa está fora da ordem

Texto da “Carta aberta aos companheiras e companheiros do PT, militantes e simpatizantes, trabalhadoras e trabalhadores de Mato Grosso” com que a professora assumiu a sua pré-candidatura a governadora de MT pelo Partido dos Trabalhadores

Edna


“Vivemos um Estado de Exceção. O golpe contra o governo do povo, representado pela primeira mulher Presidenta da República, além de misógino, foi o símbolo mais violento do ardil construído ao longo dos anos contra o governo popular. Entre os golpistas estão muitos daqueles que, mesmo cerrando fileiras na base de nosso governo, nunca representaram os interesses da classe trabalhadora.
O massacre midiático ao PT, a criminalização de nossas lideranças, a prisão de Lula revelam o desprezo de nossas elites por quaisquer limites civilizatórios na apropriação do Estado para os seus interesses. Por isso Lula é preso político, condenado sem provas num processo jurídico fraudulento.
As forças que se movem para consolidar o golpe contra a classe trabalhadora e a manutenção da prisão arbitrária de Lula, enfrentam a grandeza e a resistência do PT e do amplo campo de militantes sociais, intelectuais, artistas que denunciaram e produziram as condições de contraposição ao discurso dos veículos midiáticos comprometidos com o retrocesso. Esse movimento impediu os golpistas de consagrarem a vitória sobre nossa luta. O resultado é expresso nas pesquisas que revelam que metade da população acredita que houve golpe. Lula segue disparado na preferência do povo, sendo visto pela maioria dos eleitores como candidato que melhores condições tem de enfrentar a crise econômica brasileira.
Nesse quadro, é preciso ter consciência de que as eleições de 2018 pode ser a legitimação final do golpe, caso os golpistas consigam eleger maioria de seus representantes para os governos e casas legislativas. As forças populares precisam enfrentar e vencer eleitoralmente as candidaturas do golpe e assim reverter o retrocesso contra os direitos dos trabalhadores.
Como militante histórica do PT, forjada nas lutas cotidianas do sindicato, na Universidade, nos movimentos sociais e, tendo sido convocada por diversos dos companheiros que estão na mesma luta, resolvi colocar meu nome à disposição do meu partido para a pré-candidatura ao Governo do Estado de Mato Grosso.
Num quadro de pré-candidaturas de homens brancos, todos representantes dos interesses do agronegócio e sócios do golpe, o PT precisa garantir o palanque para Lula em Mato Grosso.
A indisponibilidade de lideranças caras como os companheiros Ságuas, Abicalil, Lúdio não pode significar ausência de protagonismo do PT no estado. O PT é feito de muitos braços na luta e, por isso me coloco com o apoio de ampla parcela do partido que anseia por candidatura própria. Vamos transformar estas eleições num grande movimento em favor da Democracia e de Liberdade para Lula. É preciso reagir, reconstruir nosso protagonismo, nossa capacidade de aglutinar o campo progressista, resistir ao golpe elegendo Lula Presidente!!
Assim, caso seja do entendimento do Diretório Estadual do PT acolher a candidatura de uma mulher negra, de 51 anos, servidora pública, professora da UNEMAT, militante e filiada ao PT desde os 20 anos de idade: estou pronta para assumir este desafio e sustentar o palanque de Lula em Mato Grosso como candidata a Governadora deste estado que é o lugar onde nasci, cresci e criei minha família.”
Edna Sampaio, professora e militante do PT
23 fr junho de 2018

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LÚDIO CABRAL: 5 mil vidas perdidas para a covid em Mato Grosso

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CINCO MIL VIDAS

Lúdio Cabral*

Cinco mil vidas perdidas. Esse é o triste número que Mato Grosso alcança hoje, dia 26 de janeiro de 2021, em decorrência da pandemia da covid-19.

Cada um de nós, mato-grossenses, convivemos com a dor pela perda de alguém para essa doença. Todos nós perdemos pessoas conhecidas, amigos ou alguém da nossa família.

A pandemia em Mato Grosso foi mais dolorosa que na maioria dos estados brasileiros e o fato de termos uma população pequena dificulta enxergarmos com clareza a gravidade do que enfrentamos até aqui.

A taxa de mortalidade por covid-19 na população mato-grossense, de 141,6 mortes por 100 mil habitantes, é a 4ª maior entre os estados brasileiros, inferior apenas aos estados do Amazonas (171,9), Rio de Janeiro (166,2) e ao Distrito Federal (147,0). O número de mortes em Mato Grosso foi, proporcionalmente, quase 40% superior ao número de mortes em todo o Brasil. Significa dizer que se o Brasil apresentasse a taxa de mortalidade observada em Mato Grosso, alcançaríamos hoje a marca de 300.000 vidas perdidas para a covid-19 no país.

Lembram do discurso que ouvimos muito no início da pandemia? De que Mato Grosso tinha uma população pequena, uma densidade populacional baixa, era abençoado pelo clima quente e que, por isso, teríamos poucos casos de covid-19 entre nós?

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Lembram do posicionamento oficial do governador de Mato Grosso no início da pandemia, de que o nosso estado não teria mais do que 4.000 pessoas infectadas pelo novo coronavírus?

Infelizmente, a realidade desmentiu o negacionismo oficial e oficioso em nosso estado. Não sem muita dor. O sistema estadual de saúde não foi preparado de forma adequada. Os governos negligenciaram a necessidade de isolamento social rigoroso em momentos cruciais e acabaram transmitindo uma mensagem irresponsável à população. O resultado disso tudo foram vidas perdidas.

Ao mesmo tempo, o Mato Grosso do sistema de saúde mal preparado para enfrentar a pandemia foi o estado campeão nacional em crescimento econômico no ano de 2020. Isso às custas de um modelo de desenvolvimento que concentra renda e riqueza, de um sistema tributário injusto que contribui ainda mais com essa concentração, e de um formato de gestão que nega recursos às políticas públicas, em especial ao SUS estadual, já que estamos falando em pandemia.

Dolorosa ironia do destino, um dos municípios símbolo desse modelo de desenvolvimento, Sinop, experimentou mortalidade de até 100% entre os pacientes internados em leitos públicos de UTI para adultos em seu hospital regional.

Nada acontece por acaso. Os números da covid-19 em Mato Grosso não são produto do acaso ou de mera fatalidade. Os números da covid-19 em Mato Grosso são produto de decisões governamentais, de escolhas políticas determinadas por interesses econômicos, não apenas agora na pandemia, mas por anos antes dela. E devemos ter consciência disso, do contrário, a história pode se repetir novamente como tragédia.

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Temos que ter consciência dessas injustiças estruturais para que possamos lutar e acabar com elas. A dor que sofremos pelas pessoas que perdemos para a pandemia tem que nos mobilizar para essa luta.

Lutar por um modelo de desenvolvimento econômico que produza e distribua riqueza e renda com justiça, que coloque pão na mesa de todo o nosso povo e que proteja a nossa biodiversidade. Lutar por um sistema tributário que não sacrifique os pequenos para manter os privilégios dos muito ricos. Lutar por políticas e serviços públicos de qualidade para todos os mato-grossenses. Lutar pelo SUS, por um sistema público de saúde fortalecido e capaz de cuidar bem de toda a nossa população.

São essas algumas das lições que precisamos aprender e apreender depois de tantos meses de sofrimento e dor, até porque a tempestade ainda vai levar tempo para passar.

*Lúdio Cabral é médico sanitarista e deputado estadual pelo Partido dos Trabalhadores em Mato Grosso.

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