(65) 99638-6107

CUIABÁ
Pesquisar
Close this search box.

O melhor detergente é a luz do sol

Abraji repudia ataques à jornalista Malu Gaspar, de O Globo, GloboNews e CBN

Publicados

O melhor detergente é a luz do sol

“A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (#Abraji) repudia os ataques online contra a jornalista Malu Gaspar, colunista do jornal O Globo e comentarista da GloboNews e CBN, desferidos desde que ela publicou uma reportagem sobre conversas entre o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.
Infelizmente, nos últimos anos, se tornaram comuns os ataques misóginos a mulheres jornalistas que fazem reportagens sobre pessoas que ocupam importantes espaços de poder. A Abraji é uma instituição criada para defender o trabalho dos jornalistas profissionais e essa missão deveria ser coletiva. Quando qualquer jornalista sofre intimidação por exercer o seu ofício, perde a sociedade como um todo.
A Abraji se solidariza com Malu Gaspar e fica à disposição, atenta a qualquer ataque contra jornalistas profissionais”.
COMENTE ABAIXO:
Leia Também:  A maior operação policial do Judiciário brasileiro contra venda de sentença só prendeu um negro, até agora   
Propaganda

O melhor detergente é a luz do sol

ESCÂNDALO DA DOSIMETRIA: Cachorrada articulada por Lula e Jacques Wagner em favor de Bolsonaro e dos golpistas denunciada pelo blogueiro Ricardo Mello é repercutida pelo irriquieto João Guató

Publicados

em

“ACORDÃO À MILANESA DO LULA PARA SALVAR BOLSONARO E GOLPISTAS DO 8 DE JANEIRO”
—Crônica Politica de João Guató 
Era quase meio-dia, sol de Cuiabá já cozinhando pensamento em fogo baixo, e eu me preparava para tirar aquela pestana sagrada depois do almoço. Missão nobre: descansar um pouco depois de passar o resto da manhã cuidando da família, principalmente da patroa, que anda enferma — e isso, meus amigos, já me credencia como ministro interino da Casa Civil do Lar. Foi quando o celular vibrou. WhatsApp. Alerta máximo. Não era golpe do Pix, nem figurinha do Bom Dia do Zap. Era vídeo.
Vídeo enviado pelo jornalista Enock Cavalcanti. E quando Enock manda vídeo, a gente não dorme: a gente acorda politicamente, nem que seja à força. Parei tudo. Nem o arroz queimado me distraiu. Fui checar do que se tratava o video. Era um reel da página do próprio Enock, reproduzindo um vídeo do TikTok do perfil oficial de Ricardo Mello — jornalista, roteirista, documentarista, criador de conteúdo político nas redes sociais e, segundo a própria República informal, o “Explicador-Geral da República”.
E não é pouca coisa, não. O homem é uma espécie de STF de bolso com ring light. No TikTok, @oricardomello, são mais de 812 mil seguidores e 23 milhões de curtidas — número que dá mais voto que muito partido nanico. Conteúdos curtos, dinâmicos, política explicada em cápsula, fake news desossadas no tapa e atualidades servidas sem guardanapo. No YouTube, mais de 455 mil inscritos, vídeos diários com análises políticas, críticas a figuras públicas e cobertura dos bastidores de Brasília — aquele lugar onde o cafezinho é amargo e os acordos são doces. No Kwai, @oricardomello de novo, 143 mil seguidores, com foco em política nacional e bastidores do poder — ou do “pode”, como diria o corretor automático da República.
O estilo? Tom crítico, progressista, desmistificador de discurso político e expositor profissional de contradições. Linguagem acessível, muitas vezes irônica, explicando tema complexo como quem explica preço de tomate na feira. Corrupção, STF, eleições, Congresso, tudo entra no balaio. Um verdadeiro supletivo cívico para um país que vive repetindo de ano em democracia.
Pois bem. Dei o play.
Quase vomitei de indignação.
Mas eu estava tão cansado da lida da casa neste sábado, ajudando a esposa enferma, que resolvi fazer o que o povo brasileiro faz melhor diante do absurdo: fui tirar uma pestana. Dormi indignado, acordei em pânico. No cochilo, tive um pesadelo tão realista que acordei gritando, pedindo salvação para as almas que estão no purgatório — e para as que estão no Congresso também, se ainda houver esperança.
Porque o vídeo enviado pelo Enock, com a fala do Ricardo Mello, meus senhores, é uma delação premiada premium para jornalista. Daquelas sem tornozeleira, mas com consciência pesada. Vamos à análise dos fatos, de forma pedagógica, como pede o manual do bom cidadão enganado.
Ricardo começa humilde, quase em tom de confissão de quaresma:
“Eu vou confessar uma coisa para vocês aqui com toda a honestidade do mundo… eu caí na real.”
E quando alguém diz que caiu na real, é porque a fantasia da democracia plena já acabou.
Ele continua: quanto mais leu, mais as peças foram se encaixando. Não foi confusão, não foi desorganização. Foi um grande acordão. Não é acordo, é acordão — com sufixo aumentativo e recheio institucional. Um acordão para diminuir a pena dos golpistas do 8 de janeiro. Envolvendo Supremo, Congresso, Executivo. Tudo frio, calculado, nos bastidores. Três Poderes numa rodinha de tereré institucional.
A linha do tempo não mente, diz ele. E linha do tempo, quando não mente, acusa.
Setembro: Lula diz, em conversa reservada com integrante do PDT, que se Bolsonaro ficasse preso dois, três anos, já tava bom. Quase ninguém deu bola. O governo não negou, não disse que era mentira. Silêncio estratégico — aquele silêncio que fala alto nos autos da história.
Dezembro: segunda reportagem. Quarenta dias de conversa. Legislativo, Judiciário, interlocutores, Temer, Paulinho da Força, ministro do Supremo — parecia lista de convidados de casamento estranho. Ajusta texto, tira palavra “anistia”, mas mantém o efeito prático: redução drástica das penas dos golpistas do 8 de janeiro, inclusive — e principalmente — Bolsonaro.
Depois, Lula novamente: Bolsonaro merece ser condenado, mas não faz juízo sobre o tamanho da pena. O discurso fecha. Fecha como tampa de marmita mal lavada.
O presidente condena a anistia, promete veto. Mas o Congresso derruba. O Supremo conversa quarenta dias. O Congresso aprova. Resultado final: o golpe é punido, mas nem tanto. O golpista é condenado, mas não demais, para não estressar o andamento da política. Democracia com desconto. Justiça em promoção relâmpago.
E aí vem a facada simbólica: fomos para a rua à toa. Gritamos, defendemos a democracia, pedimos cadeia acreditando que a defesa da democracia ia até o fim. Mas o acordo já estava feito. Nossa indignação não entrou na conta. Entrou a chantagem do Congresso, o medo de paralisar pautas, o cálculo político. O governo aceitou o mal menor, fingiu de morto para não brigar.
O preço? Alto. A mensagem? Terrível. Tentar golpe compensa, desde que você tenha força política depois. Democracia defendida pela metade vira precedente perigoso. Um grande acordão garantindo governabilidade capenga à custa da justiça plena.
E Ricardo encerra como quem fecha ata de assembleia moral: democracia não é torcida. Democracia é princípio.
Desliguei o vídeo. Olhei para o teto. O ventilador girava como gira a política: fazendo vento, mas não refrescando. E pensei: no Brasil, até o pesadelo tem bastidor. E o acordão, meus amigos, não tira sesta. Ele trabalha em tempo integral.
Assinado,
João Guató, que só queria dormir depois do almoço, mas acordei no meio de um acordão nacional. É muito cachorrada que no faz sentir otario neste republiqueta de banana .

https://www.facebook.com/joaoguato/posts/pfbid02xv2Pq5AxB8HrbstwRGNQMtWmVa1g9PvvK7bMXRwUe87uTHGHBboddu746eTYoh64l  

Leia Também:  ECONOMISTA JOSÉ MENEZES:Crise fiscal, dívida pública e a privatização da Seguridade Social

 

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

MATO GROSSO

POLÍCIA

Economia

BRASIL

MAIS LIDAS DA SEMANA