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Magistrados fazem corpo mole e Pleno do Tribunal perde, mais uma vez, a oportunidade de confirmar aqui, a punição contra desembargadores Tadeu Cury e José Ferreira Leite e juiz Marcelo Barros já definida pela unanimidade do CNJ

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Falta de quorum. Essa a explicação para mais um adiamento, nesta quinta-feira, do julgamento pelo Pleno do TJMT  dos desembargadores José Ferreira Leite e Tadeu Cury e do juiz Marcelo Barros acusados de envolvimento no Escandalo da Maçonaria e outras improbidades administrativas.  A punição, aqui no TJMT, dos tres magistrados pode ajudar a pacificar a polemica gerada em torno deste julgamento e ainda pendente no STF, desde que o ministro Celso de Mello – em decisão "assustadora", de acordo com a OAB nacional – suspendeu liminarmente a punição contra os 10 de Mato Grosso, definida pela unanimidade dos integrantes do Conselho Nacional de Justiça. No entanto, a pauta desta quinta-feira acabou adiada pelo evidente corpo mole dos magistrados que integram o Pleno e parecem que ainda não retomaram, com toda disposição, seus trabalhos e suas responsabilidades, neste início de novo período de julgamentos. Apenas 10 dos 24 desembargadores bateram ponto do TJ nesta quinta, registra o jornal. Quando isto acontece no parlamento, vem logo a grita de jornais e do povaréu – "estão ganhando sem trabalhar". O site Congresso em foco, por exemplo, se dedica a vigiar, cotidianamente, a assiduidade dos políticos mas ninguém pensou ainda em controlar as idas e vindas, os caminhos e os descaminhos dos magistrados, nos diferentes estados deste nosso chuvoso país.

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Veja o registro do adiamento feito pelo DIÁRIO DE CUIABÁ.

Falta de quórum posterga ação contra juízes

DO DIÁRIO DE CUIABÁ

Por falta de quórum, o Pleno do Tribunal de Justiça (TJ) adiou o julgamento de uma ação civil pública proposta pelo Ministério Público Estadual (MPE) contra os desembargadores José Ferreira Leite e José Tadeu Cury e o juiz Marcelo Souza Barros, acusados de supostos atos de improbidade administrativa. Essa é a segunda vez que o processo deixou de ser apreciado.

De acordo com a assessoria de imprensa do TJ, o regimento interno prevê que a ação deve ser apreciada por, no mínimo, dois terços do Pleno. Na sessão de ontem, apenas 10 dos 24 desembargadores estavam presentes, ou seja, menos de 50% deles. Os magistrados estudam convocar uma sessão extraordinária para apreciar a matéria.

Em nove de dezembro, o processo deixou de ser apreciada em virtude de solicitação dos advogados das partes.

A ação foi proposta pelo MPE em janeiro de 2009. Nela, foi apontado suposto desvio de R$ 1.070.883,18 milhão referentes a pagamentos irregulares a um grupo de magistrados a título de correção monetária, devolução de imposto de renda retido na fonte, abono pecuniário e ajuda a instituições privadas.

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Os pagamentos foram realizados entre os anos de 2003 e 2005, durante a gestão de Ferreira Leite na presidência do TJ. Na ação, o MPE requer o ressarcimento integral do dano causado ao patrimônio público, perda da função pública dos acusados e suspensão dos direitos políticos por de oito a dez anos, além do pagamento de multa.

Os supostos favorecimentos na Justiça estadual colocaram sob investigação 70 magistrados que teriam recebido créditos irregulares na gestão de Ferreira Leite. As denúncias sobre suposto pagamento irregular de verbas no TJ foram feitas pelo ex-corregedor, desembargador Orlando Perri.

A desembargadora Clarice Claudino da Silva, relatora da ação, deverá apresentar o parecer durante o julgamento da ação para que os demais membros do Pleno votem em seguida. (JC)

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LUIZ CLÁUDIO: Devemos ouvir a população sobre VLT ou BRT

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A troca do VLT pelo BRT

* Luiz Claudio

Em seu primeiro discurso, após receber o resultado da última eleição, o prefeito Emanuel Pinheiro deixou claro que a gestão do Município sempre estará disponível para debater todas as ações que melhorem a vida da população cuiabana. Acontece que, para que um debate realmente seja uma verdade, esse processo necessariamente deve cumprir etapas como argumentar, ouvir, analisar e, por fim, tomar uma decisão em conjunto.

Essas etapas, essenciais principalmente em assuntos que envolvem mais de 600 mil pessoas, até o presente momento, continuam sendo completamente negligenciadas pelo Governo do Estado de Mato Grosso. O recente caso da troca do Veículo Leve sobre Trilho (VLT) pelo Bus Rapid Transit (BRT) é um grande exemplo dessa dificuldade que a Prefeitura de Cuiabá tem encontrado quando se depara com demandas em que o Executivo estadual está envolvido.

Agora, depois de tomada uma decisão individualizada, se lembraram que existem as Prefeituras Municipais. Com convites para reuniões, as quais o Município não terá nenhuma voz, tentam criar um cenário para validar um discurso de decisão democrática que nunca existiu. Por meio da imprensa, acompanhamos declarações onde se é cobrada uma mudança de postura da Prefeitura de Cuiabá. Mas, qual é a postura que desejam da Capital? A de subserviência? Essa não terão!

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Defendemos sim um diálogo. No entanto, queremos que isso seja genuíno. Um diálogo em que as decisões que envolvam Cuiabá sejam tomadas em conjunto e não por meio da imposição. De que adianta convidar para um debate em que já existe uma decisão tomada? Isso não passa de um mero procedimento fantasioso, no qual a opinião do Município não possui qualquer valor.

Nem mesmo a própria população, que é quem utiliza de fato o transporte público, teve a oportunidade de ser ouvida. Isso não é democracia e muito menos demonstração de respeito com aqueles que depositaram nas urnas a confiança em uma gestão. Por conta dessa dificuldade de diálogo foi que o prefeito Emanuel Pinheiro criou Comitê de Análise Técnica para Definição do Modal de Transporte Público da Região Metropolitana do Vale do Rio Cuiabá.

Queremos, de forma transparente, conhecer o projeto do BRT. Saber de maneira detalhada o custo da passagem, o valor do subsídio, tipo de combustível, e o destino da estrutura existente como os vagões do VLT e os trilhos já instalados em alguns pontos de Cuiabá e Várzea Grande.

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Confiamos nesse grupo e temos a certeza de que ele dará um verdadeiro diagnóstico para sociedade. Mas, isso será feito com diálogo. Como deve ser! E é por isso que o próprio Governo do Estado também está convidado para participar das discussões, antes de qualquer parecer, antes de qualquer tomada de decisão. Como deve ser!

Assim, em respeito ao Estado Democrático de Direito, devemos ouvir a população que é quem realmente vai utilizar o modal a ser escolhido, evitando decisões autoritárias de um governo que pouco ou quase nada ouve a voz rouca das ruas.

* Luis Claudio é secretário Municipal de Governo em Cuiabá, MT

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