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O melhor detergente é a luz do sol

Versão remasterizada de ‘O Auto da Compadecida’ será exibida na Cinemark em junho, quando se comemora o Dia do Cinema Nacional. Sessões acontecerão às 5ª-feiras pelo projeto TBT Cinemark, com apoio do Projeta Brasil

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O melhor detergente é a luz do sol

Fernanda Montenegro em O Auto da Compadecida

Durante as quintas-feiras de junho, mês em que se comemora o Dia do Cinema Nacional, a versão remasterizada do clássico “O Auto da Compadecida” será exibida nas telas da Cinemark. As sessões contam com o apoio do Projeta Brasil – ação realizada anualmente pela Rede com o objetivo de promover o cinema nacional – e integram o projeto TBT Cinemark, que promove exibições de filmes de sucesso em todos os complexos em funcionamento. A programação de cada cidade pode ser conferida no site. O filme, que tem produção da Globo Filmes, foi lançado há 20 anos nos cinemas no Brasil.

 

O objetivo do projeto é abrir espaço para clássicos do cinema e também para filmes que marcaram época, mesmo que recentemente. Os ingressos têm preço promocional – R$ 16 a inteira e RS 8 a meia-entrada – e já podem ser adquiridos no site ou no APP da Cinemark.

 

Dirigido por Guel Arraes, “O Auto da Compadecida” é uma adaptação da obra do dramaturgo paraibano Ariano Suassuna (1927-2014). Vencedor de quatro categorias do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, o longa acompanha as aventuras de João Grilo (Matheus Nachtergaele) e Chicó (Selton Mello), dois jovens nordestinos que vivem de golpes para sobreviver. A dupla vive enganando a todos em um pequeno vilarejo no sertão da Paraíba, e somente a aparição de Nossa Senhora (Fernanda Montenegro) é capaz de salvar a dupla.

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“‘O Auto da Compadecida’ tem um lugar especial no coração dos brasileiros e, no mês em que comemoramos o Dia do Cinema Nacional, vamos presentear nossos clientes com a possibilidade de assisti-lo na tela grande através do TBT Cinemark. Estamos muito orgulhosos desse projeto, que faz com que o público possa matar a saudade de filmes icônicos com todo o conforto, segurança e tecnologia do cinema”, afirma Daniel Campos, Diretor de Marketing da Cinemark.

 

Para tornar a experiência ainda mais completa e exclusiva, na compra de um bilhete para uma sessão do TBT Cinemark, o cliente ganha um ingresso colecionável do filme escolhido. Aqueles que completarem cinco ingressos colecionáveis ganharão uma surpresa. Todas as sessões seguem os protocolos de segurança validados pelo hospital Albert Einstein e implementados pela Cinemark.

 

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Centro Cultural Casa do Centro, do Zé Medeiros e Adia Borges, fecha as portas em Cuiabá. Desmonte da Cultura avança na capital de Mato Grosso

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O fotógrafo José Medeiros e sua esposa Adia Borges não conseguiram mais resistir. A sexta-feira, 3 de setembro de 2025, representou uma data trágica para o Centro Cultural Casa do Centro que eles comandavam na região da Praça da Mandioca, em Cuiabá. Mesmo que com uma noite festiva, marcada pelo som caloroso da banda Calorosa, neste 3 setembro a Casa do Centro, como o equilibrista daquela história, pediu licença – e despencou. Fechou suas portas. Partiu para um outro plano.

Manter espaços culturais como a Casa do Centro se tornou inviável em um Estado tão rico, tão cheio de grana, mas que prioriza investir seus recursos em rodeios e cavalgadas no interior, ou na construção em Cuiabá de um Parque Novo Mato Grosso, espaço preferencial para corridas de carros e de karts, e o desfile garboso de uma elite endinheirada. A lógica da Cultura no Estado, pelo que vejo, é a lógica do parque de diversão e, com isso, os projetos de diversidade como a Casa do Centro, que abria sua portas para mostras de arte, bandas e jovens cantores mato-grossenses, performances culturais e lançamentos de livros e muitos sonhos artísticos, parece que acabam ficando relegados ao último plano.

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Cadê os editais planejados para estimular e multiplicar centros de cultura, não só em Cuiabá mas em todas as regiões do Estado? A cultura em Mato Grosso virou uma espécie de garimpo em que o sertanejo parece que sempre vale mais pelos votos que é capaz de multiplicar.

Curioso é que o gabinete do parlamentar conhecido como “deputado da Cultura’ ostenta nas suas paredes belos e estilosos quadros do consagrado artista que é o fotógrafo Zé Medeiros. O gesto deveria sinalizar apreço pelas artes e respeito à memória cultural de Mato Grosso. No entanto, quando o assunto era fortalecer espaços culturais que sobrevivem a duras penas, como o Centro Cultural Casa do Centro, no coração do Centro Histórico de Cuiabá, o apoio não veio. As palavras e promessas do deputado Alberto Machado (UB), o Beto Dois a Um, que foi um artista musical antes de se tornar um político da situação, ficaram perdidas em algum espaço recôndito entre a Assembleia Legislativa e o Palácio Paiaguás.

O contraste entre a imagem cuidadosamente exibida no gabinete do político midiático e a ausência de políticas concretas para garantir a sobrevivência de instituições culturais revela uma contradição dolorosa. Não basta adornar paredes com obras de artistas locais: é preciso assegurar que espaços de resistência e de produção cultural tenham condições de existir e se multiplicarem. E todo mundo sabe da ascendência que Beto Dois a Um tem sobre os centros de poder neste Estado, espaços em que se definem os rumos dos investimentos culturais neste território mato-grossense. 

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A Casa do Centro, registre-se, lutou bravamente para manter suas portas abertas, oferecendo à capital e a todo Mato Grosso um espaço de memória, arte e convivência. O silêncio e a falta de ação diante da tocante fragilidade com que a Casa do Centro procurava dar concretude a suas utópicas propostas de aggiornamento, expõem o vazio do discurso oficial.

 

ENOCK CAVALCANTI, 72,  é jornalista e editor do blogue PÁGINA DO ENOCK, que ele edita a partir de Cuiabá, Mato Grosso, desde o ano de 2009

Banda Calorosa, junto com Paulo Monarco e DJ Muluc, animou  a noitada de despedida da Casa do Centro. 3 de setembro de 2025

 

 

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