O melhor detergente é a luz do sol
NOSSOS ÍNDIOS, NOSSOS MORTOS – Da fome na Venezuela à miséria em Cuiabá, o exílio forçado dos Warao. Capital do agronegócio brasileiro se tornou destino de centenas de Indígenas que, sem casa nem terra, vivem num limbo de direitos
O melhor detergente é a luz do sol

“A rua de trás é cheia de venezuelanos”, indica uma mulher ao me ver procurando a casa em que vive a Indígena Warao Rossana Medrano, no bairro Primeiro de Março, periferia de Cuiabá, capital de Mato Grosso. Rossana aguardava no portão do imóvel que de fora parecia pequeno demais para abrigar seis adultos e seis crianças. A Warao de 40 anos vive com o marido, os quatro filhos e uma neta, além de irmãos do marido e as mulheres casadas com eles. Para acomodar todo mundo, colchões e redes se espalham pela residência de quarto, sala, banheiro e cozinha.
Desde que atravessaram a fronteira entre o Brasil e a Venezuela caminhando, Rossana e a família não tiveram mais o lugar que conhecem como janoko, palavra que significa casa em Warao.
Rossana cresceu às margens do Rio Orinoco, na Amazônia venezuelana. O rio é parte da história dos Warao, conhecidos como “povo da canoa” pela intimidade com as águas. “A gente vivia como uma aldeia, mas nossa aldeia era todo o rio. Nossos pais trabalhavam com a pesca, plantavam Banana-da-terra e Inhame, como vocês chamam aqui. Crescemos ali, nossos pais tinham um terreno, minha avó e meu avô plantavam Cacau, levavam para a cidade para vender. Crescemos naquela terra. A gente trabalhava no mercado vendendo peixe e também fazia artesanato.”
Na Venezuela, os Warao já sofriam com a invasão de seus territórios por petrolíferas, mineradoras, madeireiras e fazendeiros. Rossana tinha 14 anos quando foi obrigada a deixar o Delta do Orinoco para morar em Tucupita, cidade no estado de Delta Amacuro, a mais de 800 quilômetros da fronteira venezuelana com o Brasil. “Chegou muita gente estrangeira que pegou nossa terra. Como a gente não estava com documentos, reclamava, mas não podia retomar a terra, porque eles já tinham gado, pegaram documento e foram tomando as terras de nós”, conta Rossana. Em Tucupita, vendiam Cacau, peixe e artesanato.
Antes de a pandemia de covid-19 agravar ainda mais a situação econômica da Venezuela, a plantação de Cacau dos avós de Rossana foi destruída por uma enchente. Não havia comida, e a pandemia deixou tudo pior. Diante da fome e do isolamento sanitário imposto pela covid, milhares de venezuelanos e Indígenas Warao decidiram cruzar a fronteira rumo ao Brasil. “Passamos muita fome, eu passei fome e as crianças também. Foi duro, muito duro”, continua Rossana. “Decidimos vir para cá em 2020. Nossos avós haviam falecido, a gente já não ia na nossa terra, e nossos parentes já não estavam lá. A gente ficou sozinho. Não dava para comer, a gente só comia uma vez no dia.”
A travessia
Os Warao formam a segunda maior etnia na Venezuela, que há cerca de 7,5 mil anos habita a região do Delta do Orinoco. Apesar de serem um povo do rio, foi numa jornada por terra, quando caminharam durante cinco dias, que eles conseguiram sair do país e chegar a Pacaraima, no norte de Roraima. No trajeto, Rossana zelava pelos filhos, à época com idades entre 3 e 10 anos. E lembra que não podia enfraquecer nem chorar. Apenas continuar.

Infográfico: Rodolfo Almeida/SUMAÚMA
“A mais pequenininha tinha 3 anos quando a gente veio andando. Graças a Deus tinha gente boa, nosso Deus colocou gente boa na frente, e eles ajudaram. Os dois meninos menores ficaram doentes, com febre e vomitando, acho que por causa da caminhada ou da fome. A gente pegava água e bebia só um pouquinho. Mais do que tudo, guardávamos para elas [as crianças].”
Parte do trajeto ela precisou fazer sem a companhia do marido, Reinaldo Jose Zaragoza Bolaños. Por conta da pandemia, as fronteiras estavam fechadas, e eles sabiam do risco de serem deportados. Na chegada ao território brasileiro, o marido de Rossana foi um dos Warao impedidos de seguir viagem pela Polícia Rodoviária Federal em Pacaraima e teve de voltar à Venezuela.
Durante os dias em que ficou sozinha com os filhos, Rossana e outras famílias subiram o Monte Roraima, estratégia adotada por venezuelanos que tentavam chegar ao Brasil sem ser deportados. A montanha é a sétima mais alta do território brasileiro, com 2.735 metros. Foi nela que Rossana viu o filho mais velho, Dailer, na época com 10 anos, salvar a irmã Dairolis, de 9, da queda em um precipício.
“Ela ia cair, eu vi ele puxar a irmã pelo braço”, repete a mãe com tristeza.
No longo percurso, algumas vidas ficaram pelo caminho. Rossana não perdeu ninguém, mas se lembra bem de um velho Warao que morreu no trajeto. “Tinha um senhor que vinha com a gente, os parentes deixaram ele no caminho, morto. Não tinha nada o que fazer, não pode levar [o corpo], não pode. Deixaram ele.”
Rossana sabe a data exata da chegada ao Brasil: 28 de outubro de 2020. Do lado brasileiro da fronteira, a família substituiu as caminhadas intensas por caronas encontradas no percurso.

Rossana Medrano em sua casa em Cuiabá: Indígena Warao caminhou por cinco dias da Venezuela ao Brasil
Do outro lado da fronteira, o marido refez a pé a viagem da Venezuela a Pacaraima. O dia do reencontro da família também não é esquecido por Rossana: 8 de dezembro de 2020, num abrigo em Boa Vista.
Há pelo menos uma década Roraima tem sido a porta de entrada do povo Warao em território brasileiro. De acordo com o relatório “Os Warao no Brasil”, publicado em 2024 pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), a presença da etnia foi registrada pela primeira vez em 2014, em Roraima, quando havia 30 Indígenas Warao no país.
O número saltou para 600 em apenas dois anos, e em março de 2018 eles já eram 1,2 mil. O Amazonas e o Pará também entraram na rota brasileira dos Warao, cuja presença se intensificou ainda mais a partir de 2019, até chegar a ponto de, em 2020, haver registro deles em 75 cidades das cinco regiões brasileiras. Naquele ano, eram 3,3 mil Indígenas Warao no Brasil, e, em 2023, 7.122.
Dados da Plataforma de Coordenação Interagencial para Refugiados e Migrantes da Venezuela, disponibilizados pelo Acnur no relatório, indicam que até 11 de junho de 2023 mais de 7 milhões de venezuelanos deixaram o país. Dois meses depois, o Brasil abrigava 487.725 refugiados e migrantes da Venezuela, sendo que mais de 10 mil eram Indígenas de diferentes povos. Além dos Warao, que representam 66,28% desse contingente, há registro das etnias Taurepang, Kariña, E’ñepa e Wayúu.

Infográfico: Rodolfo Almeida/SUMAÚMA
A chegada
Do lado brasileiro da fronteira, Rossana e família encontraram um país desconhecido, com novas barreiras. Em Roraima, era difícil acessar educação, moradia e saúde. Rossana juntou algum dinheiro como diarista em um restaurante, trabalhando na limpeza e lavando pratos. Seguiram para Manaus, onde viveram num abrigo. Lá souberam que em Mato Grosso havia mais emprego. De ônibus, foram primeiro para a cidade de Pontes e Lacerda, onde tinham ouvido dizer que existia trabalho, mas não acharam ocupação fixa. O casal e os filhos chegaram a viver na rua enquanto Reinaldo vendia paçoca em sinais de trânsito a fim de conseguir algo para comer.
“A gente saía na rua para andar e falavam que nós tínhamos que voltar, porque a gente só chegou aqui para pedir. Falavam: ‘Tem que voltar, venezuelano, vai para o seu país’. A gente tinha que pagar aluguel, luz, água e comida. Nesse tempo as crianças não estavam estudando, eles passaram um ano e pouco sem ir na escola.”
Outros Warao e famílias brasileiras falaram a Rossana sobre Cuiabá, onde, sonhava-se, haveria mais oportunidades de emprego. Esperançosos, ela e o marido decidiram enfrentar nova mudança. Juntaram-se, então, a um contingente não desprezível de Indígenas venezuelanos que desde o início de 2020 vivem na capital de Mato Grosso. Segundo a Prefeitura de Cuiabá, estão hoje sob acompanhamento da assistência social 69 famílias da etnia Warao, que somam 275 pessoas (140 homens e 135 mulheres), todas migrantes venezuelanas.

Seis adultos, seis crianças: na pequena casa de Rossana, redes e colchões no chão acomodam a família
Na chegada à capital mato-grossense, Rossana e sua família se acomodaram em barracas de lona em um canteiro na frente do Terminal Rodoviário de Cuiabá Engenheiro Cássio Veiga de Sá. Logo foram recebidos no Centro de Pastoral para Migrantes, também chamado de Casa do Migrante, peça fundamental no acolhimento dos Warao em Cuiabá. Criada em 1980 por missionários do “Cristo Migrante”, da ordem religiosa dos Scalabrinianos, a casa oferece moradia temporária às famílias recém-chegadas. Também auxilia com documentação e aulas de português, além de buscar creche para as crianças.
Rossana teve ajuda para conseguir um emprego com carteira assinada para o marido, enquanto aceitava diárias como faxineira para complementar a renda. Depois, eles se juntaram aos parentes que já estavam vivendo em Cuiabá e alugaram uma casa no bairro Primeiro de Março, região onde hoje há pelo menos 90 Indígenas Warao. Foi lá que a reportagem de SUMAÚMA foi recebida.
Outros dois grupos Warao se dividem entre uma chácara no bairro Nova Esperança, adquirida em novembro de 2024 pelo padre jesuíta Aloir Pacini, professor da Universidade Federal de Mato Grosso, e o Albergue Municipal Manoel Miráglia, chamado de Casa Warao, no bairro Bordas da Chapada. A divisão não é apenas geográfica, mas também organizacional. Enquanto Rossana foi escolhida como cacica no bairro Primeiro de Março, na Casa Warao a responsabilidade é do cacique Rabel Aquiles.

Casa Warao, em Cuiabá: abrigo que recebia pessoas em situação de rua e foi adaptado para alojar famílias Indígenas
O abrigo, uma antiga instituição para pessoas em situação de rua, foi transformado em maio de 2024 na Casa Warao para receber famílias da etnia espalhadas por Cuiabá. SUMAÚMA visitou o prédio em dezembro de 2024 e em fevereiro de 2025, quando 88 Indígenas viviam ali. O número de moradores oscila e pode ultrapassar cem, o dobro da capacidade do local.
Esposa do cacique, Maria Aquiles chora ao dizer que o abrigo está sujo. Não quer fotos, pois elas poderiam mostrar a sujeira e dar a entender que a falta de limpeza é culpa dos Warao. Nos fundos, as crianças correm em meio a moscas e cachorros, alguns com ferimentos visíveis ou muito magros, e que também moram no albergue.
O mau cheiro é forte e se mistura com a fumaça da lenha queimada em uma fogueira que os Indígenas usam para fazer a própria comida. Apesar de o abrigo servir três refeições, alguns Warao preferem cozinhar alimentos com os quais já estão acostumados, como as arepas, um prato tradicional de sua culinária feito com farinha de milho. Para dormir não há camas, e eles se amontoam no chão dentro das salas do abrigo. Cada sala tem sua liderança. Os Indígenas contaram que, em novembro do ano passado, vários moradores do abrigo apresentaram sintomas de tuberculose.
A Prefeitura de Cuiabá, no entanto, disse que apenas um caso da doença foi confirmado e a pessoa já chegou ao abrigo com sintomas, o que não configura surto. Sobre a situação do abrigo, afirmou que a superlotação acontece porque a etnia prioriza o acolhimento familiar coletivo, fazendo com que o número de Indígenas na unidade chegue a 130 em determinados dias. Disse ainda que “muitos não aceitam as orientações da equipe técnica responsável pelo atendimento”. Os Warao, porém, afirmam que acabam sendo culpabilizados por alguns hábitos de sua cultura, como comer no chão ou comer com as mãos.
De 2022 a 2024, quatro crianças Warao morreram depois de apresentarem problemas relacionados à falta de higiene, saneamento básico e alimentação adequada. O antropólogo e padre jesuíta Aloir Pacini, que desde 2020 realiza trabalhos sociais com a etnia, foi procurado pelos Indígenas, a maioria deles católicos, para que batizasse as crianças sobreviventes.
“Eles se assustaram demais e pediram batismo para as crianças. Eu disse que teríamos que pensar não só no batismo espiritual, mas pensar no batismo com alimento, com casa… E começamos a trabalhar um pouco mais intensamente para ver como acionar os poderes públicos.”

Mulher Warao cozinha no albergue: famílias enfrentam choque cultural e lutam para manter seus costumes
Professor do curso de antropologia da Universidade Federal de Mato Grosso, Pacini define o processo migratório dos Warao como “uma violência de todos os tipos”. Na pandemia, lembra, a prefeitura começou a retirar os Warao da rodoviária e a transferir para o bairro Parque Cuiabá, na periferia da capital. “Era uma situação precária demais, casinha quente, sem ventilação, tudo amontoado.”
Após as últimas mortes, o Conselho Tutelar questionou a capacidade das famílias Warao para cuidar dos filhos. O Conselho entendeu que, pelo fato de as crianças estarem nos sinais pedindo dinheiro, havia risco para o desenvolvimento delas. Duas crianças chegaram a ser afastadas de suas famílias.
A Defensoria Pública de Mato Grosso entrou em ação. Argumentou que a medida não respeitou as especificidades da cultura Warao, além de violar legislações nacionais e internacionais que protegem os direitos das crianças e dos povos Indígenas. Todas as crianças foram devolvidas a suas famílias. “Não tem lógica você tirar a criança da mãe. Dê uma condição para [a criança] viver com essa mãe”, reforça o professor Pacini.
No fim de 2024, o Ministério Público Federal entrou com um pedido de tutela de urgência em uma ação contra a União, o estado e o município para garantir a proteção dos Warao. O defensor público federal Renan Sotto Mayor de Oliveira, que acompanha o caso, descreve o cenário do abrigo como “deplorável”, o que torna ainda mais urgente a designação de alguma moradia permanente para os Warao. “A gente quer que eles tenham dignidade no abrigo. Não é a melhor solução, mas é uma solução emergencial, então, enquanto eles estiverem em abrigo, têm que ser atendidos com dignidade”, explica o defensor.
Para Oliveira, os Warao sofrem com a falta de políticas públicas que beneficiem migrantes e Indígenas. “O povo Warao acaba caindo em uma lacuna de políticas públicas, porque infelizmente a gente não tem políticas efetivas para Indígenas em contexto urbano, e esses Indígenas migrantes também não. O município não consegue absorver. Então, políticas de educação e saúde acabam sendo prejudicadas. A nossa batalha é para conseguir efetivar essas políticas.”

Crianças na Casa Warao: os pequenos são os que mais sofrem com as más condições de acomodação e a escassez de alimento
O futuro
Os Warao ainda sonham com um lugar permanente para viver em Cuiabá. No ano passado, o então prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) chegou a fazer a entrega de uma área no bairro Nova Esperança, mas, segundo a prefeitura, o local era uma Área de Preservação Permanente (APP) e não podia ser usado como moradia.
A Defensoria Pública da União busca agora, segundo o defensor Renan Oliveira, garantir que os Indígenas recebam outro terreno no mesmo bairro. “É um povo em situação de extrema vulnerabilidade”, afirma ele. A prefeitura é hoje comandada pelo bolsonarista Abilio Brunini (PL) e, segundo a Secretaria de Assistência Social de Cuiabá, já estão em curso tratativas para a cessão de um terreno aos Warao. A Secretaria de Assistência Social do governo de Mato Grosso foi procurada, mas não respondeu.
Em janeiro deste ano, o juiz federal Ciro José de Andrade Arapiraca, da 1ª Vara Federal Cível e Agrária de Cuiabá, determinou que o poder público se organize para cuidar dos Indígenas venezuelanos, com multa de 2 mil reais por dia em caso de descumprimento. A decisão obriga a criação de um grupo de atendimento com profissionais de saúde, assistência social e educação para resolver as necessidades mais urgentes.
A Prefeitura de Cuiabá informou que uma equipe foi designada para cumprir a decisão e que tem realizado atendimentos socioassistenciais aos Warao. Pelos dados do município, das 69 famílias da etnia registradas na cidade, 68 foram incluídas no Cadastro Único do governo federal e 63 recebem o Bolsa Família. Oito Indígenas ganham o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Cinquenta e quatro Warao frequentam escolas municipais, 26 estão matriculados, mas não vão às aulas. Outros 93 não estão registrados e 102 não estão em idade escolar.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública afirmou que os imigrantes Indígenas têm os mesmos direitos que todos os brasileiros ou estrangeiros residentes no Brasil, como acesso a serviços públicos e programas sociais. A Operação Acolhida, que desde 2018 oferece abrigo e alimentação a migrantes, é uma das respostas humanitárias do Brasil diante do fluxo vindo da Venezuela.
Para os Warao, porém, as soluções emergenciais oferecidas até agora são insuficientes para garantir a dignidade de seu povo. E, enquanto repostas definitivas não chegam, eles lutam pela sobrevivência.
Rossana e sua família tiveram de se mudar novamente. Em fevereiro passado, depois de quase cinco anos, a proprietária pediu o imóvel de volta, pois queria vendê-lo. Precisaram encontrar outra casa, a alguns metros de distância e ainda menor, pela qual pagam aluguel de 800 reais mensais. Segundo ela, o espaço é tão pequeno que alguns colchões não couberam e precisaram ser deixados no quintal.
A Indígena diz que ainda tem esperança de encontrar um terreno para viver com seu povo. “Em nombre de Dios esse terreno vai dar certo. Mas não por nós, fazemos por nossas crianças. Eles vão falar o que aconteceu, o que a gente passou, mas vão falar coisas boas também”, confia. E torce para que sua família encontre, de novo, janoko – um lar – e para que a cultura que trouxe caminhando da Venezuela, atravessando o Monte Roraima, chegue às próximas gerações.

Albergue municipal em Cuiabá: famílias Warao sonham com um lugar definitivo para viver
Reportagem e texto: Bruna Barbosa
Edição: Fernanda da Escóssia
Edição de arte: Cacao Sousa
Edição de fotografia: Lela Beltrão
Checagem: Plínio Lopes
Revisão ortográfica (português): Valquíria Della Pozza
Tradução para o espanhol: Julieta Sueldo Boedo
Tradução para o inglês: Sarah J. Johnson
Infográficos: Rodolfo Almeida
Montagem de página e acabamento: Natália Chagas
Coordenação de fluxo editorial: Viviane Zandonadi
Editora-chefa: Talita Bedinelli
Diretora de Redação: Eliane Brum FONTE – SUMAUMA

Crianças Warao estão sendo constrangidas a esmolar para sobreviver em Mato Grosso – Foto Cimi


O melhor detergente é a luz do sol
EDMUNDO LIMA DE ARRUDA JR: Na sucessão de Barroso, Lênio Streck desnivela qualquer outro candidato para vaga no STF

Não há dúvidas. Lênio Streck é hoje o jurista mais preparado para os desafios naquele padrão Supremo. O STF merece nomes do mais alto nível entre nossas mentes na área do Direito.
A escolha é política e causa uma mistura de surpresa e espanto ao pipocar de nomes: o Advogado geral da União, Jorge Messias, preparadíssimo, parece forte, mas ainda consolidando seu nome no meio jurídico.
A Janja quer, por critérios de amizade, Carol Proner, esposa de Chico Buarque, pouco expressiva em trabalhos com a técnica jurídica e na teoria da hermenêutica constitucional.
Lenio talvez seja grande demais para merecer a confiança de Lula num contexto no qual nosso presidente já se decepcionou com muitas de suas escolhas e se vê pressionado por uma militância conhecida… .
Lênio desnivela qualquer outro candidato, por melhor seja o currículo de muitos disponíveis, por erudição, produção acadêmica e técnica, visão crítica, múltiplas capacidades no raciocínio jurídico, sobretudo, pela coragem e criatividade nos fundamentos da interpretação constitucional.
Em cinco anos produziria uma revolução na nossa mais alta Corte.
Edmundo Arruda, sociólogo e jurista, nascido em Cuiabá, MT, vive há tempo em Florianópolis, SC

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