Brasil, mostra tua cara
JELDER POMPEO DE CERQUEIRA, ex-coordenador do DCE da UFMT, explica por que lutam os estudantes da nossa Federal
Brasil, mostra tua cara


Na UFMT, protestos estudantis não começaram agora. E representam uma reação à subordinação da reitoria da universidade às propostas que são definidas em Brasilia, sem diálogo prévio com a comunidade acadêmica
Para entender a luta dos estudantes da UFMT
Jelder Pompeo de Cerqueira
Em 2007, quando eu ainda era estudante e coordenador do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso, nós (estudantes, técnicos e professores) travamos uma árdua batalha contra um decreto determinado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Por se tratar de um decreto e não um projeto de lei amplamente discutido e aprovado, o REUNI (Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais) carregava em sua essência o seu autoritarismo.
Não só por ser decreto, mas também a forma como foi “aprovada” sua adesão (na maioria das Universidades Federais não sendo diferente na UFMT) foi autoritária.
Sua aprovação, assim como a aprovação do ENEM como única forma de ingresso na UFMT, foi aprovada “em baixo” de uma “chuva de protestos”, sendo feito através da ocultação da adesão como no caso do Reuni e aprovação “ad referendum” no caso do ENEM.
Essas políticas para o Ensino Superior têm como fundo a busca irresponsável por números em detrimento da qualidade e amplitude do ensino.
No caso do Reuni, o decreto propunha como meta uma duplicação do número de estudantes nas Universidades Federais e uma aprovação de 90% dos estudantes, ou seja, uma aprovação automática. Em contrapartida, o decreto não previa igual contratação de técnicos e professores nem um aumento paritário de recursos.
No caso do ENEM, a unificação do vestibular ocasionou uma concorrência desleal em relação aos estudantes de determinadas regiões do país em relação a outras. Como bem sabemos, há uma disparidade tremenda, na qualidade da educação nas diferentes partes do país.
Somando essas políticas, temos o seguinte quadro: ampliação do número de estudantes, aumento do número de alunos vindos de outros estados, falta de estrutura laboratorial, de ônibus e diárias para aulas de campo.
Como era de se prever, um dia esses problemas aflorariam, pois, os estudantes não têm ficado alheios aos problemas que os rodeiam. Nesse sentido, presenciamos o ato ocorrido no dia 06 de março, no qual, ficou internacionalmente reconhecido pela brutalidade da repressão empregada contra os estudantes que se manifestavam.
O ato teve como pauta a ampliação da Casa dos Estudantes, mantendo minimamente as estruturas já vigentes e locadas. Essa reivindicação é apenas uma busca por minimizar os problemas causados pelos decretos aprovados anteriormente.
Nada mais lógico do que exigir a paridade da “expansão” das vagas, com as condições de permanência e pesquisa. Nesse sentido, o mínimo que se esperava de uma reitoria compromissada com a educação, seria a ampliação dos laboratórios e do RU, com a abertura da 3ª Ilha, que já esta pronta, e a ampliação das bolsas, e vagas na casa dos estudantes.
Pelo contrário, a reitoria, não só não fez isso, como, agora que os estudantes estão cobrando da administração superior, ela sai na ofensiva, se negando a dar o mínimo, e atacando os estudantes, com o chamamento da ROTAM, para acabar com o manifesto, e com a ameaça de convocar novamente a polícia para reintegração de posse da reitoria ocupada.
Pelo jeito, a humildade em reconhecer seus erros ou de minimizar danos de suas ações inconsequentes, está longe de ser uma prática na administração superior da UFMT.
Se essa reitora tivesse de fato compromisso com a educação de qualidade, ela teria pensado muito bem ao aderir aos projetos do governo Federal (REUNI, ENEM, Lei de iniciativa tecnológica.)
O que os estudantes estão fazendo, nada mais é do que cobrar providências a respeito dos efeitos da adesão impensada nesses projetos. Ou seja, tentando reverter os efeitos de um problema que a própria reitoria criou.

Ex coordenador do Diretório Central dos Estudantes 2007 a 2009
Técnico Administrativo Educacional
Militante da INTERSINDICAL


Brasil, mostra tua cara
Ministério das Comunicações lança edital para rádios educativas e sete cidades no ES são contempladas
Entidades interessadas terão até o dia 21 de março para efetuar a inscrição, que deverá ser feita, obrigatoriamente, pela Plataforma de Cidadania Digital
O Ministério das Comunicações lançou, no dia 27 de dezembro de 2024, o edital para inscrição das entidades interessadas em operar rádios educativas, em frequência modulada, em 311 municípios das cinco regiões do país. O edital, com a lista das localidades, pode ser encontrado no site do Ministério das Comunicações.
No Espírito Santo, poderão ser beneficiados moradores de sete cidades.
As entidades interessadas terão até o dia 21 de março para efetuar a inscrição, que deverá ser feita, obrigatoriamente, pela Plataforma de Cidadania Digital, do Governo Federal.
A Diretora do Departamento de Radiodifusão, Pública, Comunitária e Estatal do Ministério das Comunicações, Daniela Schettino, explica a relevância das rádios educativas para a população brasileira e a importância de difundir essas emissoras pelo Brasil.
Este é o primeiro edital do Plano Nacional de Outorgas de Rádios Educativas lançado no dia 18 de dezembro. A previsão é que mais três editais sejam lançados até 2026.
Confira os detalhes do edital e a lista de municípios contemplados neste link.
Fonte: Brasil 61
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