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Conflitos cercam as fazendas de Antonio Joaquim

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Durante coletiva nesta terça, o médico Alonso Alves Filho chorou ao relatar as violências que sua familia e notadamente seu velho pai, de 81 anos, estaria sofrendo por parte do conselheiro do TCE Antonio Joaquim


Médico acusa conselheiro do TCE de utilizar cargo para obter vantagens  
Patrícia Sanches RD NEWS
O médico Alonso Alves Filho acusou o conselheiro do TCE Antonio Joaquim de utilizar estratégias ardilosas e desumanas para desvalorizar as terras de seu pai Alonso Alves Pereira (81 anos) e comprá-las por um preço abaixo do estabelecido pelo mercado. O médico, que chorou durante coletiva nesta terça (5), reclama ainda do fato do conselheiro conseguir, de forma célere, uma série de liminares, valendo-se da sua influência. “Nunca imaginei que um vizinho poderoso poderia tomar a sua casa. Mexer com gente que tem poder é complicado”, afirmou.
Apesar disso, Alonso não aponta má fé por parte do Judiciário. Acredita que os juízes e o desembargador Dirceu dos Santos, da 5ª Câmara, que concedeu a última liminar, foram induzidos ao erro. “Ele (Antonio) mente”, constatou.      Conforme Alonso, Antônio Joaquim já comprou todas as fazendas da redondeza, construindo um império às margens da Serra das Araras, em Nossa Senhora do Livramento, proximidades de Cáceres. As aquisições, que deram origem ao Rancho T, tiveram início há 10 anos e, agora, sobraram apenas pequenas propriedades e a Fazenda Bocaína (1.700 hectares), de propriedade da família do médico.
O imbróglio entre a família do médico e o conselheiro teve início em outubro do ano passado, quando Antonio Joaquim conseguiu uma liminar junta a 2ª Vara Civel de Várzea Grande, o autorizando a circular por uma estrada que corta a Fazenda Bocaina, sob justificativa de que ela dá acesso a uma de suas propriedades.
À época on despacho foi dado pelo juiz Marcos Siqueira. De lá, para cá, o que se viu foi uma queda-de-braço na Justiça.
Ocorre que, de posse das liminares, o conselheiro teria determinado que funcionários entrassem fazenda adentro, colocando os canos necessários para retirar a água do córrego situado na fazenda Bocaina. Logo em seguida, o advogado de Alonso, Saulo Gahyva impetrou um recurso denominado interdito proibitório, solicitando a interrupção das obras, que foi acolhido. O conselheiro, no entanto, reverteu em fevereiro, após decisão
O caso veio parar no Tribunal de Justiça quando a família do médico obteve vitória em decisão de Dirceu dos Santos que, após novo pedido de Antonio Joaquim, reformou. O conselheiro teria alegado que não está construindo nada, apenas substituindo canos já existentes. A decisão foi cumprida com ajuda de policiais. Agora, Alonso aguarda apreciação de novos recursos na 2ª instância.
Alonso argumenta ainda que Antonio Joaquim não necessita da água do córrego, situado na fazenda do seu pai, tendo em vista que possui 4 represas em suas propriedades, além de uma pista de pouso. O médico também reclama que a manobra vai secar o riacho, inviabilizando a sua fazenda e demais pequenas propriedades. “Não há argumento contra o interesse coletivo”, disse.
Segundo Alonso, o conselheiro nunca apareceu, mas manda intermediários, que fazem pressão psicológica. Cita como exemplo funcionário que responde pela apelido deMicão. “Antônio Joaquim é um ente oculto, as pessoas falam em nome dele”. Por fim, Alonso alega que sua família quer apenas continuar na propriedade.
Outro lado      O conselheiro Antonio Joaquim concede coletiva hoje, às 11h. O objetivo é comentar o assunto e rebater as acusações.
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Médico acusa conselheiro de “intimidação” por terra
Alonso Alves Filho diz que Antônio Joaquim está “levando seu pai à morte”
LAÍSE LUCATELLI
DO MIDIA NEWS
O médico otorrino Alonso Alves Filho acusou o conselheiro Antônio Joaquim, do Tribunal de Contas do Estado (TCE), de intimidar seu pai, um senhor de 81 anos, com o objetivo de comprar suas terras. Por meio de liminares, o médico diz que o conselheiro conseguiu o direito de usar a fazenda como passagem, por onde circula um empregado armado, e de retirar água do córrego que corta a propriedade.
“Como meu pai não quer vender as terras, o conselheiro o está acuando para forçá-lo. É a única explicação que eu encontro para o que ele está fazendo”  A área em questão chama-se Fazenda Bocaina, com 1700 hectares de área, no município de Nossa Senhora do Livramento e, segundo Alonso, é contornada por terras que pertencem ao conselheiro. Na fazenda residem, há mais de 20 anos, o pai do médico, Alonso Alves Pereira, e a mãe, Laura Soares Pereira, de 70 anos.
“Primeiro o Antônio Joaquim comprou uma fazenda na frente da fazenda do meu pai, depois outra ao lado, depois outra nos fundos. E como meu pai não quer vender as terras, o conselheiro o está acuando para forçá-lo a vender. É a única explicação que eu encontro para o que ele está fazendo”, disse Alonso.
De acordo com o médico, os problemas começaram em outubro do ano passado, quando Antônio Joaquim obteve uma liminar na segunda vara cível de Várzea Grande, expedida pelo juiz Marcos Siqueira, que lhe deu o direito de usar a estrada que corta as terras de Pereira.
Com isso, um de seus empregados, conhecido como “Micão”, passou a circular pela Fazenda Bocaina, portando uma arma.
“Micão anda sempre armado, inclusive dentro das terras do meu pai. Todo mundo na região tem medo dele”, afirmou o médico. “O Antônio Joaquim está levando meu pai à morte, porque ele é um idoso. Ele está acuado, fica nervoso e vive sendo internado”, desabafou.
Briga por água
Em janeiro deste ano, segundo o médico, o idoso foi surpreendido com tratores que estavam escavando sua propriedade, para trocar o encanamento que abastecia a fazenda com água retirada de um córrego.
O advogado do fazendeiro, Saulo Gahyva, relatou que no mesmo dia entrou com um recurso chamado interdito proibitório, e conseguiu uma liminar, expedida pela juíza Anglizey de Oliveira, impedindo que as obras continuassem.
De lá para cá, seguiu uma verdadeira guerra de liminares, que proibiram e autorizaram a instalação do encanamento por diversas vezes. Atualmente, as obras estão autorizadas e, na última sexta-feira (1º), os peões do conselheiro chegaram à Fazenda Bocaina com força policial para dar andamento à instalação.
De acordo com o advogado, a defesa de Antônio Joaquim está induzindo a Justiça ao erro, pois estaria mentindo no processo.
De acordo com o médico, o córrego da Fazenda é muito pequeno, e partes do seu leito chegam a secar durante a seca. “Se ele continuar tirando água do riozinho, ele vai secar de vez. Aquele córrego é vital para a propriedade do meu pai e de dezenas de pequenos proprietários da região. Se ele secar, as terras serão desvalorizadas”, disse Alonso.
“Terapia”
Ele ainda acusou o conselheiro de desmatar as nascentes que alimentam o córrego e, com isso, diminuir a vazão de água.
“O Antônio Joaquim não precisa de nada disso, pois as terras dele contornam a do meu pai, então ele pode entrar por onde ele quiser, e não precisa passar pela fazenda do meu pai” “O Antônio Joaquim não precisa de nada disso, pois as terras dele contornam a do meu pai, então ele pode entrar por onde ele quiser, e não precisa passar pela fazenda do meu pai. Ele também possui quatro represas nas terras dele, então tem água em abundância, e não precisa pegar água da terra do meu pai. Além disso, ele tem dinheiro, tem até pista de avião na fazenda, então ele pode instalar motores”, pontuou o médico.
Ele reclamou, ainda, que tenta falar com o conselheiro há meses, mas nunca é recebido. “O conselheiro tem muito dinheiro, é um homem de sucesso, e pode viver bem sem prejudicar os outros. Eu não sei o que ele precisa… Talvez de terapia”, completou.
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OUTRO LADO
 

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Conselheiro chama médico de tolo, maluco e denuncia ameaça de morte

Patrícia Sanches RD NEWS

 
Conselheiro Antonio Joaquim rebate acusações do médico

O ex-presidente do TCE e conselheiro Antonio Joaquim classificou como “maluco e tolo” o médico Alonso Alves Filho, que o acusou de utilizar estratégias ardilosas e desumanas para desvalorizar as terras de seu pai Alonso Alves Pereira (81 anos) com objetivo de comprá-las por um preço mais barato. O conselheiro afirmou se sentir constrangido ao ser obrigado a responder a uma vilania. “Sendo arrastado criminosamente para um debate público com um maluco”, declarou.
 
O conselheiro sustentou que o médico, inconformado com as derrotas na Justiça, chegou a dizer que contrataria capangas para matá-lo. “Disse tudo isso na frente do oficial de Justiça, que cumpria a decisão. Registrei Boletim de Ocorrência em Várzea Grande e o estou acionando na Justiça”. afirmou. Antonio Joaquim ponderou também que já ingressou com ações por danos morais e materiais.
 
As afirmações foram feitas  hoje (5), em entrevista coletiva, horas após o médico acusá-lo de utilizar a sua influência para induzir a Justiça ao erro. O membro do TCE – munido de um calhamaço de decisões e fotos – contrapôs Alonso, o acusando de mentir para a Justiça, tendo sido condenado, inclusive, pela juíza da 2ª Vara Cível Ester Belém e multado em R$ 5 mil. “O requerido age de má fé e vem descumprindo ordem judicial”, aponta a magistrada.
 
Ocorre que o médico teria alegado que houve invasão das suas terras para a implantação de canos para retirar a água de sua propriedade e levar para a do membro do TCE, prejudicando pequenos produtores da região.  “Mentira, eu pego água de dentro da minha propriedade que, aliás, ele (Alonso) utilizou por 12 anos, para levá-la para outra área de minha propriedade”, rebateu.
 
Antonio Joaquim ressalta também que as fotos anexadas aos autos comprovam que os “tubos”, em verdade, passam pela estrada que corta as propriedades. Assim, portanto, não haveria impedimento legal para a execução das obras. “Determinou que o gerente dele passasse o trator, de forma violenta e irada, retirando os canos que haviam sido colocados”, reclama o conselheiro, numa referência ao fato do fazendeiro ter retirado os canos, em meio ao embate jurídico.
 
Sobre a suposta manobra para desvalorizar as terras e depois comparar por um preço mais barato, Antonio Joaquim reconheceu que tentou comprar a propriedade por duas vezes (2006 e 2012), mas que o negócio não prosperou devido ao fato do fazendeiro ter “superfaturado” em 2 vezes o valor do hectare das terras, cobrando R$ 4 mil, quando o preço de mercado era R$ 2 mil. Depois, na segunda conversa, pediu R$ 10 milhões.  “Acabei comprando a fazenda do vizinho”. As áreas do conselheiro, somadas, são o equivalente a 3,4 mil hectares, enquanto que a do médico 1,7 mil hectares.
Imbróglio
O imbróglio entre a família do médico e o conselheiro teve início em outubro do ano passado, quando Antonio Joaquim conseguiu uma liminar junta a 2ª Vara Civel de Várzea Grande, o autorizando a circular por uma estrada que corta a Fazenda Bocaina, sob justificativa de que ela dá acesso a uma de suas propriedades.
A medida, segundo Antônio Joaquim, teve que ser tomada porque o pai do médico colocou um cadeado no local, impedindo a passagem dos demais pela estrada que existe há mais de 40 anos no entroncamento das propriedades dos dois (Rancho T e Bocaina), às margens da Serra das Araras, em Nossa Senhora do Livramento, proximidades de Cáceres.
Agora, o caso está no Tribunal de Justiça. Antônio Joaquim conseguiu decisão favorável do desembargador Dirceu dos Santos, o que causou nova briga entre os dois. Conforme o conselheiro, ele tentou agredir o oficial de Justiça por 3 vezes, por isso, a policia foi chamada para cumprir a determinação. “É tonto ou se faz de tonto. Ele confunde policiais do Estado com pistoleiros”, enfatizou, numa referência as acusações de suposta coação feita por Alonso.

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Lula celebra 50 anos da Revolução dos Cravos na Embaixada de Portugal

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa, na noite desta quinta-feira (25), de um jantar na Embaixada de Portugal, em Brasília, para celebrar os 50 anos da Revolução dos Cravos, ou Revolução de Abril, ocorrida nesta mesma data, em 1974, quando uma ação liderada pelo Movimento das Forças Armadas (MFA) depôs o regime ditatorial liderado por Antonio Salazar que durou mais de quatro décadas.

O movimento, que teve adesão em massa da população, democratizou o país europeu e abriu caminho para uma série de avanços sociais e políticos desde então. O símbolo foi a distribuição de cravos vermelhos aos soldados, que os colocaram nos canos dos fuzis, por isso a referência do nome.

A participação de Lula foi celebrada pelo primeiro-ministro português, Luís Montenegro.

“Na impossibilidade de acompanhar em Lisboa as comemorações dos 50 anos do 25 de abril, o Presidente da República Federativa do Brasil honrou esta efeméride com a sua presença num jantar na residência oficial do embaixador de Portugal em Brasília. Um gesto que agradeço e assinala, também no Brasil, esta importante data na comunidade lusófona”, postou nas redes sociais.

Leia Também:  Rio: MPF recomenda redução de mortes violentas causadas por policiais

Lula chegou à residência do embaixador por volta das 20h. 

O jantar também ocorre um dia depois que o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, reconheceu, em entrevista, que Portugal foi responsável por crimes cometidos durante a escravidão transatlântica e a era colonial. O processo resultou em um tráfico humano de milhões de africanos para as Américas e no genocídio em massa de povos indígenas.

O presidente português sugeriu a necessidade de se estabelecer reparação histórica desses crimes.

Fonte: EBC Política Nacional

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