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MINISTÉRIO PÚBLICO TAMBÉM TEM SEUS ESQUELETOS NO ARMÁRIO – Procurador Mauro Viveiros insiste em denúncia contra Scaloppe. Conselheiro Humberto Bosaipo acusado de montar esquema para evitar devolução de 300 mil aos cofres do MP

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A denúncia foi divulgada, em primeira mão, pelo saite RD News:
 
INVESTIGAÇÃO
Bosaipo é acusado de fraude e se alia a Prado em processo

 Depois de expor o Tribunal de Contas do Estado por causa de sua posição parcial em defesa do ex-presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, Lutero Ponce (PMDB), que teve balancete de 2007 aprovado mesmo com várias irregularidades, o ex-deputado e conselheiro Humberto Bosaipo toma mais uma decisão polêmica. No processo em que o procurador de Justiça do Estado Luís Alberto Esteves Scaloppe é acusado de receber ilegalmente três salários por acúmulo de funções durante dois anos (2003 a 2005) e do parecer do Tribunal de Contas da União e do Procuradoria-Geral do Estado, então sob Paulo Prado, Bosaipo aplicou segredo de Justiça no processo onde não poderia haver, já que não se trata de natureza urgente, não publicou a pauta de julgamento e, por fim, conseguiu arquivá-lo, por unanimidade dos membros do Pleno. O conselheiro responde a vários processos e, mesmo assim, é relator fixo das contas do Ministério Público.

  Indignado, o procurador de Justiça Mauro Viveiros ingressou com uma representação junto ao corregedor-geral do TCE, conselheiro Valter Albano. Ele denuncia e pede instauração de processo administrativo e procedimento disciplinar acerca da conduta de Scaloppe e do ex-chefe do MPE Paulo Prado. Viveiros afirma ainda que Bosaipo, ao criar pauta suplementar exclusiva para o processo, sem justificativa legal, deturpou e distorceu os fatos, de modo a induzir a Corte a erro, a partir de informações prestadas por Prado, que alegou um suposto erro administrativo na PGJ. Ele enfrenta embate jurídico na esperança de condenar Scaloppe a devolver o correspondente hoje a R$ 300 mil aos cofres do MPE.

  Mauro Viveiros observa que a representação remetida pelo TCU ao TCE-MT foi julgada procedente e consistia no exame de legalidade e/ou constitucionalidade da acumulação de remuneração, por Scaloppe, no cargo de procurador de Justiça com os vencimentos que recebeu no Conselho Administrativo de Desenvolvimento Econômico (Cade) durante 2 anos, e também com os rendimentos de professor universitário da UFMT. Acusa ainda o colega procurador de ter falsificado declarações de servidor quando, ao assumir suas funções junto à autarquia federal, declarou não exercer outro cargo, emprego ou função pública.

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   Em sua representação, Viveiros desanca Bosaipo. Ele cita que o conselheiro, "seguindo as pegadas da falaciosa defesa feita por Paulo Prado (ex-procurador-geral de Justiça do Estado) a favor do amigo político, desviou-se verticalmente da única questão a ser decidida: a legalidade/ilegalidade da acumulação de remunerãção de cargos públicos e induziu os seus pares à crença de que se devia decidir sobre um mero erro administrativo sobre auxílio moradia".

   De acordo com Viveiros, a apropriação indevida de cerca de R$ 300 mil dos cofres do MPE sumiu da discussão. Lamenta que o TCE tenha dado a Scaloppe um atestado de idoneidade, isentando-o de qualquer reparação ao erário, quando o TCU, examinando os autos, julgara procedente a representação e o MP junto àquela Corte considerou-os de "evidente ilegalidade e imoralidade. "O relator Bosaipo (…) não dispõe de mínimas condições jurídicas para atuar como magistrado nessa Corte de Contas, notadamente para julgar as contas, contratos e atos que envolvam o Ministério Público", dispara Viveiros. Disse que falta imparcialidade ao conselheiro e lembra que este responde a 8 ações penais, a 50 atos de improbidade e deveria devolver R$ 97 milhões aos cofres estaduais, além de 140 inquéritos civis por improbidade que tramitam na PGJ.

   A "bomba" agora está nas mãos do corregedor-geral Albano, que deve emitir seu parecer sobre a representação de Mauro Viveiros. Em seu parecer consultivo sobre o processo apreciado por Bosaipo, a própria procuradora do TCE Dulce Rossana Capitula, aponta uma série de erros no julgamento, inclusive do ex-chefe do MPE, Paulo Prado, que ignorou completamente a tríplice acumulação de salários. Ela sugere que o TCE determine ressarcimento.

   Paulo Prado alegou que não houve qualquer irregularidade e que Scaloppe, a quem chama de atuante procurador, ocupou cargo de conselheiro do Cade, em Brasília, após indicação do presidente Lula e que teve o nome aprovado pelos senadores. De um lado, o ex-chefe do MPE afirma que não houve acumulação de cargos mas, de outro, admite que houve pagamento indevido de 2 meses de auxílio moradia de R$ 7,9 mil, mas que Scaloppe fez o ressarcimento depois. Por fim, Prado, que chegou a ser "intimado" pelo TCU para notificar Scaloppe a optar por um dos cargos mas não o fez, requer ao conselheiro Bosaipo que o processo seja arquivado. Bosaipo seguiu a "ordem" do ex-procurador-geral que o denunciou em vários processos quando o hoje conselheiro era deputado. Nesse processo, nota-se réu que se torna juiz do acusador.

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  Em seu parecer, Bosaipo muda o foco para o auxílio moradia que Scaloppe recebeu indevidamente e já devolveu ao erário e não entra no mérito da representação feita por Mauro Viveiros. "(…) fica afastado o vício de irregularidade ou qualquer indício que macule a disponibilização do doutor procurador de Justiça (Scaloppe) e seus respectivos recebimentos face aos trabalhos frente ao Cade", escreve Bosaipo.

Para saber mais, acesse www.rdnews.com.br

COMENTARIO MEU, DO ENOCK – Uma questão que envolve, ao mesmo tempo, o Ministério Público Estadual e a moralidade administrativa não pode ser tratado em segredo de Justiça. Como fiscal da Lei, é importante que a transparência impera, antes de qualquer lugar, nos negócios e nas práticas do MP. Daí a expectativa que o atual Procurador Geral de Justiça, Marcelo Ferra, amplie as informações sobre este caso, aparentemente escabroso, que põe em xeque tanto o procurador Scaloppe quanto o ex-procurador geral Paulo Prado. Quando ao conselheiro Bosaipo o que se pode dizer é que, com ele, ninguém se surpreende mas estabelece-se, desde já, a expectativa com relação às providencias a serem adotadas pelo corregedor do TCE, o conselheiro Valter Albano.

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LUIZ CLÁUDIO: Devemos ouvir a população sobre VLT ou BRT

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A troca do VLT pelo BRT

* Luiz Claudio

Em seu primeiro discurso, após receber o resultado da última eleição, o prefeito Emanuel Pinheiro deixou claro que a gestão do Município sempre estará disponível para debater todas as ações que melhorem a vida da população cuiabana. Acontece que, para que um debate realmente seja uma verdade, esse processo necessariamente deve cumprir etapas como argumentar, ouvir, analisar e, por fim, tomar uma decisão em conjunto.

Essas etapas, essenciais principalmente em assuntos que envolvem mais de 600 mil pessoas, até o presente momento, continuam sendo completamente negligenciadas pelo Governo do Estado de Mato Grosso. O recente caso da troca do Veículo Leve sobre Trilho (VLT) pelo Bus Rapid Transit (BRT) é um grande exemplo dessa dificuldade que a Prefeitura de Cuiabá tem encontrado quando se depara com demandas em que o Executivo estadual está envolvido.

Agora, depois de tomada uma decisão individualizada, se lembraram que existem as Prefeituras Municipais. Com convites para reuniões, as quais o Município não terá nenhuma voz, tentam criar um cenário para validar um discurso de decisão democrática que nunca existiu. Por meio da imprensa, acompanhamos declarações onde se é cobrada uma mudança de postura da Prefeitura de Cuiabá. Mas, qual é a postura que desejam da Capital? A de subserviência? Essa não terão!

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Defendemos sim um diálogo. No entanto, queremos que isso seja genuíno. Um diálogo em que as decisões que envolvam Cuiabá sejam tomadas em conjunto e não por meio da imposição. De que adianta convidar para um debate em que já existe uma decisão tomada? Isso não passa de um mero procedimento fantasioso, no qual a opinião do Município não possui qualquer valor.

Nem mesmo a própria população, que é quem utiliza de fato o transporte público, teve a oportunidade de ser ouvida. Isso não é democracia e muito menos demonstração de respeito com aqueles que depositaram nas urnas a confiança em uma gestão. Por conta dessa dificuldade de diálogo foi que o prefeito Emanuel Pinheiro criou Comitê de Análise Técnica para Definição do Modal de Transporte Público da Região Metropolitana do Vale do Rio Cuiabá.

Queremos, de forma transparente, conhecer o projeto do BRT. Saber de maneira detalhada o custo da passagem, o valor do subsídio, tipo de combustível, e o destino da estrutura existente como os vagões do VLT e os trilhos já instalados em alguns pontos de Cuiabá e Várzea Grande.

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Confiamos nesse grupo e temos a certeza de que ele dará um verdadeiro diagnóstico para sociedade. Mas, isso será feito com diálogo. Como deve ser! E é por isso que o próprio Governo do Estado também está convidado para participar das discussões, antes de qualquer parecer, antes de qualquer tomada de decisão. Como deve ser!

Assim, em respeito ao Estado Democrático de Direito, devemos ouvir a população que é quem realmente vai utilizar o modal a ser escolhido, evitando decisões autoritárias de um governo que pouco ou quase nada ouve a voz rouca das ruas.

* Luis Claudio é secretário Municipal de Governo em Cuiabá, MT

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