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O melhor detergente é a luz do sol

Seminário Poéticas da Cena LGBTQIA+ oferecerá palestras e oficinas gratuitas transmitidas ao vivo de 24 a 27 de maio

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O melhor detergente é a luz do sol

Valéria e Silas Lima estarão no Seminário Poéticas da Cena LGBTQIA+

Em sua primeira edição, o projeto terá participação da atriz Renata Carvalho, da cantora Valéria Barcellos, da professora universitária e performer Dodi Leal, da arte-educadora Marcie Vieira e do ator Lauro Ramalho

A cantora e atriz Valéria Barcellos falará sobre a dramaturgia trans

O Seminário Poéticas da Cena LGBTQIA+ reuniu cinco profissionais da área cultural brasileira para pensar e debater questões de orientação sexual e identidade de gênero na área do teatro. Sediado em Porto Alegre, o evento virtual acontece de 24 a 27 de maio, com participação da atriz, diretora, dramaturga e transpóloga paulista Renata Carvalho, da performer, curadora, crítica, pesquisadora e professora universitária na Bahia Dodi Leal, além de três personalidades gaúchas: a cantora Valéria Barcellos, o ator Lauro Ramalho e a arte-educadora Marcie Vieira.

Serão quatro palestras transmitidas ao vivo e gratuitamente pela plataforma on-line Viva o Palco, sempre às 19h, e duas oficinas cênicas que acontecem de forma remota, das 14h às 17h. As atividades abordam temas como práticas metodológicas de ensino e aprendizagem da linguagem teatral com base no pensamento da pedagogia queer, autogestão de carreira artística profissional LGBTQIA+, produção artística de corpos dissidentes na cena teatral contemporânea e descolonialidade das artes cênicas.

Leia Também:  D.TOMÁS BALDUINO: As lideranças camponesas e indígenas estão muito apreensivas com o estranho poder econômico, político, classista, concentracionista e cruel detido por essa mulher, a senadora Kátia Abreu, que, segundo dizem, está para ser ministra de Dilma Rousseff. E se perguntam: "Não é isso o Poder do Mal?"

Coordenado pelos produtores culturais Xandre Martinelli e Jaques Machado, o projeto busca contribuir na formação e qualificação de artistas e técnicos cênicos, bem como de estudantes de diferentes áreas artísticas, transpondo vivências LGBTQIA+ e suas especificidades para a poética da cena. As vagas são abertas a profissionais e pesquisadores da área e também para o público em geral, abrindo oportunidade para qualquer pessoa que tenha interesse em aprender sobre as temáticas abordadas. Para participar, é necessário fazer inscrição prévia e sem custo no link https://vivaopalco.com.br/seminario-poc/.

O 1º Seminário Poéticas da Cena LGBTQIA+ é um projeto executado através do Edital Criação e Formação Diversidade das Culturas, realizado com recursos da Lei Aldir Blanc nº 14.017/20 e apoio da Cubo Filmes. Quem tiver dúvidas ou quiser mais informações sobre o evento pode entrar em contato com a equipe pelo @seminariopoc nas redes sociais.

SERVIÇO

1º Seminário Poéticas da Cena LGBTQIA+

De 24 a 27 de maio, com Inscrições gratuitas e transmissão ao vivo pelo link https://vivaopalco.com.br/seminario-poc/.

CRONOGRAMA

24/05 – SEGUNDA-FEIRA

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Das 14h às 17h – Oficina “Dramaqueer – Escrita para Corpas Dissidentes”, ministrada por Marcie Vieira

19h – Palestra “Dramaqueer – da pedagogia queer para a dramaturgia teatral”, com Marcie Vieira

25/05 – TERÇA-FEIRA

Das 14h às 17h – Oficina “Criação para Corpos Dissidentes – parte 1”, ministrada por Renata Carvalho

19h – Palestra “A figura do ator-produtor, a autogestão de carreira e a performatividade dragqueen nas artes”, com Lauro Ramalho

26/05 – QUARTA-FEIRA

Das 14h às 17h – Oficina “Criação para Corpos Dissidentes – parte 2”, ministrada por Renata Carvalho

19h – Palestra “Transgeneridades em Performance: desobediências de gênero e anticolonialidades das artes cênicas”, com Dodi Leal

27/05 – QUINTA-FEIRA

Das 14h às 17h – Oficina “Criação para Corpos Dissidentes – parte 3”, ministrada por Renata Carvalho

19h – Palestra “O Corpo e a Dramaturgia Trans nas Artes”, com Renata Carvalho e Valéria Barcellos

FONTE DIVULGAÇÃO

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Centro Cultural Casa do Centro, do Zé Medeiros e Adia Borges, fecha as portas em Cuiabá. Desmonte da Cultura avança na capital de Mato Grosso

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O fotógrafo José Medeiros e sua esposa Adia Borges não conseguiram mais resistir. A sexta-feira, 3 de setembro de 2025, representou uma data trágica para o Centro Cultural Casa do Centro que eles comandavam na região da Praça da Mandioca, em Cuiabá. Mesmo que com uma noite festiva, marcada pelo som caloroso da banda Calorosa, neste 3 setembro a Casa do Centro, como o equilibrista daquela história, pediu licença – e despencou. Fechou suas portas. Partiu para um outro plano.

Manter espaços culturais como a Casa do Centro se tornou inviável em um Estado tão rico, tão cheio de grana, mas que prioriza investir seus recursos em rodeios e cavalgadas no interior, ou na construção em Cuiabá de um Parque Novo Mato Grosso, espaço preferencial para corridas de carros e de karts, e o desfile garboso de uma elite endinheirada. A lógica da Cultura no Estado, pelo que vejo, é a lógica do parque de diversão e, com isso, os projetos de diversidade como a Casa do Centro, que abria sua portas para mostras de arte, bandas e jovens cantores mato-grossenses, performances culturais e lançamentos de livros e muitos sonhos artísticos, parece que acabam ficando relegados ao último plano.

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Cadê os editais planejados para estimular e multiplicar centros de cultura, não só em Cuiabá mas em todas as regiões do Estado? A cultura em Mato Grosso virou uma espécie de garimpo em que o sertanejo parece que sempre vale mais pelos votos que é capaz de multiplicar.

Curioso é que o gabinete do parlamentar conhecido como “deputado da Cultura’ ostenta nas suas paredes belos e estilosos quadros do consagrado artista que é o fotógrafo Zé Medeiros. O gesto deveria sinalizar apreço pelas artes e respeito à memória cultural de Mato Grosso. No entanto, quando o assunto era fortalecer espaços culturais que sobrevivem a duras penas, como o Centro Cultural Casa do Centro, no coração do Centro Histórico de Cuiabá, o apoio não veio. As palavras e promessas do deputado Alberto Machado (UB), o Beto Dois a Um, que foi um artista musical antes de se tornar um político da situação, ficaram perdidas em algum espaço recôndito entre a Assembleia Legislativa e o Palácio Paiaguás.

O contraste entre a imagem cuidadosamente exibida no gabinete do político midiático e a ausência de políticas concretas para garantir a sobrevivência de instituições culturais revela uma contradição dolorosa. Não basta adornar paredes com obras de artistas locais: é preciso assegurar que espaços de resistência e de produção cultural tenham condições de existir e se multiplicarem. E todo mundo sabe da ascendência que Beto Dois a Um tem sobre os centros de poder neste Estado, espaços em que se definem os rumos dos investimentos culturais neste território mato-grossense. 

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A Casa do Centro, registre-se, lutou bravamente para manter suas portas abertas, oferecendo à capital e a todo Mato Grosso um espaço de memória, arte e convivência. O silêncio e a falta de ação diante da tocante fragilidade com que a Casa do Centro procurava dar concretude a suas utópicas propostas de aggiornamento, expõem o vazio do discurso oficial.

 

ENOCK CAVALCANTI, 72,  é jornalista e editor do blogue PÁGINA DO ENOCK, que ele edita a partir de Cuiabá, Mato Grosso, desde o ano de 2009

Banda Calorosa, junto com Paulo Monarco e DJ Muluc, animou  a noitada de despedida da Casa do Centro. 3 de setembro de 2025

 

 

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