Educação, prioridade brasileira
ESTUDANTE DE DIREITO CARLOS RENTE JR: Os alunos se revoltaram ao descobrir que a FACULDADE CÂNDIDO RONDON fora vendida com portas fechadas para a FACULDADE CUIABÁ (FAUC) o que causa dano ao princípio da dignidade da pessoa humana, princípio da boa fé, princípio do direito adquirido e outros. Pensamos, quando vemos a propaganda na televisão nós vemos o que? VENHA FAZER VESTIBULAR NA UNIRONDON. Nenhum aluno tem a intenção ou vontade de sair de onde se encontram ‘hoje’ e muito menos terem em seus diplomas o brasão/selo da FAUC.
Educação, prioridade brasileira
																								
												
												
											OPINIÃO
Por que lutam os estudantes da Unirondon?
Por Carlos RenTe Junior
Sou o Carlos Rente Júnior, e hoje estou como vice-presidente do Centro Acadêmico de Direito da Faculdade Cândido Rondon e do Centro Universitário Unirondon, trabalhando junto com meu colega Pedro Patocino atual presidente, não foi fácil mais hoje estamos sendo reconhecidos e tudo que falamos no passado está se cumprindo, e todos os alunos e a sociedade Cuiabana estão vendo a nossa luta.
Nós estamos lutando sim, pelos direitos dos alunos e dos professores.
Eu estou no meu último ano de faculdade graças a Deus, sou bem avaliado pelos meus colegas de faculdade e nunca tive maiores problemas com nenhum deles, sempre busquei ser verdadeiro e prestativo, lutando sempre em favor de todos da minha sala e/ou motivando para sempre fazer alguma que achamos ruim em sala, busco fazer requerimentos e ofícios sempre quando necessário, com o intuito de mostrar os problemas para a faculdade e resolver os meus problemas, luto pelos meus direitos e dos meus colegas. Vale ressaltar que eu poderia estar bem tranquilo cuidando do meu trabalho e da minha família, mas não consigo, ainda mais que serei um futuro advogado e estou prestes a me formar.
Meus amigos, não consigo ver tudo que estamos passando e ficar sem fazer nada, estou sempre muito preocupado com ‘TUDO’, e quero informar que o ensino de MATO GROSSO está vergonhoso.
Vejo que o ensino está virando mercadoria, esse grupo que comprou e está administrando a UNIRONDON e outras faculdade, se tornou a maior rede de ensino do país e isso ao meu ver é muito preocupante.
Diante disso gostaria de expor alguns dos problemas que estamos enfrentando!!
Nos alunos estamos estarrecidos e revoltados com as DISCIPLINAS INTERATIVAS, uma vez que as mesmas não seguem a PORTARIA MEC nº 4.059, de 24/11/2004, e passou a fazer parte da grade todos cursos da UNIRONDON e de outras faculdades que esse grupo administra, com isso acaba prejudicando centenas de milhares de alunos. A aplicabilidade da modalidade interativa feita por esses Grupos, não está de acordo com o que diz o MEC: PORTARIA Nº 4.059, DE 10 DE DEZEMBRO DE 2004 (DOU de 13/12/2004, Seção 1, p. 34): Art. 1º – As instituições de ensino superior poderão introduzir, na organização pedagógica e curricular de seus cursos superiores reconhecidos, a oferta de disciplinas integrantes do currículo que utilizem modalidade semipresencial, com base no art. 81 da Lei n. 9.394, de 1.996, e no disposto nesta Portaria. § 1º – Para fins desta Portaria, caracteriza-se a modalidade semipresencial como quaisquer atividades didáticas, módulos ou unidades de ensino-aprendizagem centrados na autoaprendizagem e com a mediação de recursos didáticos organizados em diferentes suportes de informação que utilizem tecnologias de comunicação remota. § 2º – Poderão ser ofertadas as disciplinas referidas no caput, integral ou parcialmente, desde que esta oferta não ultrapasse 20 % (vinte por cento) da carga horária total do curso. ART. 2º – A oferta das disciplinas previstas no artigo anterior deverá incluir métodos e práticas de ensino-aprendizagem que incorporem o uso integrado de tecnologias de informação e comunicação para a realização dos objetivos pedagógicos, BEM COMO PREVER ENCONTROS PRESENCIAIS E ATIVIDADES DE TUTORIA. A gravidade é que eles não obedecem em nada essa portaria do MEC, nunca ‘existiu’ e nuca houve ‘encontro presencial’ e o auxílio tutorial é ‘ineficaz’.
Semestre passado muitas foram às informações desencontradas, não tínhamos respaldo de ninguém dentro da UNIRONDON, a coordenação não sabia de nada, e os professores coitados também estão perdidos, estamos sem saber o que será do nosso futuro dentro dessa instituição, mas antes que isso aconteça resolvemos nos unir!!
Sobre as matérias interativas, foi aplicado uma apostila pelo site e tínhamos que responder algumas questões esse é método de avaliação que eles querem aplicar para os alunos. Um lixo de matéria!!
Dentre essas gravidades já expostas, temos várias outras, por exemplo: muitos colegas estão com notas erradas no portal, muitos alunos estão reprovados, sendo que foram cumpridas todas as exigências impostas pelo sistema. Isso é muita irresponsabilidade e falta de competência por parte dos administradores dessa faculdade. Veja bem, deixar alunos preocupados, sem férias por erro deles, isso não é um absurdo?
Poderíamos estar curtindo nossas férias, mas não estamos buscando respostas, e correndo atrás da coordenação para saber como ficaria essa situação dentro da faculdade, gostaria de fazer uma ressalva, isso não é culpa dos coordenadores e professores, pois vejo eles como ‘marionetes’, porque eles precisam pagar as suas contas, e também estamos perdendo vários professores de altíssimo nível.
Especula-se que esse grupo quer reformular seu quadro de professores com titulação mais baixa, estou falando isso porque segundo alguns professores e amigos, eles estão pagando R$ 26,00 (vinte e seis reais) por uma aula, pensando que o valor da mensalidade é altíssimo.
Os alunos também se revoltaram ao descobrir que a FACULDADE CÂNDIDO RONDON fora vendida com portas fechadas para a FACULDADE CUIABÁ (FAUC) o que causa dano ao princípio da dignidade da pessoa humana, princípio da boa fé, princípio do direito adquirido e outros. Pensamos, quando vemos a propaganda na televisão nós vemos o que? VENHA FAZER VESTIBULAR NA UNIRONDON.
Nenhum aluno tem a intenção ou vontade de sair de onde se encontram ‘hoje’ e muito menos terem em seus diplomas o brasão/selo da FAUC.
Os alunos também reclamam com veemência da falta de estrutura adequada para a aprendizagem no que tange cadeiras mais confortáveis, ar-condicionado, banheiros com devido material para higiene pessoal, bebedouros com água potável e gelada.
É constatável também que não só os alunos estão sendo prejudicados pelo Grupo Kroton, como também os professores que por sua vez não podem se manifestar por correrem o risco de serem demitidos da empresa.
Faço valer que há reclamações de reinvindicações de colegas de outros cursos que estão enfrentando os mesmos problemas, bem como as turmas de outras faculdades administradas pelo grupo KROTON.
Nessa quinta-feira dia 28 de janeiro estaremos em frente da faculdade UNIRONDON e UNIC, fazendo nossas reivindicações, estaremos mostrando que os alunos podem ter cara de bobo, mas nós conhecemos e iremos lutar pelos nossos direitos.
Aproveito para pedir celeridade ao MPF pois a mora causará dando irreparável ou de difícil reparação em todos estes problemas ora apontados acima, quero pedir o apoio da OAB Mato-Grossense, pois seremos futuros advogados, e os alunos não aprendem nada, pois não possuem acompanhamento como deve de tutores online como manda a portaria.
E reitero o agradecimento em nome de todos(as) colegas da UNIRONDON, àqueles que assumam nossa bandeira e se coloquem a lutar ao nosso lado.
Carlos Rente Júnior, Estudante de Direito
Vice-Presidente do CAD / UNIRONDON
																	
																															
														Cidadania
Um chamado à reflexão e ao diálogo: observações críticas ao Projeto de Lei 648/20 da deputada Janaina Riva
														
UM CHAMADO À REFLEXÃO E AO DIÁLOGO: OBSERVAÇÕES CRÍTICAS AO PROJETO DE LEI 648/20 
A Comunidade Acadêmica da Universidade do Estado de Mato Grosso, o Conselho Estadual de Promoção de Igualdade Racial/MT, a Comissão de Defesa da Igualdade Racial da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Mato Grosso, Associações de Professores Quilombolas e Indígenas, ativistas de todas as agremiações do Movimento Negro e a sociedade em geral, foram surpreendidos pela tramitação do Projeto de Lei 648/20, subscrito pela Deputada Estadual Janaína Riva.
Este Projeto de Lei parece ser uma resposta à pressão exercida por estudantes brancos, pertencentes às classes médias/altas e matriculados em escolas e cursinhos particulares no Estado, abrigados em um movimento que se intitula Bonifica Já!.
Em linhas gerais, o Projeto de Lei propõe: a) realização no segundo semestre de 2020 (2020/2) de um vestibular excepcional, em substituição ao tradicional; b) a base referenciada para o ingresso seriam as notas dos exames do Enem de 2017, 2018 e 2019; c) institui bônus regional de 20% para residentes no Estado; e, concomitantemente, d) inclui estudantes de escolas particulares; e) exclui todos os grupos sociorraciais e pessoas com deficiência contemplados pelas políticas de ação afirmativa vigentes na Universidade do Estado de Mato Grosso e em outras instituições públicas do Estado.
O Projeto de Lei 648/20, ao ser proposto à Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso, desconsidera a trajetória de luta em prol da autonomia universitária e das políticas de ação afirmativa em todo o Estado e no Brasil e, portanto, possui viés de inconstitucionalidade.
Por um lado, a Constituição Federal de 1988, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação e a Lei Complementar 049/98 asseguram e consolidam, em termos legais, o princípio constitucional da autonomia universitária; por outro, o Supremo Tribunal Federal, após a realização de Audiência Pública em 2012, decidiu, por unanimidade, que as políticas de ação afirmativa – incluídas as modalidades cotas e o bônus – são constitucionais.
A tramitação do Projeto de Lei 648/20 na Assembleia Legislativa ao considerar bonificação para estudantes de escolas particulares não leva em conta todo o histórico de luta da Comunidade Acadêmica da Unemat e das agremiações do Movimento Negro em Mato Grosso em torno dos princípios mencionados e em nada contribui para a fortalecimento da democracia em nosso Estado.
Pelo contrário, parece confrontá-la, posto que visa bonificar grupos sociais historicamente privilegiados em detrimento de outros sub-representados em Instituições de Ensino Superior em Mato Grosso.
Da maneira como foi elaborado e do modo como sua tramitação foi proposta, este Projeto de Lei se dissocia da realidade estadual e poderá se constituir, caso sua tramitação não seja paralisada, em proposição reveladora do quanto interesses específicos pretendem assegurar seus privilégios de cor/raça/etnia e de classe.
Da forma como está formulado, o Projeto de Lei principia ser uma resposta reacionária aos avanços acontecidos na educação superior pública nas últimas décadas; sobretudo, a democratização do ingresso e a implementação de políticas de permanência para estudantes egressos de escolas públicas, negros, indígenas e outros grupos colocados à margem da sociedade.
Os e as proponentes pretendem que a Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso corrobore com o privilégio da branquitude e da riqueza, o que não pode ser admitido em um Estado Democrático de Direito e que preza pela democracia, cuja tarefa é combater toda e qualquer forma de racismo e discriminação na luta por uma sociedade mais justa e menos desigual.
Propositadamente, esquecem que a bonificação, prevista no Projeto de Lei, age em viés contrário ao princípio da política de ação afirmativa, pois afirma direitos àqueles e àquelas que deles não precisam porque já os possuem em larga medida. Pretendem usurpar uma das modalidades da política de ação afirmativa e em uma manobra acintosa querem atribuir caráter excludente a instrumentos que reafirmam direitos de grupos secularmente excluídos das políticas públicas.
Isso posto, ratifica-se: o racismo estrutural presente na sociedade brasileira se expressa neste Projeto de Lei quando exclui da bonificação todos os grupos contemplados pelas políticas de ação afirmativa existentes há mais de uma década não somente na Unemat, mas em todo o Brasil, e, ao mesmo tempo, propõe que estudantes de escolas particulares o recebam.
O Projeto de Lei age como um desserviço aos esforços de democratização das instituições públicas e anuncia um golpe contra os movimentos progressistas; sobremaneira, aos que encampam as causas do antirracismo e do antirracialismo.
Como uma das modalidades da política de ação afirmativa, o bônus, caso se efetive, deve ser destinado àqueles grupos sociais que, historicamente, têm trajetórias escolares e acadêmicas acidentadas. Se implementada a bonificação, esta deve ser direcionada para estudantes das escolas públicas, indígenas, camponeses, negros, quilombolas, pessoas LGBTQIA+, pessoas com deficiência, dentre outros grupos sub-representados nas Instituições Públicas de Ensino Superior em Mato Grosso.
Criar regras que beneficiem grupos que já gozam dos privilégios de classe e da branquitude é uma forma de instaurar no Estado uma sociedade estamental e hierarquizada na consolidação da desigualdade racial e econômica. Nesse momento, lembramos das palavras do grande intelectual negro brasileiro, o geógrafo Milton Santos que afirmava: a classe média brasileira não deseja direitos, mas privilégios e, para isso, utiliza-se do Estado de modo a garantir a permanência da estratificação e da desigualdade racial e social.
Este convite à reflexão e ao diálogo, com observações críticas ao Projeto de Lei 648/20, é um caminho para sensibilizar o Parlamento de Mato Grosso e todas as pessoas, grupos e instituições comprometidas com a luta antirracista e antirracialistas sobre o quão grave é esta proposta.
Ao propor este diálogo e esta reflexão, busca-se construir possibilidades e alternativas que atendam à maioria da população mato-grossense e para que ninguém se afaste, um milímetro que seja, da intransigente defesa cidadã dos princípios das políticas de ação afirmativa e da autonomia universitária.
Parem de nos desrespeitar. Nossos passos vêm de longe!
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