O melhor detergente é a luz do sol
Bolsonaro planejou e atuou em tentativa de golpe; Marinha de Garnier tinha tanques para o golpe. LEIA INQUERITO DA PF NA INTEGRA
O melhor detergente é a luz do sol
A Polícia Federal (PF) concluiu que o ex-presidente Jair Bolsonaro atuou de “forma direta e efetiva” nos atos executórios para tentar um golpe de Estado em 2022. O ex-presidente inelegível liderou a trama golpista como chefe da organização criminosa. Já a queda do Estado Democrático de Direito não aconteceu por “circunstância alheias à sua vontade”, disse a Polícia Federal. Os fatos vieram à tona no relatório final da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado.
A PF indiciou Bolsonaro e mais 36 acusados por golpe de Estado e abolição violenta do estado democrático de Direito, além de golpe de Estado e organização criminosa. O sigilo foi derrubado nesta terça-feira (26) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator do chamado inquérito do golpe.
O general da reserva Walter Braga Netto teve participação concreta nos atos relacionados à tentativa de golpe de Estado e da abolição do Estado Democrático de Direito, inclusive na tentativa de obstrução da investigação. A conclusão é da Polícia Federal (PF) no relatório que indicia o militar e mais 36 acusados.
Em mensagens encontradas pela Polícia Federal (PF) no celular de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, um interlocutor identificado apenas pelo nome de “Riva” confirmou para o Tenente-Coronel Sérgio Cavaliere que a Marinha, liderada à época pelo Almirante Almir Garnier, chegou a preparar tanques para a tentativa de golpe de Estado planejado por Bolsonaro e seus aliados. “O Almirante Garnier é PATRIOTA. Tinham tanques no Arsenal prontos”, enviou o militar.
O relatório foi encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR), que tem a responsabilidade de examinar as provas e decidir se apresentará denúncias contra os envolvidos na investigação. Bolsonaro admitiu ter conversado com aliados e integrantes das Forças Armadas sobre a possibilidade de decretar estado de sítio após sua derrota para Lula em 2022.
Bolsonaro também questionou a credibilidade do sistema eleitoral, ameaçou não passar o cargo para Lula após ser derrotado, criticou severamente instituições como o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e incentivou manifestações populares de cunho golpista.
FONTE TVT NEWS
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PATIFARIA HISTÓRICA: Assembleia de MT apaga memória do deputado Luís Soares e inventa mandatos para Sueli Capitula
Assembleia de MT apaga memória de Luís Soares e inventa mandatos para Sueli Capitula
POR ENOCK CAVALCANTI
A semana do feriado da Consciência Negra começou em Mato Grosso, neste ano de 2024, com uma história em que se misturam amor e estranha e estúpida falsidade na Assembleia Legislativa de Mato Grosso. Faço estas anotações porque ninguém as fará, já que nosso típico jornalista cuiabano e seus patrões vivem dependurados no saco dos dirigentes da Assembleia, dependendo das migalhas que caem daqueles cofres, mas o fato aconteceu e merece registro.
Primeiro, o desperdício do dinheiro público. Com tanta gente contratada e regiamente paga em seu quadro de pessoal, gente suficiente, imagino eu, para organizar qualquer evento desse tipo, a ALMT desperdiçou, conforme informou o incansável Alexandre Aprá, nada menos que a bufunfa de R$ 393.200,00 para realizar o Seminário “35 anos da Constituição do Estado de Mato Grosso”, por meio de um contrato com inexigibilidade de licitação, assinado com a Academia Brasileira de Formação e Pesquisa (ABFP) Ltda, com sede no Setor Bancário Norte, Asa Norte, em Brasília (DF). Vejam que até Alexandre de Moraes, Flavio Dino e Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), devem ter ganho um dinheirinho pra deslocar seus ricos traseiros lá de Brasília, para posar ao lado dos deputados mato-grossenses, nesta boca rica.
Depois, as mentiras. Conforme destacou a veneranda jornalista Valéria Del Cueto, em suas redes sociais, depois de acompanhar a festiva e custosa solenidade, em um documentário apresentado na cerimônia, em uma fala do conselheiro do TCE e também deputado constituinte Antônio Joaquim, apareceu o nome do ex-deputado Hermes de Abreu como mais um constituinte que teria atuado na relatoria da Constituição de Mato Grosso, quando na verdade, o relator foi um só, o então deputado Luís Soares. Para os mais chegados, Luisinho era, simplesmente, o Cabeção.
Informação incorreta, informação mentirosa, inserida no documentário sabe-se lá por que cargas d`água. Segundo a Valéria escreveu, e muitos se lembram, “Basta olhar na própria Constituição original, onde aparecem os nomes e cargos ocupados pelos constituintes e os funcionários que trabalharam em sua elaboração”. Valéria protestou e ficou no ar o protesto: por que Antônio Joaquim cometeu este deslize? Por que aquele ou aquela que produziu o tal documentário para a ALMT escorregou na maionese e manteve a incorreção histórica?!
Falei de mentira e falei também que havia amor, nesta história. O amor, é claro, fica por conta da atuação da jornalista e cineasta e fotógrafa e carnavalesca e blogueira Valéria del Cueto, hoje uma balzaqueana, vivendo entre Xerém (Duque de Caxias) e Copacabana, no Rio de Janeiro. Na sua juventude, Valéria Del Cueto pontificou, em Cuiabá, MT, com sua morenice, como uma das musas da cuiabania, uma das mulheres que apaixonou Luís Soares e, por isso, viveu com ele uma daquelas bem românticas e tórridas histórias de amor. Amor que, pelo visto se mantém até hoje, e faz com que Valéria dê verdadeiras cambalhotas no ar e nas redes sociais, para defender a memória do ex-deputado e seu parceiro, que faleceu em 16 de junho de 2022, aos 64 anos, de causas naturais, quando já não tinha tanta importância no tabuleiro político.
Depois de me falar da falsificação histórica promovida pelo conselheiro Antônio Joaquim e respeitada pela atual Mesa da Assembleia, no custoso evento promovido na segunda-feira, com a presença de três ministros aparentemente muito bem pagos para se deslocarem de Brasília para Cuiabá, Valéria del Cueto voltou às redes com uma denúncia mais impressionante, chocante, revoltante. A informação de que o comando da ALMT, que nestes últimos anos esteve colocado nas mãos dos deputados Eduardo Botelho e Max Russi, vem promovendo um atentado estranho mas sistemático contra a memória do deputado Luís Soares.
Com a sua habitual paixão e ferocidade, Valéria del Cueto escreveu então, na segunda-feira, dia 18: “DESAFIO: Procurem nesse link, onde aparecem os nomes dos parlamentares da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso, no site da Casa de Leis, o nome de Luiz Soares nas 10ª, 11ª, e 13ª legislaturas em que ele foi ELEITO PELO POVO de Mato Grosso para representá-lo. Seu nome foi APAGADO. No lugar aparece Sueli Capitula (sem partido), como parlamentar! Detalhe: Sueli nunca foi deputada estadual. Alguém PRECISA recolocar o nome e a história de Luizinho nos registros da Assembleia em que ele tanto e tão bem representou. Ele foi deputado estadual por três legislaturas, secretário da mesa diretora e relator da Constituição Estadual de Mato Grosso. Isso é crime!”
Republiquei nas minhas redes sociais o link que Valéria divulgou: https://www.al.mt.gov.br/parlamento/membros-parlamentares?fbclid=IwY2xjawGp6pRleHRuA2FlbQIxMQABHdgOzGzi0M2rISuaQ36GGNmaApuDL_ROaEjq-hMArrW64_bYz_w77TYbmQ_aem_a1BkK9aI8Zntd07LgMctAw
E orientado pela Valéria entrei lá no link relativo à 11ª Legislatura, constatei a falsificação histórica, cínica, um fato incrível, fantástico, extraordinário cometido neste Mato Grosso diante do olhar de todos, e escrevi nas minhas redes: “MENTIRA CABELUDA DA ALMT COMANDADA POR BOTELHO E MAX RUSSI – Na listagem dos parlamentares que pretensamente compuseram a 11ª Legislatura da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso, entre os anos de 1987-1991, consta o nome da senhora Sueli Capitula que, ao que se sabe, jamais fora eleita deputada estadual em época alguma em nosso Estado. Mas o pomposo saite da custosa ALMT – e bota custosa nisso – divulga essa mentira cabeluda, enquanto omite de forma criminosa, de acordo com a jornalista Valéria del Cueto, que o senhor Luís Soares, tucano na maior parte do tempo, atuou nesse período. Por que esse ódio todo à memória do relator da Constituinte mato-grossense?! – é o que Valéria diz que está querendo entender. Quanto à senhora Capitula pode ser encontrada na Procuradoria Geral do Estado de Mato Grosso e, certamente, pode melhor do que ninguém dar novos sobre detalhes sobre os descaminhos dessa história. Quanto aos senhores Eduardo Botelho e Max Russi, que orientem rápida correção dessas mentiras cabeludas e convoquem coletiva para se desculparem perante os familiares e amigos do falecido senhor Luís Soares e de seus correligionários que possivelmente ainda restem.”
A minha postagem foi lida pela procuradora do Estado Sueli Capitula, apresentadora da TV Centro América nos seus tempos de mocinha, outra das mulheres que Luís Soares apaixonou nesta Cuiabá e que também manteve relação amorosa com o ex-deputado. A senhora Capitula, nos comentários de minha postagem, fez questão de escrever em maiúsculas, com emoji e tudo: “ENOCK QUERIDO, SAUDADES – ACABEI DE CONFIRMAR QUE NO SITE DA ALMT CONSTA NA ORDEM ALFABETICA, AO INVÉS DO NOME DE LUIZ SOARES, O MEU NOME EM TRÊS LEGISLATURAS E NUNCA FUI DEPUTADA, NA REALIDADE SEMPRE FUI CABO ELEITORAL DE LUIZ SOARES, O DEPUTADO QUE ESTÁ SENDO INJUSTIÇADO COM A OMISSÃO DO NOME DELE COMO UM DOS MAIS ATUANTES DEPUTADOS DA HISTÓRIA DE MATO GROSSO, ALÉM DE QUE FOI RELATOR DA CONSTITUINTE DE MT E SENADOR – PERGUNTO: DEVO REQUERER AO PRESIDENTE DA ALMT APOSENTADORIA VITALÍCIA POR TRÊS MANDATOS? ”
Sim, diante da confirmada canalhice histórica dos atuais gestores da ALMT, a senhora Sueli Capitula – que nunca foi deputada e segue atuando na Procuradoria do Estado de Mato Grosso, ainda achou jeito de ironizar. Só dói quando a gente rir.
Acredito que um descalabro deste tamanho revela o baixíssimo nível de gestão a que está entregue, atualmente, o Legislativo estadual de Mato Grosso. Tentam retirar da história de Mato Grosso o nome do deputado Luís Soares, enfiando em seu lugar o de uma de suas ex-esposas que, como ela mesmo declara, ironizando, jamais foi deputada estadual e, sim, cabo eleitoral, correligionária de Luís Soares nos seus tempos de atuação parlamentar.
Como bem identificou a jornalista Valéria Del Cueto, apegada e apaixonada à memória de Luís Soares, estamos diante de um CRIME. É preciso que se apurem as responsabilidades, se corrija a mentira histórica, essa patifaria hedionda, e que se punam devidamente os responsáveis. Doa a quem doer. Mais de qualquer um, o conselheiro Antônio Joaquim, que deflagrou a crise, precisa prestar seus esclarecimentos.
ENOCK CAVALCANTI, 71, é jornalista e editor do blogue PAGINA DO ENOCK, editado a partir de Cuiabá, Mato Grosso, desde o ano de 2009
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