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Alguma coisa está fora da ordem

CONCUNHADO É PARENTE? – Procurador Geral de Justiça, José Antônio Borges, teria favorecido concunhados com cargos de confiança no MP-MT

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Alguma coisa está fora da ordem

Borges


Meus amigos, meus inimigos: a se confirmar denúncia que está sendo divulgada pelo jornalista Claudio Natal, na edição digital do Jornal Página do Estado, e que teria sido enviada por ele ao CNMP  Conselho Nacional do Ministério Público, a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de proibir a prática do nepotismo nos três Poderes da União e demais repartições públicas do Brasil, não estaria sendo suficiente para impedir possível ardilosa trama, desenvolvida aqui bem próximo de nós, dentro do Ministério Público do Estado de Mato Grosso, para possibilitar que autoridades que são remuneradas e manipulam orçamentos sustentados pelo erário continuem a contratar seus apaniguados sem concurso no serviço público.
Note-se que, como chefe do Ministério Público, o promotor Borges passou a incorporar as responsabilidades de grande fiscal do cumprimento das Leis e do respeito à moralidade pública em nosso Estado. Mas, de acordo a reportagem, que até agora não provocou qualquer reação do Ministério Público, o atual Procurador Geral de Justiça, promotor José Antônio Borges, após ganhar a disputa interna pelo comando do MP-MT, mal assumiu o cargo, teria  lotado e garantido cargos de confiança a dois concunhados dentro das estruturas daquele organismo de controle. Os beneficiados seriam os srs. Tarsis Satori Eko, contratado por Borges como Gerente de Fiscalização de Obras, símbolo/ nível MP-CNE-IV, e lotado no Departamento de Engenharia-DENGE do MP-MT. A reclamação encaminhada ao CNMP também informa que o senhor  PGJ também manteve em cargo de confiança dentro do Gaeco – Grupo Especial de Atuação Contra o Crime Organizado, o escrivão Márcio Sartori Eko. Márcio é casado com a irmã da esposa do Procurador Geral de Justiça e Tarsis é irmão do Márcio, ou seja, os dois são concunhados de José Antônio Borges.
O escrivão Márcio, servidor da Secretária de Segurança Pública, de acordo com Cláudio Natal, se encontra à disposição (cedido) ao Ministério Público de Mato Grosso, através do Termo de Cooperação no 001/2015,  atuando desde aquele ano como Escrivão no Gaeco – Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado. Sua ida para o MP-MT teria sido defendida por Borges junto ao então PGJ Paulo Prado quando Borges ainda atuava como promotor da Infância e da Adolescência, em Cuiabá.
Tarsis Satori Eko, cuja contratação foi uma das primeiras decisões do PGJ Borges, ao assumir suas funções neste ano de 2019, recebe, ainda segundo a denúncia, como  gerente de fiscalização uma remuneração no valor aproximado de R$ 10.000,00(dez mil reais) e mais R$ 1.500,00 de auxilio alimentação que, somados com as diárias, fazem com que sua remuneração ultrapasse o montante dos R$ 15.000,00(quinze mil reais) mensais.
Vejam que, confirmadas as informações encaminhadas ao CNMP, o PGJ José Antônio Borges teria encontrado uma forma alternativa para driblar a legislação que veda o nepotismo nas repartições públicas do Brasil, já que pela legislação brasileira, concunhados não são consideradas parentes diretos. Mas a contratação dos concunhados de José Antônio Borges no MP-MT provavelmente vai ao encontro das aspirações das famílias envolvidas, uma vez que fortalece a economia familiar, em meio à atual crise econômica que se abate sobre o Brasil e sobre os brasileiros, notadamente os que não tem o privilégio de contar com concunhados no comando do Ministério Público Estadual de Mato Grosso.
O texto da súmula vinculante 13 do Supremo Tribunal Federeal proíbe a contratação de “cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até 3º grau, inclusive da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou ainda de função gratificada da administração pública direta”.
Situação assemelhada ao que acontece agora no MP-MT foi registrada no Congresso Nacional no ano de 2008, quando o deputado Vilson Covatti (PP-RS) demitiu dois cunhados que trabalhavam em seu gabinete e contratou suas mulheres. Com a troca, o deputado procurava evitar que as famílias dos seus cunhados ficassem sem a renda salarial da Câmara. Denúncias na imprensa e manifestação crítica do ministro Marco Aurélio, do STF, todavia, acabaram levando o deputado Covatti a demitir também as duas mulheres, como pode se conferir em reportagem da Folha de S. Paulo da época: https://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u453524.shtml
Aguardemos pela manifestação do CNMP. No destaque, você confere a denúncia que aponta o pretenso nepotismo de José Antônio Borges à frente do MP-MT. A reportagem de Cláudio Natal, no Página do Estado não recebeu até agora qualquer contestação por parte da Procuradoria Geral de Justiça. LEIA AQUI A MATÉRIA DO PAGINA DO ESTADO, com vários documentos acostados que retratariam o favorecimento de José Antonio Borges a seus concunchados: https://www.paginadoestado.com.br/2019/05/08/procurador-geral-lota-e-da-cargos-no-ministerio-publico-para-seus-concunhados/

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Jose Antonio Borges Da PGJ-MT é Denunciado Junto Ao CNMP Por Pretenso Nepotismo by Enock Cavalcanti on Scribd

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LÚDIO CABRAL: 5 mil vidas perdidas para a covid em Mato Grosso

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CINCO MIL VIDAS

Lúdio Cabral*

Cinco mil vidas perdidas. Esse é o triste número que Mato Grosso alcança hoje, dia 26 de janeiro de 2021, em decorrência da pandemia da covid-19.

Cada um de nós, mato-grossenses, convivemos com a dor pela perda de alguém para essa doença. Todos nós perdemos pessoas conhecidas, amigos ou alguém da nossa família.

A pandemia em Mato Grosso foi mais dolorosa que na maioria dos estados brasileiros e o fato de termos uma população pequena dificulta enxergarmos com clareza a gravidade do que enfrentamos até aqui.

A taxa de mortalidade por covid-19 na população mato-grossense, de 141,6 mortes por 100 mil habitantes, é a 4ª maior entre os estados brasileiros, inferior apenas aos estados do Amazonas (171,9), Rio de Janeiro (166,2) e ao Distrito Federal (147,0). O número de mortes em Mato Grosso foi, proporcionalmente, quase 40% superior ao número de mortes em todo o Brasil. Significa dizer que se o Brasil apresentasse a taxa de mortalidade observada em Mato Grosso, alcançaríamos hoje a marca de 300.000 vidas perdidas para a covid-19 no país.

Lembram do discurso que ouvimos muito no início da pandemia? De que Mato Grosso tinha uma população pequena, uma densidade populacional baixa, era abençoado pelo clima quente e que, por isso, teríamos poucos casos de covid-19 entre nós?

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Lembram do posicionamento oficial do governador de Mato Grosso no início da pandemia, de que o nosso estado não teria mais do que 4.000 pessoas infectadas pelo novo coronavírus?

Infelizmente, a realidade desmentiu o negacionismo oficial e oficioso em nosso estado. Não sem muita dor. O sistema estadual de saúde não foi preparado de forma adequada. Os governos negligenciaram a necessidade de isolamento social rigoroso em momentos cruciais e acabaram transmitindo uma mensagem irresponsável à população. O resultado disso tudo foram vidas perdidas.

Ao mesmo tempo, o Mato Grosso do sistema de saúde mal preparado para enfrentar a pandemia foi o estado campeão nacional em crescimento econômico no ano de 2020. Isso às custas de um modelo de desenvolvimento que concentra renda e riqueza, de um sistema tributário injusto que contribui ainda mais com essa concentração, e de um formato de gestão que nega recursos às políticas públicas, em especial ao SUS estadual, já que estamos falando em pandemia.

Dolorosa ironia do destino, um dos municípios símbolo desse modelo de desenvolvimento, Sinop, experimentou mortalidade de até 100% entre os pacientes internados em leitos públicos de UTI para adultos em seu hospital regional.

Nada acontece por acaso. Os números da covid-19 em Mato Grosso não são produto do acaso ou de mera fatalidade. Os números da covid-19 em Mato Grosso são produto de decisões governamentais, de escolhas políticas determinadas por interesses econômicos, não apenas agora na pandemia, mas por anos antes dela. E devemos ter consciência disso, do contrário, a história pode se repetir novamente como tragédia.

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Temos que ter consciência dessas injustiças estruturais para que possamos lutar e acabar com elas. A dor que sofremos pelas pessoas que perdemos para a pandemia tem que nos mobilizar para essa luta.

Lutar por um modelo de desenvolvimento econômico que produza e distribua riqueza e renda com justiça, que coloque pão na mesa de todo o nosso povo e que proteja a nossa biodiversidade. Lutar por um sistema tributário que não sacrifique os pequenos para manter os privilégios dos muito ricos. Lutar por políticas e serviços públicos de qualidade para todos os mato-grossenses. Lutar pelo SUS, por um sistema público de saúde fortalecido e capaz de cuidar bem de toda a nossa população.

São essas algumas das lições que precisamos aprender e apreender depois de tantos meses de sofrimento e dor, até porque a tempestade ainda vai levar tempo para passar.

*Lúdio Cabral é médico sanitarista e deputado estadual pelo Partido dos Trabalhadores em Mato Grosso.

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