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Gabriel: silêncio de Lúdio sobre caos na Saúde é comprometedor

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Gabriel Novis Neves, decano da Medicina, em Cuiabá, denuncia as politicas de Saúde que vitimam, atualmente, a população de Cuiabá: "O tratamento que os nossos despreparados governantes dispensam aos doentes mentais, só é comparável àquele dos campos de concentrações nazistas durante a Segunda Guerra Mundial."


Acorda Cuiabá!
por GABRIEL NOVIS NEVES
Há semanas que a nossa imprensa vem denunciando o estado de calamidade da nossa saúde pública.
Hospitais sem poder receber os pacientes do SUS por absoluta falta de condições materiais, consequência da ausência de repasses financeiros do governo estadual.
Os leitos de UTIs estão fechados para receber novos pacientes pobres, até o pagamento de todas as parcelas em débito.
Os postos de saúde, policlínicas e o Pronto Socorro, atendem em condições mais precárias que em muitos países em guerra, onde as pessoas estão morrendo por ideologias religiosas ou em disputa desleal com as grandes potencias mundiais na luta pela tomada dos seus recursos naturais.
O tratamento que os nossos despreparados governantes dispensam aos doentes mentais, só é comparável àquele dos campos de concentrações nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.
As cenas divulgadas pela televisão sobre o campo de concentração em que foi transformado o Hospital Adauto Botelho, é de envergonhar qualquer sociedade que se diz humana.
O desespero de mais de cinquenta mil dependentes do famigerado plano de saúde do Estado, o MTSaúde, enche de indignação o mais controlado dos cidadãos.
Na opinião do Conselho Regional de Medicina, o governo alinhado ao governo central, transformou os nossos estabelecimentos de saúde em verdadeiros depósitos de doentes.
O Sindicato dos Hospitais Privados alerta para um colapso geral no atendimento à saúde pela pressão de mandados judiciais para ocupação dos leitos particulares, com o já institucionalizado calote oficial.
O desespero tomou conta dos profissionais da saúde por conviverem no limite da vida, por culpa do ineficiente poder público.
Mesmo conhecendo a extensão desse drama da nossa gente mais pobre, o governo se faz de surdo a esse clamor. Por muito, encaminha funcionários inferiores sem poder de decisão para infindáveis reuniões histéricas.
O povo desta sofrida cidade gostaria de ouvir providências do governador sobre esse terrorismo desumano implantado na cidade sede da Copa.
Reuniões todos os dias com os dirigentes de hospitais só servem para agravar o quadro de uma solução para resolver essa emergência que mancha a nossa reputação de cidade civilizada.
Chama a atenção o silêncio dos porta-vozes que falam a mando do governador. Parece até que a Secretaria de Comunicação do governo não funciona. Os encargos das tarefas pelas quais existe, fica para após as eleições municipais. Que vergonha!
É triste assistir no horário gratuito eleitoral o desfile dos responsáveis por essa situação de humilhação.
O ministro da Saúde, insensível diante do nosso sofrimento, afirma que todos esses problemas que afetam a sua pasta, só serão resolvidos com a eleição do candidato do PT, que é contra a privatização da saúde, tão defendida pelo ministro do PMDB e pelo governador do Estado, seu maior cabo eleitoral.
Até o ministro da Pesca já apareceu na TV prometendo ajudar Cuiabá, desde que o voto para prefeito for alinhado.
Não quis se identificar como um dos donos de uma Igreja que vive de vender milagres.
Abra o olho, Lúdio. Essa crise na saúde de Cuiabá está acabando com o seu estoque eleitoral. Como médico você precisa se posicionar. Sei que irá condenar o que os seus apoiadores estão fazendo com a sua gente, especialmente aos seus clientes do SUS.
O silêncio politicamente correto, não faz bem à coleta de votos. Abrir o jogo e condenar o seu principal cabo eleitoral, só com sessões prévias de psicanálise para enfrentar, especialmente, o seu coordenador político.
E a população de Cuiabá, de tantas histórias de lutas, não percebeu ainda que seu dever é sair às ruas em defesa dos mais humildes?
Sejamos generosos com os que sofrem. Façamos um ato público de repúdio a esse descalabro em que está a nossa saúde pública.
Acorda Cuiabá! Seus filhos estão sofrendo e esperam esta solidariedade.
Gabriel Novis Neves, reitor fundador da UFMT, é médico em Cuiabá

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Magistrados faturam alto no TJ-MT e Ong fala em “corrupção institucionalizada”

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Luis Ferreira, Carlos Alberto e Maria Helena, da cúpula do TJ MT

A reportagem que o jornal O Estado de S.Paulo publica hoje, 20 de janeiro de 2021, sobre o Tribunal de Justiça de Mato Grosso, é o famoso tapa na cara dos cidadãos, eleitores e contribuintes deste Estado.

A revelação do jornalão paulista é que temos um time de 30 desembargadores (em breve serão eleitos mais 9) que vivem à tripa forra, curtindo ganhos astronômicos, às custas dos cofres públicos, sustentados por uma população que, em sua maioria é pobre, semialfabetizada, submetida a uma pobreza constrangedora.

A denúncia vem de São Paulo porque aqui os chamados órgãos de controle parece que fazem ouvidos de mercador para as possíveis patifarias praticadas pelos magistrados, em seu ambiente de trabalho.

Reproduzi a reportagem do Estadão em meu Facebook, e o jornalista Enzo Corazolla veio lá de Alto Paraíso com seu comentário ácido: “O pior é a venda de sentenças, prática habitual. Se gritar pega ladrão…”

Benza Deus. Além dos ganhos nababescos, pelas tabelas oficiais, ainda teríamos um inacreditável ganho por fora que, apesar de muito aventado, não se consegue, com o rolar dos anos, se reprimir.

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Espanto. Perplexidade. Raiva. Parece que o patrimonialismo do Estado brasileiro é inescapável, está sempre desabando sobre e nós, e nos cobrando sangue, suor e lágrimas.

Para reforçar os temores do veterano jornalista Corazolla, representantes da Ong Transparência Brasil, ouvidos pelos repórteres do Estadão, cogitam que uma “corrupção institucionalizada” grassaria entre os espertalhões e espertalhonas togadas que atuariam no nosso Tribunal de Justiça.

Como botar em pratos limpos tudo isso, se a Justiça é sempre tão temina, sempre tão inalcançavel?! Os controles de controle, vejam só, não controlam porra nenhuma e, aqui mesmo em Mato Grosso, e nos mesmos espaços de midia nacional, as doutas autoridades do Ministério Público de Mato Grosso já foram deduradas e denunciadas por também engordarem seus ganhos e suas propriedades, com toda sorte de privilégios. Em plena pandemia, que segue matando com destaque os pobres e os filhos dos pobres, promotores e procuradores se divertem com verbas extras para usufluirem da I-phones e seguros de saúde às custas do erário, sempre dilapidado de forma cruel.

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Reproduzo, aqui, a matéria do Estadão. E divulgo uma lista com os pretensos ganhos dos desembargadores, em dezembros, que circula pelas redes sociais. E aguardemos novos desdobramentos.

 
LEIA A REPORTAGEM DO JORNAL O ESTADO DE S PAULO: Desembargadores de MT têm extra de até R$ 274 mil – Política – Estadão (estadao.com.br)
 
 

Lista Com Pretenso Faturamento de Desembargadores Do TJ MT Em Dezembro de 2020 by Enock Cavalcanti on Scribd

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