Cidadania
SAÍTO: Se ao infinito não se chega por números, a poesia alcança o impossível
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Saíto
Versos e verdades
POR GONÇALO ANTUNES DE BARROS NETO
Escreve Fernando Pessoa: ‘Da mais alta janela da minha casa/Com um lenço branco digo adeus/Aos meus versos que partem para a humanidade’. Sim, escreve-se algo que sempre parte. Como vai (?), como chega (?), se bem… Ou com tristeza. Para encantar ou edificar, atingir ou tergiversar, não importa, é só desbravo.
E continua Pessoa: ‘E não estou alegre nem triste/Esse é o destino dos versos/Escrevi-os e devo mostrá-los a todos’. Cria-se para a vida, nasce para o todo e do tudo ei-lo para caminhar. Não voltará para Pasárgada, ainda que Bandeira.
O verso importa; Alberto Caeiro o afirma, criatura na arte. Quem se atreve desmentir? Partiu, sim; e ganhou sustância, na visão romântica, ao tempo suplanta. Escrever para si? ‘Es Denkt In Mir’.
Com Baudelaire sabemos que a grande loucura, da moral, usurpa em todas as discussões literárias o lugar da pura literatura. ‘O Belo é mais nobre que o Verdadeiro’? Se o acaso for por afirmativa, então a arte é maior que a ciência. Se ao infinito não se chega por números, a poesia alcança o impossível.
Para onde anda o lugar comum? Pelos versos se sabe do incomum. São como os seres extraordinários, Vips sem ‘carteirada’. Caminham e se fazem notar, do ordinário se tira a ovação.
Quem se lembra da bailarina? São versos que se apagam; mas partiram e teve a quem chorá-los, com um lenço branco, dizendo adeus.
Para se entender o mundo, aliás, o novo mundo, somente munido de um lenço; lenço de cor, vermelho como as lágrimas dos versos da vida, da vida levada por Zumbi, Gandhi, Luther King, Mandela, Tiradentes, Alan Berg, Madre Tereza, Hanna Arendt, Maria da Penha, e tantos outros que não se contentaram em somente ouvir o apito do guarda da esquina.
A cada verso que parte, ainda que nos ‘bailes da vida ou num bar em troca de pão’ (Milton Nascimento), choramos. E perguntamos: Onde estará ruminando? Quão semente lançada ao vento, o verso é de preza fácil para aqueles que sabem amar. A terra é arada.
As conquistas que temos nos arvoram em caminhada. De verso em riste, força maior que as armadilhas.
A cada baforada de meu cachimbo, vejo em escrita o que sinto em pensamento, devemos dialogar. E dialogando em sentimento, livres somos para marchar.
A liberdade não tem passagem e dela não se cura, inata o necessário, se a preço alvissareiro, as veias na luta irão sangrar. De poesia se cuida, as armas a derrotar. Fujam os efêmeros, do tempo, mais que em seu tempo, a avançar.
É por aí…
 
 
 
GONÇALO ANTUNES DE BARROS NETO (Saíto) é autor da página Bedelho Filosófico do Facebook e Instagram
email: [email protected]
																	
																															
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LUIZ CLÁUDIO: Devemos ouvir a população sobre VLT ou BRT
														
Luis
A troca do VLT pelo BRT
* Luiz Claudio
Em seu primeiro discurso, após receber o resultado da última eleição, o prefeito Emanuel Pinheiro deixou claro que a gestão do Município sempre estará disponível para debater todas as ações que melhorem a vida da população cuiabana. Acontece que, para que um debate realmente seja uma verdade, esse processo necessariamente deve cumprir etapas como argumentar, ouvir, analisar e, por fim, tomar uma decisão em conjunto.
Essas etapas, essenciais principalmente em assuntos que envolvem mais de 600 mil pessoas, até o presente momento, continuam sendo completamente negligenciadas pelo Governo do Estado de Mato Grosso. O recente caso da troca do Veículo Leve sobre Trilho (VLT) pelo Bus Rapid Transit (BRT) é um grande exemplo dessa dificuldade que a Prefeitura de Cuiabá tem encontrado quando se depara com demandas em que o Executivo estadual está envolvido.
Agora, depois de tomada uma decisão individualizada, se lembraram que existem as Prefeituras Municipais. Com convites para reuniões, as quais o Município não terá nenhuma voz, tentam criar um cenário para validar um discurso de decisão democrática que nunca existiu. Por meio da imprensa, acompanhamos declarações onde se é cobrada uma mudança de postura da Prefeitura de Cuiabá. Mas, qual é a postura que desejam da Capital? A de subserviência? Essa não terão!
Defendemos sim um diálogo. No entanto, queremos que isso seja genuíno. Um diálogo em que as decisões que envolvam Cuiabá sejam tomadas em conjunto e não por meio da imposição. De que adianta convidar para um debate em que já existe uma decisão tomada? Isso não passa de um mero procedimento fantasioso, no qual a opinião do Município não possui qualquer valor.
Nem mesmo a própria população, que é quem utiliza de fato o transporte público, teve a oportunidade de ser ouvida. Isso não é democracia e muito menos demonstração de respeito com aqueles que depositaram nas urnas a confiança em uma gestão. Por conta dessa dificuldade de diálogo foi que o prefeito Emanuel Pinheiro criou Comitê de Análise Técnica para Definição do Modal de Transporte Público da Região Metropolitana do Vale do Rio Cuiabá.
Queremos, de forma transparente, conhecer o projeto do BRT. Saber de maneira detalhada o custo da passagem, o valor do subsídio, tipo de combustível, e o destino da estrutura existente como os vagões do VLT e os trilhos já instalados em alguns pontos de Cuiabá e Várzea Grande.
Confiamos nesse grupo e temos a certeza de que ele dará um verdadeiro diagnóstico para sociedade. Mas, isso será feito com diálogo. Como deve ser! E é por isso que o próprio Governo do Estado também está convidado para participar das discussões, antes de qualquer parecer, antes de qualquer tomada de decisão. Como deve ser!
Assim, em respeito ao Estado Democrático de Direito, devemos ouvir a população que é quem realmente vai utilizar o modal a ser escolhido, evitando decisões autoritárias de um governo que pouco ou quase nada ouve a voz rouca das ruas.
* Luis Claudio é secretário Municipal de Governo em Cuiabá, MT
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