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"A Privataria Tucana": livro-reportagem de Amaury Ribeiro Jr continua repercutindo. Delegado e deputado Protógenes deve comandar CPI da Câmara que investigará denuncias do livro.

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CPI da Privataria, resposta a um clamor nacional

O ano não termina bem para o tucanato e a mídia ventríloqua que é seu oráculo. Termina com o sinal vermelho aceso com as 206 assinaturas obtidas pelo deputado comunista Protógenes Queiróz no requerimento pela abertura da CPI para investigar a privataria ocorrida no governo do presidente tucano Fernando Henrique Cardoso, cujas irregularidades estão fartamente documentadas no sucesso editorial ignorado pela mídia, o livro do repórter Amaury Ribeiro Jr., A Privataria Tucana.

Camilo Castelo Branco, o grande escritor português do século 19, dizia que o silêncio da imprensa sobre certos assuntos equivale a uma confissão. Nestas duas últimas semanas, pode-se dizer que o silêncio da mídia e a fúria desqualificadora dos cardeais tucanos correspondem a um recibo passado sobre um assunto profundamente incômodo e inoportuno para o conservadorismo liderado por Fernando Henrique Cardoso e José Serra.

O livro expôs as entranhas do entreguismo e da relação, esta sim carnal, entre aqueles que mandaram no país até 2002 e o grande capital brasileiro e estrangeiro, que infelicitou a nação. Com base em documentos oficiais, e não em denúncias superficiais da imprensa, Amaury Jr. descreve fatos e assaltos ao tesouro público que eram conhecidos da nação, embora não suficientemente documentados. Dilapidação e apropriação de patrimônio público numa escala jamais vista em toda a história da república, envolvendo valores na casa dos bilhões de reais.

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As poucas notícias saídas nos grandes jornalões – na televisão, vistas somente na TV Record – mal disfarçavam a torcida para a CPI não dar certo. Primeiro, na esperança do deputado comunista não conseguir as assinaturas necessárias para o requerimento da CPI (são exigidas 171 assinaturas). Depois, pela não instalação da CPI. E, para isso, alega-se de tudo, inclusive que o governo ou seu partido, o PT, não teriam interesse nessa investigação. Seja porque a CPI do Banestado, principal fonte dos documentos do livro de Amaury Jr., não concluiu seus trabalhos; ou porque – como alegam estes interlocutores do tucanato – o relato campeão de vendas neste final de ano também indica divisões internas no próprio PT.

Uma CPI para apurar o himalaia de “malfeitos” tucanos terá repercussões na conjuntura política por expor a lama profunda do governo de FHC, que poderá resvalar sobre os barões da mídia. Amparado por uma ordem judicial, Amaury Jr. manuseou os documentos da CPI do Banestado. Conhece aqueles documentos, e garante que a repercussão de uma investigação oficial irá muito além daquela alcançada pelo seu livro, e poderá expor as relações íntimas entre o governo de FHC e grandes empresas de mídia, entre as quais houve aquelas que tiveram dívidas perdoadas depois das privatizações.

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A alegação do combate à corrupção é a grande bandeira sob a qual a oposição conservadora e neoliberal esconde sua falta de programa e de projeto para o país.  Há uma verdadeira articulação entre denúncias que a mídia publica e sua repercussão no Congresso Nacional, onde parlamentares conservadores ressoam e amplificam o ruído surgido nas páginas dos jornais e revistas. Seu silêncio veemente ante as denúncias documentadas do livro de Amaury Jr. pode significar aquela confissão sugerida por Camilo Castelo Branco. Mas indica também o tamanho dos problemas que terão pela frente, principalmente num ano eleitoral como será 2012.

Mesmo porque a CPI requerida pelo deputado Protógenes Queiróz é, ela sim, a resposta a um clamor nacional, à exigência dos brasileiros que não aceitaram, não se conformam e querem ver esclarecidos os escândalos que envolveram a dilapidação do patrimônio público e o desmonte do Estado ocorridos sob o comando de Fernando Henrique Cardoso e sua equipe de governo, com destaque para José Serra.

FONTE VERMELHO

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LUIZ CLÁUDIO: Devemos ouvir a população sobre VLT ou BRT

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A troca do VLT pelo BRT

* Luiz Claudio

Em seu primeiro discurso, após receber o resultado da última eleição, o prefeito Emanuel Pinheiro deixou claro que a gestão do Município sempre estará disponível para debater todas as ações que melhorem a vida da população cuiabana. Acontece que, para que um debate realmente seja uma verdade, esse processo necessariamente deve cumprir etapas como argumentar, ouvir, analisar e, por fim, tomar uma decisão em conjunto.

Essas etapas, essenciais principalmente em assuntos que envolvem mais de 600 mil pessoas, até o presente momento, continuam sendo completamente negligenciadas pelo Governo do Estado de Mato Grosso. O recente caso da troca do Veículo Leve sobre Trilho (VLT) pelo Bus Rapid Transit (BRT) é um grande exemplo dessa dificuldade que a Prefeitura de Cuiabá tem encontrado quando se depara com demandas em que o Executivo estadual está envolvido.

Agora, depois de tomada uma decisão individualizada, se lembraram que existem as Prefeituras Municipais. Com convites para reuniões, as quais o Município não terá nenhuma voz, tentam criar um cenário para validar um discurso de decisão democrática que nunca existiu. Por meio da imprensa, acompanhamos declarações onde se é cobrada uma mudança de postura da Prefeitura de Cuiabá. Mas, qual é a postura que desejam da Capital? A de subserviência? Essa não terão!

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Defendemos sim um diálogo. No entanto, queremos que isso seja genuíno. Um diálogo em que as decisões que envolvam Cuiabá sejam tomadas em conjunto e não por meio da imposição. De que adianta convidar para um debate em que já existe uma decisão tomada? Isso não passa de um mero procedimento fantasioso, no qual a opinião do Município não possui qualquer valor.

Nem mesmo a própria população, que é quem utiliza de fato o transporte público, teve a oportunidade de ser ouvida. Isso não é democracia e muito menos demonstração de respeito com aqueles que depositaram nas urnas a confiança em uma gestão. Por conta dessa dificuldade de diálogo foi que o prefeito Emanuel Pinheiro criou Comitê de Análise Técnica para Definição do Modal de Transporte Público da Região Metropolitana do Vale do Rio Cuiabá.

Queremos, de forma transparente, conhecer o projeto do BRT. Saber de maneira detalhada o custo da passagem, o valor do subsídio, tipo de combustível, e o destino da estrutura existente como os vagões do VLT e os trilhos já instalados em alguns pontos de Cuiabá e Várzea Grande.

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Confiamos nesse grupo e temos a certeza de que ele dará um verdadeiro diagnóstico para sociedade. Mas, isso será feito com diálogo. Como deve ser! E é por isso que o próprio Governo do Estado também está convidado para participar das discussões, antes de qualquer parecer, antes de qualquer tomada de decisão. Como deve ser!

Assim, em respeito ao Estado Democrático de Direito, devemos ouvir a população que é quem realmente vai utilizar o modal a ser escolhido, evitando decisões autoritárias de um governo que pouco ou quase nada ouve a voz rouca das ruas.

* Luis Claudio é secretário Municipal de Governo em Cuiabá, MT

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