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Vinda de médicos cubanos reforça ódio ideológico ao PT

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VINDA DE CUBANOS REFORÇA ÓDIO IDEOLÓGICO AO PT

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Na rede, os médicos são tratados como “escravos de jaleco”; parlamentares da oposição, como Ronaldo Caiado (DEM/GO) e Eduardo Azeredo (PSDB/MG), também alimentam a gritaria e acusam o governo de querer mandar dinheiro para Fidel Castro; ministro Padilha diz que cubanos que virão ao Brasil têm mais de 15 anos de experiência e muitos falam português por terem participado de missões em países lusófonos; na prática, eles irão para cidades sem médicos, que não receberam inscrições de brasileiros
 

247 – O anúncio oficial, pelo Ministério da Saúde, da vinda de quatro mil médicos cubanos para trabalhar no Brasil tem reforçado o ódio ideológico ao PT. Além de qualificar a ação do governo como “eleitoreira”, o presidente da Federação Nacional dos Médicos, Geraldo Ferreira, foi um dos primeiros, depois do anúncio da contratação, a colocar em dúvida a qualidade desses profissionais. Segundo ele, a atuação dos médicos cubanos em outros países “é muito próxima de brigada militar, ao invés de um profissional de saúde”.
Nas redes sociais, as críticas de parlamentares da oposição também foram duras. “Nossos companheiros na importação de médicos cubanos: Bolivia.,Equador,Venezuela ,Haiti. Mas o Lula não disse q o SUS era perfeito?”, provocou o deputado Eduardo Azeredo (PSDB/MG), um dos réus do chamado “mensalão tucano”. “A máscara caiu!!! Padilha assina convênio internacional para contratar 4 mil médicos cubanos”, escreveu o deputado Ronaldo Caiado (DEM/GO), que é médico.
Caiado reforçou a tese de que os profissionais cubanos são escravos de jaleco “que não verão a cor do dinheiro” e ainda “serão cabos eleitorais”. Ele ainda acusou o governo de usar a OPAS (Organização Panamericana de Saúde), com quem o Brasil assinou convênio, de “laranja” para importar cubanos. “Vão pagar R$ 500 milhões para serem repassados a Fidel Castro”, ataca. “Já estamos avaliando os termos desse acordo e não vamos admitir qualquer ação com base no trabalho médico escravo”, ameaçou, pelo Twitter.
O colunista da revista Veja Reinaldo Azevedo seguiu a mesma linha de que a contratação dos médicos cubanos é uma forma de o governo brasileiro enviar dinheiro a Cuba. “Da forma como será, o Brasil será conivente com a escravidão de médicos cubanos e ainda mandará dinheiro para Cuba”, escreveu na rede social. Até o escritor e novelista Aguinaldo Silva fez sua provocação: “Enquanto examinam seus pacientes os médicos cubanos vão conversar com eles sobre o quê? Os males do capitalismo?”.
As mensagens levam a uma simples conclusão: as críticas são principalmente ideológicas, se referindo até mesmo a Fidel Castro, uma forma de mostrar que o sistema de governo da ilha é o principal problema para a contratação. Do time de críticos, ninguém sugere, no entanto, uma solução para resolver o déficit de médicos nas 701 cidades brasileiras que não foram escolhidas por nenhum profissional inscrito até agora no Mais Médicos. De acordo com o convênio com a OPAS, os cubanos trabalharão nesses municípios.
Em maio desse ano, quando o País cogitou a contratação de médicos cubanos, mas acabou anunciando o programa Mais Médicos, que aceita a inscrição de profissionais de qualquer país, a revista Veja escancarou esse preconceito: declarou que a vinda dos cubanos irá inundar o Brasil de espiões comunistas (relembre aqui). “Deixar o Partido dos Trabalhadores comandar a política externa dá nisso”, diz o texto da jornalista Nathalia Watkins, usando uma linguagem do tempo da Guerra Fria.
Contra os ataques, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, esclarece, por exemplo, que 84% dos médicos cubanos que vão atuar nesses municípios têm mais de 16 anos de experiência. E que muitos falam português por terem participado de missões em países lusófonos. Todos já cumpriram missões em outros países e todos têm experiência em medicina familiar e comunitária, uma grande carência em cidades pobres e distantes das capitais no País. Confira o gráfico abaixo:
 

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Lula sanciona lei que altera tabela do Imposto de Renda

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou, nesta quarta-feira (1º) a manutenção da desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia. Durante ato de centrais sindicais, em celebração ao Dia do Trabalhador, em São Paulo, Lula disse que “não haverá desoneração para favorecer os mais ricos”.

No fim do ano passado, o Congresso Nacional aprovou o projeto de lei da desoneração que prorroga, até 2027, a troca da contribuição previdenciária – correspondente a 20% da folha de pagamento – por uma alíquota entre 1% e 4,5% sobre a receita bruta de empresas de 17 setores da economia. O projeto também cortou de 20% para 8% a alíquota das contribuições ao INSS por parte dos municípios com até 156 mil habitantes.

“A gente faz desoneração quando o povo pobre, ganha quando o trabalhador ganha, mas fazer desoneração sem que eles sequer se comprometam a gerar um emprego, sem que eles sequer se comprometam a dar garantia para quem está trabalhando. Eu quero dizer que no nosso país não haverá desoneração para favorecer os mais ricos e sim para favorecer aqueles que trabalham e que vivem de salário”, disse Lula.

O presidente Lula vetou o projeto, mas o Congresso derrubou o veto ainda em dezembro do ano passado, mantendo o benefício às empresas. Para Lula, a medida não garante a geração de empregos e não pode haver desoneração da folha de pagamento de empresas sem contrapartida aos trabalhadores.

A desoneração da folha de pagamento tem impacto de cerca de R$ 9 bilhões por ano à Previdência Social. A ajuda aos pequenos municípios fará o governo deixar de arrecadar R$ 10 bilhões por ano.

O governo recorreu ao Supremo Tribunal Federal e a ação tem o placar de 5 a 0 na Corte para suspender a desoneração. Para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é preciso encontrar um caminho para evitar prejuízos à Previdência Social. “A receita da Previdência é sagrada para pagar os aposentados. Não dá para brincar com essa coisa”, disse nessa semana.

Imposto de Renda

Durante o ato com trabalhadores em São Paulo, Lula sancionou o Projeto de Lei nº 81/2024 que corrige a tabela do Imposto de Renda, aumentando a isenção para quem recebe até dois salários mínimos por mês. Ele reafirmou a promessa de, até o fim do seu mandato em 2026, aprovar a isenção do pagamento do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais.

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“Esse país vai tratar com muito respeito 203 milhões de homens e mulheres que moram nesse país. A economia brasileira já voltou a crescer, o salário já voltou a crescer, o imposto de renda eu prometi para vocês que até o final do meu mandato, até R$ 5 mil as pessoas não pagarão imposto de renda. E estou dizendo para vocês a palavra continua em pé”, disse, destacando a articulação dos seus ministros com o Congresso Nacional na aprovação de medidas de interesse do governo.

“Foi assim que nós fizemos, pela primeira vez no momento de democracia, a reforma tributária em que a gente vai despenalizar a pessoa de classe média que paga muito e fazer com que o muito rico paga um pouco do Imposto de Renda nesse país porque só o pobre é que paga. Nessa proposta de Imposto de Renda todo o alimento da cesta básica será desonerado e não terá Imposto de Renda sobre comida do povo trabalhador desse país”, acrescentou.

Ainda, Lula assinou o decreto de promulgação da Convenção e Recomendação sobre o Trabalho Decente para as Trabalhadoras e os Trabalhadores Domésticos.

Ato esvaziado

O ato em São Paulo foi realizado no estacionamento da Neo Química Arena (estádio do Corinthians), na zona leste da capital paulista. Pela primeira vez, a celebração deixou de ser realizada na região central da cidade, no conhecido Vale do Anhangabaú.

Durante seu discurso, Lula comentou sobre o esvaziamento do evento e cobrou o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo, responsável pela articulação do governo com os movimentos sociais.

“Não pense que vai ficar assim. Vocês sabem que ontem eu conversei com ele sobre esse ato e eu disse para ele, ‘Márcio, o ato está mal convocado, nós não fizemos o esforço necessário para levar a quantidade de gente que era preciso levar’. Mas, de qualquer forma, eu estou acostumado a falar com mil, com 1 milhão, mas também, se for necessário, eu falo apenas com uma senhora maravilhosa que está ali na minha frente”, disse Lula.

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Pelo sexto ano seguido, os atos políticos do Dia do Trabalhador em todo o país são organizados, de forma unificada, pelas centrais sindicais CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB e Intersindical Central da Classe Trabalhadora. Shows e apresentações culturais também fazem parte da programação.

“Sob o tema Por um Brasil mais Justo, o 1º de Maio 2024 será um dia de celebração e reflexão para levar a toda a população brasileira a luta do movimento sindical em defesa da classe trabalhadora”, informou a CUT. Entre as pautas das entidades estão emprego decente, correção da tabela de Imposto de Renda, juros mais baixos, valorização do serviço e dos servidores públicos, igualdade salarial e aposentadoria digna.

Campanha eleitoral

Pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, o deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP) esteve presente no ato do Dia do Trabalhador ao lado do presidente Lula, que pediu votos para o aliado nas eleições municipais de outubro deste ano. “Eu vou fazer um apelo, cada pessoa que votou no Lula em 89, em 94, em 98, em 2006, em 2010, em 2022, tem que votar no Boulos para prefeito de São Paulo”, disse o presidente.

“Esse jovem, ele está disputando uma verdadeira guerra aqui em São Paulo. Ele está disputando com o nosso adversário nacional, ele está disputando contra o nosso adversário estadual e ele está disputando contra o nosso adversário municipal. Ele está enfrentando três adversários. E, por isso, eu quero dizer para vocês, ninguém derrotará esse moço aqui se vocês votarem no Boulos para prefeito de São Paulo nas próximas eleições”, acrescentou Lula.

Antes do evento, o presidente Lula visitou o Estádio do Corinthians, recebido pelo presidente do clube, Augusto Melo, e pelos ex-jogadores Basílio, Edilson e Zé Maria. A previsão é que Lula retorne para Brasília ainda na tarde desta quarta-feira.

Fonte: EBC Política Nacional

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