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É bem Mato Grosso

Desempregados compraram casa no Manso, apartamentos, BMW, Volvo e Corollas

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Diversos alvos da Operação Apito Final, deflagrada pela Polícia Civil nesta semana, que não possuem registros de vínculos empregatícios ativos, movimentaram milhões de reais com a compra de veículos de luxo, de uma casa no Lago do Manso e apartamentos em Cuiabá. 

O patrimônio incompatível com a renda dos investigados, que pertencem a uma facção criminosa, chamou a atenção da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO). 

Conforme as investigações, mesmo sem ter renda lícita, os investigados compraram duas BMW X5, um Volvo CX 60, uma Toyota Hilux, duas VW Amarok, um Jeep Commander, um Mitsubishi Eclipse e um Pajero, além de diversos Toyota Corolla.

De acordo com o delegado Rafael Scatolon, que liderou as investigações, os investigados utilizavam transações de compra e venda de bens como “modus operandi”, com objetivo de dissimular e ocultar a origem ilícita dos valores oriundos do tráfico de drogas. 

“A lavagem de dinheiro desse grupo consistia na aquisição de bens móveis e imóveis em nomes de laranjas que não possuem lastro financeiro para as aquisições. Posteriormente, esses bens eram revendidos, convertendo dinheiro ilícito em ativos lícitos, ou seja, eles usavam o dinheiro do tráfico para comprar os bens, revendiam e, assim, davam uma origem lícita a esses valores que vieram do tráfico”, explicou. 

As investigações apontaram que o esquema envolvia uma grande rede de associados ao principal alvo da operação, Paulo Witer Farias Paelo, o WT. 

Conforme a apuração, os veículos relacionados a WT ultrapassariam “facilmente” o valor de R$ 2 milhões. Entre os carros identificados com Paulo Witer estão uma BMW X5, um Volvo CX60, uma Toyota SW4, um Kia Sportage, um Caoa Chery Tiggo, um Ford Territory e um Mitsubishi Eclipse.

Os investigadores apontaram que os veículos foram registrados em nome de terceiros, “laranjas”, que sequer tinham patrimônio para justificar a compra dos bens. 

Chamou a atenção, por exemplo, que a BMW X5 com a qual Paulo foi flagrado poucos dias após deixar a Penitenciária Central do Estado, em dezembro de 2023, foi comprada em nome de uma jovem de 21 anos que não possui nenhum vínculo empregatício. A jovem teria sido usada pelo pai de sua filha, que seria amigo de um dos investigados na operação. 

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Segundo as investigações, Andrew Nickolas Marques dos Santos, homem de confiança de WT, também não tem registro de vínculo empregatício e, mesmo assim, registrou mais de R$ 1 milhão em veículos. Com ele foram identificados outra BMW X5, o Volvo CX 60 de WT, e uma VW Amarok. 

Um Jeep Commander foi localizado com Thassiana Cristina de Oliveira Arruda, esposa de Cleyton Cesar Ferreira de Arruda, membro da organização criminosa. Também sem emprego formal, Thassiana usava as contas de um filho menor de idade para a movimentação do dinheiro ilícito e foi a intermediadora da compra de um apartamento de mais de R$ 950 mil para WT e a esposa. Com o marido dela a GCCO localizou uma Toyota SW4.

Cristiane Patrícia Rosa Prins, esposa de WT, também foi localizada com diversos veículos, mesmo sem ter condições para adquiri-los, dentre eles um Fiat Toro, um Honda Civic e um Mitsubishi Eclipse, listado entre os bens de Paulo Witer.

Diversos veículos Toyota Corolla, envolvidos em transações suspeitas, também foram identificados na operação.

Conforme as investigações, os criminosos utilizavam falsas “garagens”, montadas por comparsas de WT, para maquiar o esquema envolvendo a transação de automóveis. De acordo com a apuração, no período de um ano, apenas em compra e venda de 43 veículos, o grupo criminoso teria movimentado cerca de R$ 8 milhões.

A compra de imóveis para lavagem do dinheiro oriundo do tráfico de drogas também foi identificada durante as investigações. Conforme a Polícia Civil, WT teria adquirido, via terceiros, uma casa no Manso, na região de Chapada dos Guimarães. O imóvel chamou atenção após o irmão de WT, Fagner Farias Paelo, vendê-lo por um valor muito aquém do que valia. 

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Também foi identificado que WT teria adquirido uma casa no condomínio Primor das Torres, em Cuiabá, em nome do advogado do grupo criminoso, Jonas Candido da Silva. 

WT ainda seria proprietário de kitnets no bairro Três Barras, apartamentos no Parque das Nações Indígenas e um apartamento no Bairro Terra Nova, além de um apartamento em um prédio de luxo no bairro Duque de Caxias, adquirido pela esposa, Cristiane, e uma chácara na zona rural de Rosário Oeste, todos adquiridos em nome de laranjas, os quais, em sua maioria, não têm comprovação de renda.

“Os bens do investigado estão em nome de diversas pessoas que figuram como laranja no esquema do WT. São pessoas que sequer possuem lastro financeiro para adquirir qualquer imóvel ou veículo. Então, percebe-se uma grande artimanha elaborada pelos criminosos para tentar ocultar a verdadeira propriedade dos bens”, destacou o delegado Rafael Scatolon. 

Operação Apito Final

Deflagrada na terça-feira (02.04), a operação Apito Final é resultado de dois anos de investigação da Gerência de Combate ao Crime Organizado, da Polícia Civil, com objetivo de desarticular um esquema de lavagem de dinheiro criado por integrantes de uma organização criminosa, em Cuiabá.

Conduzidas pelos delegados Gustavo Belão, Rafael Scatolon e Frederico Murta, as investigações apontaram que, após deixar a prisão pela primeira vez, em outubro de 2021, Paulo Witer, que já integrava uma facção criminosa, se tornou tesoureiro do grupo e passou a movimentar cifra milionária, por meio de diversos esquemas de compra e venda de imóveis e veículos. Apenas no período apurado, a movimentação da sua rede de comparsas alcançou, pelo menos, R$ 65,9 milhões.

Fonte: Governo MT – MT

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A sociedade contra o crime

MIRANDA MUNIZ:  Dr. Lúdio: colar no Lula para chegar ao 2º turno!

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 Dr. Lúdio: colar no Lula para chegar ao 2º turno!
* Miranda Muniz

Na eleição de 2022, Lula teve 38,5% dos votos em Cuiabá. Na minha percepção, se as eleições presidências fossem hoje, o percentual de votos para Lula certamente seria bem maior.

Por outro lado, a dita polarização Lula X Bolsonaro (esquerda X direita), que alguns tentam inutilmente e desesperadamente combater, permanece firme e forte e, fatalmente será a tônica nas disputas vindouras, sobretudo nas maiores cidade.

É com base nesta realidade objetivo que devemos traçar as estratégicas eleitorais do pré-candidato da Federação Brasil da Esperança, Dr. Lúdio, para alcançar o segundo turno.

Hoje as pesquisas sobre a sucessão na Capital, apontam uma liderança do Botelho, no patamar de 30%, seguida por Abílio, na casa dos 20% e do Dr. Lúdio, com cerca de 15%.

Ante a esse quadro, qual a tática mas acertada para impulsionar a candidatura do Dr. Lúdio e leva-lo ao segundo turno?

Tenho visto e ouvido algumas falas do Dr. Lúdio na mídia onde a tónica é centrada no discurso do “candidato de toda a Cuiabá”; “candidato do diálogo”, etc, e que na sua futura gestão se preocupará apenas com os “problemas de Cuiabá”. Também procura fugir da polarização “Lula X Bolsonaro”, sob o argumento de “nem Lula nem Bolsonaro moram em Cuiabá”.

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A meu juízo, essa tática está equivocada. O crescimento do Dr. Lúdio nas pesquisas se dará com um discurso “colado no Lula”, de manhã, de tarde e de noite. No primeiro turno, onde serão necessários 25 a 30% dos votos para ir ao segundo turno, o discurso tem que ser “focado” em um nicho do eleitorado. Neste caso, no nicho a ser perseguido pelo Dr. Lúdio tem que ser o eleitorado do Lula, que hoje certamente está em torno de 45 a 50% em Cuiabá.

Ilusão considerar que o simples fato de ser um candidato do Partido dos Trabalhadores, por si só, já teria o apoio dos eleitores “lulistas”. O eleitorado do Lula quer uma candidatura que fala do Lula, que defenda as políticas públicas do Governo Lula, em especial às votadas aos mais necessitados. Mesmo “Lula não morando em Cuiabá”, muitas demandas da população para serem efetivadas dependem do Governo Federal – do Governo Lula.

Caso chegue ao segundo turno, aí sim, o discurso tem que ser mais amplo, para angariar apoios de outras candidaturas que disputaram no primeiro turno. Entretanto, fazer um discurso “do segundo turno” no primeiro turno, dificilmente levará a candidatura ao segundo turno.

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Aspecto de certa relevância e que também precisa de ajustes é a posição da candidatura da Federação em relação ao Governador Mauro Mendes e ao Prefeito Emanuel Pinheiro.

Vejo um criticismo exacerbado ao Prefeito e certo jogo de confetes ao Governador, sob argumento de bom exemplo de gestor. É certo que o Prefeito teve e tem inúmeras falhas administrativas mas, por outro lado, também teve muitos acertos. Também há de se levar em conta que dois dos três partidos que compõe a Federação FE BRASIL (PV e PCdoB), fazem parte da base de apoio do Prefeito. Além disso, a Dona Márcia Pinheiro (PV), esposa do Prefeito, foi a candidata do Lula na eleição passada na disputa ao Governo e seu filho, o deputado Emanuelzinho, é um dos vices líderes do Governo Lula na Câmara dos Deputados e, certamente, ajudará muito a futura administração municipal.

Com uma tática acertada, tenho convicção que o Dr. Lúdio chegará ao segundo turno e terá grandes possibilidade de se tornar o prefeito de Cuiabá.

* Miranda Muniz: agronômo, bacharel em direito, oficial de justiça avaliador federal, dirigente estadual e municipal do PCdoB e da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil).

 

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