Muitos burburinho, neste domingo, contra as vaias e xingamentos que o cantor e compositor Gilberto Gil, 80 anos, recebeu no Qatar, onde foi acompanhar, com a esposa Flora e os netos, os jogos da seleção de futebol do Brasil.

Os vídeos nas redes mostram o momento em que o casal se dirige à arquibancada e é abordado pelos torcedores brasileiros com palavrões e gritos de “Vamos, Lei Rouanet”, “Vamos, Bolsonaro” e “Obrigado, filho da p…”. A família Gil não respondeu aos insultos.

Recordar que a atriz e ex-secretária especial de Cultura do governo Jair Bolsonaro (PL), Regina Duarte, 75 anos, foi também vaiada no sábado 29 de outubro de 2022 no Teatro da Liberdade, no centro de São Paulo.

Em vídeos divulgados nas redes sociais, a atriz aparece caminhando no local enquanto é vaiada com os gritos: “Fora Bolsonaro”; “Fora genocida”.

A atriz foi assistir ao musical “Clube da Esquina – os sonhos não envelheceram”, que apresenta a história do Clube da Esquina. No vídeo, Regina reage sorridente aos xingamentos e acha jeito de exibir um “santinho” de Bolsonaro, colado na parte de trás do seu celular.

A pressão contra Regina Duarte foi mais sonora que a pressão sofrida por Gilberto Gil.

Digamos que a vaia é um dos corolários da fama em nosso País. Vaia-se pelos mais diversos motivos e os escracho já se incorporou à rotina brasileira.

Eu, pessoalmente, não vaio. Acho que todas as pessoas devem ter o sossego de viverem seus momentos em paz. Claro que a crítica contra quem quer que seja é natural, bem vinda. Para isso existem as páginas dos jornais, as emissoras de rádio e TV, os saites, as redes sociais, o escambau… Mas a agressão física deve ser evitada – e muitas vezes esses constrangimentos se transformam em agressão.