O mundo sobre rodas
Quais são os desafios para a mobilidade elétrica nas grandes cidades?
O mundo sobre rodas


O trânsito de pessoas é cada vez mais importante no desenvolvimento das cidades. Com congestionamentos cada vez maiores em grandes cidades e com níveis de poluição cada vez mais altos, muitas pessoas se interessam pela mobilidade elétrica, mas ela pode ajudar a tornar o meio ambiente mais limpo a diminuir o trânsito das grandes capitais?
Para ajudar a responder essas questões, a reportagem de iG Carros conversou com Roberto Marx, engenheiro de produção, professor e Diretor de Operações da Fundação Vanzolini.
Analisando os grandes centros urbanos como São Paulo e Rio de Janeiro e suas regiões metropolitanas, é possível iniciar uma “revolução” na mobilidade urbana sem mexer drasticamente com o dia a dia dessas cidades?
“ Uma revolução na mobilidade urbana não acontece de uma hora pra outra nem de maneira aguda, não existe em lugar nenhum do mundo. Requer antes de mais nada um planejamento.
Uma mudança irá mexer com o dia a dia das cidades , mas o planejamento além de facilitar a implementação das medidas de mobilidade urbana, tendem a reduzir os impactos nas rotinas nas cidades.”
“Uma das partes mais importantes não é a implementação de metrôs ou veículos elétrico s, é necessário mudar a mentalidade dos usuários de transporte para pressionar os responsáveis para adoção de mobilidade sustentável, e um planejamento visa auxiliar neste sentido.”
Quais meios de transporte elétricos seriam mais viáveis para introdução fácil e rápida nas cidades?
“É complicado estabelecer o meio de transporte mais efetivo ou de implementação mais rápida, o carro elétrico já está disponível hoje e podem facilmente ir para as ruas, mas ainda são inacessíveis à grande maioria da população e embora não tem emita poluentes, o mais efetivo talvez seja o ônibus elétrico devido ao grande número de passageiros que transporta e tem pode ser facilmente implementado, assim como o carro elétrico.”
Em sua opinião, por que os patinetes e scooters elétricos causam até hoje uma grande discussão, sendo proibidos e depois liberados em São Paulo?

“O grande ponto em São Paulo é a segurança. Em grandes cidades, a circulação desses meios de transporte próximos a ônibus e caminhões , por exemplo, demanda atenção devido ao risco.
Mesmo em uso apenas em calçadas, além de dividir espaço com os pedestres, enfrentaria o mal estado de conservação desses espaços, isso quando existem. “A educação para o trânsito do cidadão brasileiro ainda é precária. Estive em Detroit, nos Estados Unidos e tive a chance de ver como os motoristas são cuidadosos ao circular pelas cidades e em velocidades menores, então patinetes e bicicletas conseguem transitar com caminhões e ônibus por perto.”
Quais dicas ou passos, o senhor acredita que uma cidade pequena que deseja se modernizar ou esteja em crescimento possa tomar para criar um ecossistema de mobilidade urbana moderna? E nesse caso, como incluir a mobilidade elétrica?
“Em cidades pequenas ou médias, de até 200 mil pessoas, o ideal é o transporte com ônibus elétricos, seja na própria cidade, em outros modos de transportes os cuidados devem se manter, caso os cidadãos tenham mais consciência no trânsito, talvez o convívio seja melhor, e consequentemente a mobilidade urbana nessa cidade também será aprimorada.”
Hoje, quais os maiores desafios para que a mobilidade elétrica emplaque no Brasil?
“Existem muitos desafios, o primeiro é receber mais atenção dos agentes públicos, que podem irão auxiliar a mobilidade urbana elétrica. Mesmo com atenção e apoio não é um processo rápido, como é o caso da China, que pretende ser o maior produtor e utilizador de mobilidade elétrica , e essa transição acontece de forma mais lenta que o inicialmente era planejado.
Outra questão é o custo destes modais, e o governo precisa participar e de forma até agressiva seja com redução de impostos e taxas de financiamento diferenciadas, e isso ocorre na Europa, China, Estados Unidos. O mais viável acabaria sendo também ônibus elétricos, mas esbarra na dificuldade de fazer essa transição de frota, já que as empresas de ônibus geralmente são privadas.
São Paulo até tem algumas metas para a substituição de ônibus para modelos elétricos, mas não temos segurança de que isso irá de fato ocorrer. Outro meio que poderia ser explorado são trens de superfície como o VLT (veículo leve sobre trilhos) no Rio de Janeiro, que conecta o Aeroporto Santos Dumont à Central do Brasil e Rodoviária Novo Rio, e também está presente em muitas cidades na Europa.
No Brasil, inclusive, há o debate de que o etanol pode ser o substituto ideal da gasolina e outros combustíveis e uma alternativa para a mobilidade elétrica , e isso é até um empecilho para a adoção elétrica. De fato, o etanol é muito viável ao Brasil, mas a mobilidade elétrica veio pra ficar em outros países e no Brasil também vai chegar mais forte com o passar dos anos.”
O senhor acredita que a adoção à mobilidade elétrica seja mais fácil em grandes centros ou em cidades rurais ou menores, por exemplo?

“Nessas cidades, os problemas são menores e até mesmo mais fáceis de serem resolvidos, em grandes centros , se tornam mais complexos. A implementação da mobilidade urbana elétrica faz mais sentido em cidades grandes, onde é possível enxergar um efeito maior das ações tomadas.
É mais importante enxergar quais problemas podem ser resolvidos com a mobilidade elétrica e onde as ações podem ser tomadas de maneira mais fácil. O grande desafio estará sempre nas cidades médias para grandes.”
A mobilidade elétrica pode ser crucial na redução do trânsito das grandes capitais brasileiras?
“Para resolver o problema do trânsito nas cidades é necessário investir em transporte público e mudar a maneira como as pessoas utilizam esse transporte e torná-lo acessível também.
A mobilidade elétrica auxilia no sentido de tornar trânsito menos poluente. Mas caso consiga se tornar viável economicamente, pode auxiliar pessoas que se deslocam pela cidade a pé, que não tem condições de pagar o custo das passagens do transporte público convencional.”
Na Europa e Estados Unidos já desenvolvem a tecnologia de carregamento em MegaWatt, voltada para caminhões de longo alcance, como esses veículos podem auxiliar na mobilidade urbana elétrica?

“A realidade do transporte de carga elétric o está sendo desenvolvido e as tecnologias de recarga, que é crucial para a mobilidade elétrica, também estão sendo desenvolvidas, mas ainda vai demorar até que caminhões elétricos sejam vistos nas estradas da Europa e Estados Unidos.”
Como apontado pelo especialista, a mobilidade elétrica pode ser viável nas grandes cidades, porém, antes de pensar em eletrificar as frotas nas cidades é mais interessante estudar as formas de otimizar o transporte de passageiros já existentes e garantir mais educação aos motoristas, motociclistas e pedestres, antes de pensar na modernização do trânsito brasileiro.
Ainda assim, carros híbridos e elétricos vão lentamente tomando as ruas principalmente das grandes capitais do Brasil, motivados principalmente por empresas que buscam na emissão zero de carbono, um dos pilares de sustentabilidade, e tendem a disponibilizar veículos elétricos para suas frotas.


O mundo sobre rodas
Raro Porsche 911 Speedster pode ser vendido por mais de R$ 1,6 milhão


Com preço estimado entre US$ 275 mil e US$ 325 mil, o equivalente a pouco mais de R$ 1,4 milhão e 1,6 milhão em conversão direta, um raríssimo Porsche 911 Speedster de 1989 na cor ‘Grand Prix White’ ou ‘Branca Grand Prix’ será leiloado pela RM Sotheby’s no próximo dia 19 de agosto.
Para todos os ‘Porscheiros’, o Speedster nada mais é que o suprasumo dos 911, um culto entre colecionadores do mundo inteiro cuja produção ocorreu em janeiro de 1989 e destinada apenas ao mercado dos EUA. O conversível foi idealizado e inspirado no como uma homenagem ao icônico 356.
Só para se ter uma ideia da raridade, o esportivo alemão que utilizava a base do 930 Turbo Cabriolet da época e, de acordo com a Porsche, foram fabricadas apenas 832 unidades , cuja principal diferença estética está no para-brisa menor e na capa rígida que encobre a capota de lona de acionamento manual.
Tal inspiração deu tão certo para a marca que a Porsche aproveitou o sucesso e fez outras variantes para outros modelos mais recentes com o Boxster Speedster pintado na mesma tonalidade e nos mesmos propósitos e características, porém espalhado para outros mercados, incluindo o brasileiro.
No caso específico deste 911, segundo a organização da casa de leilões RM Sotheby’s, ele foi à época encomendado com mais de US$ 6.000 em extras opcionais. Estes incluem um rádio Blaupunkt, banco do motorista elétrico, banco do passageiro com ajuste de altura, diferencial de deslizamento limitado, compartimento de armazenamento traseiro e uma alavanca de câmbio mais curta.
Por dentro, o 911 Speedster conta com o couro Can Can Red que obviamente foi bem conservado ao longo dos anos e parece estar em excelentes condições. Complementando o couro estão os tapetes Can Can Red e a alavanca de câmbio. Enquanto isso, o painel tem acabamento de couro preto.
A listagem acrescenta que o carro passou por um grande serviço em 2020 que custou US$ 5.891 (R$ 30.397) e incluiu manutenção no motor, caixa de câmbio, freios e sistemas de combustível. Uma nova bateria também foi instalada, assim como quatro pneus novos.
Se você gostou da raridade da Porsche , a RM Sotheby’s leiloará o carro em 19 de agosto de 2022. Então prepara as economias, junte os amigos e familiares para ficar na torcida e dê o seu lance.
Fonte: IG CARROS
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