O melhor detergente é a luz do sol
POSSIVEL CORRUPÇÃO NO JUDICIÁRIO: Cartórios de Alta Floresta e Várzea Grande e advogado Mário Cândia processados por pretensa fraude em disputa por fazenda. LEIA DOCs
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Os recentes assassinatos dos advogados Roberto Zampieri e Renato Gomes Nery continuam sangrando no noticiário policial de Mato Grosso como crimes com muitas questões ainda em aberto. Um fato inconteste é que os dois profissionais assassinados atuavam em litígios rumorosos em torno da posse de valiosas fazendas neste Estado que desponta no cenário internacional dada a sua rica produção agropecuária que impacta na economia mundial.
Briga por terra é o que não falta no Judiciário de Mato Grosso e tambem ações que mostram a repetida utilização de documentação falsa e aparentemente fabricada para garantir pretensos direitos e que acabam resultando em intermináveis pelejas jurídicas. O caso mais recente, ao qual a PÁGINA DO ENOCK teve acesso é o de uma fazenda na região de Alta Floresta (790 quilômetros de Cuiabá), avaliada em mais de 100 (cem) milhões de reais e que vem sendo disputada pelo Espólio da Família de Marina Pedro Cravo, do Paraná, que duela com um casal de Mato Grosso, o advogado Mário Cândia Figueiredo e sua esposa Suzana.
Pelo lado do Poder Judiciário, os desembargadores Sebastião Barbosa, da Primeira Câmara de Direito Privado, e Juvenal Pereira, atual Corregedor Geral de Justiça de Mato Grosso, estão sendo desafiados a pacificar a questão. Os dois receberam documentação, protocolada pelo advogado Pedro Pereira, que representa os interesses do Espólio, alegando que Mário Cândia e esposa podem ter lançado mão de documentação irregular, falsificada, para conseguir domínio e posse sobre as terras da fazenda. Em seu arrazoado, Pedro Pereira acusa também os cartórios de registro de imóveis das comarcas de Alta Floresta e de Várzea Grande de também terem contribuído para o pretenso ilícito.
A falsificação em prejuízo do Espólio de Marina Pedro Cravo teria sido realizada, além de mais, com uma grande dose de displicência, desleixo, incúria, como relata o advogado Pedro Pereira na representação atualmente sob análise do corregedor desembargador Juvenal Pereira: “O reclamante se deparou com uma venda de um imóvel rural feito através de escritura pública de compra e venda lavrada pelo reclamado. Na anotação consta que o imóvel fazenda de 3.274 hectares teria sido vendida através de procuração. Ao solicitar a via da procuração usada para fazer a venda do imóvel, constatou que a mesma não existe, isso mesmo, não existe, tratando-se translado de compra e venda pública feito pelo Cartório fraudulentamente. Apenas para constar, os fatos aceitos pelo Cartório, e seu Tabelião, são tão graves que ao forjar uma procuração que não existe, casaram um cidadão com outra mulher, que não era a esposa do mesmo, vejamos: o Sr. Manoel Cravo que foi cônjuge da Sra. Marina Pedro Cravo, na suposta procuração que não existe colocaram que o mesmo era casado com Neide da Silva Cravo. Pasme! Na procuração falsa, até a esposa é falsa”.
Nos destaques, publicamos inteiro teor das denúncias atualmente sob análise do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

É responsabilidade dos desembargadores Sebastião Farias e Juvenal Pereira decidirem sobre nova denúncia sobre possível fraude e falsificação em documentação de fazenda na região de Alta Floresta, MT


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FOME AMEAÇA PESCADORES EM MT: Pedidos de inconstitucionalidade do Cota Zero no STF tramitam há quase dois anos sem respostas

“Quem tem fome, tem pressa”, foi uma das frases proferidas por um pescador em uma das reuniões do Observatório da Pesca da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, em discussão sobre a Lei 12.434/24, o Cota Zero. Se quem tem fome tem pressa, a cada dia que passa, ela só aumenta e, há pelo menos um ano, desde que passou a vigorar a lei em Mato Grosso, ela vem fazendo parte da rotina de milhares de famílias. E quem olha para isso? A inconstitucionalidade do Cota Zero é alvo de três ações no Supremo Tribunal Federal (STF), ajuizadas ainda em 2023. Na terceira reportagem da série “Um ano depois: o que sobrou do Cota Zero em Mato Grosso?”, do Fórum Popular Socioambiental (Formad), a lentidão processual, após a celeridade pela aprovação da lei que proíbe a pesca em Mato Grosso, piora a situação de fome.
Entre a circulação da Mensagem 80/2023 do Governo de Mato Grosso e a aprovação da Lei 12.197/23 foram cerca de dois meses de tramitação na Assembleia Legislativa. A sanção do Executivo foi publicada em julho daquele ano, com o início de vigência da proibição do armazenamento, comércio e transporte de peixes no estado a partir de 1º de janeiro de 2024. Diante do cenário de violações às comunidades ribeirinhas e demais comunidades tradicionais que vivem da pesca, uma disputa judicial foi instaurada e o primeiro ingresso das três Ações Diretas de Inconstitucionalidade protocolado no Supremo Tribunal Federal (STF) foi em outubro de 2023.
O processo tem como relator o ministro André Mendonça que propôs uma fase conciliatória, encerrada sem acordo entre as partes ainda no primeiro semestre de 2024, já que o governo de Mato Grosso recusou a proposta da Advocacia Geral da União (AGU) para a elaboração de um plano de gestão em parceria com o Ministério da Pesca. A alternativa do Executivo estadual: uma lista de 12 espécies proibidas que, em sua maioria, são as mais rentáveis para quem depende do peixe, a Lei 12.434/24, rapidamente aprovada pela ALMT.
“Houve uma grande preocupação quando ocorreram as duas audiências de conciliação nas ações diretas de inconstitucionalidade, pois sabemos que direitos fundamentais são inegociáveis. A conciliação estava inserida dentro da expectativa do poder executivo estadual de conseguir fazer acordo conforme seu entendimento e ‘sair bem na foto’. Contudo, durante esse período de conciliação, sem diálogo, o poder executivo estadual atravessou, unilateralmente, um projeto de lei, aprovado às pressas pela casa legislativa. Essa postura do poder executivo estadual indica que o apagamento e silenciamento da pesca artesanal no estado obedece à necropolítica instaurada em face dos pescadores e pescadoras artesanais”, analisa Bruna Medeiros Bolzani, advogada do Fórum Popular Socioambiental de Mato Grosso (Formad).
Criado há mais de 30 anos, o Fórum Popular Socioambiental de Mato Grosso (Formad) é uma rede de organizações da sociedade civil que vem acompanhando o Cota Zero desde a sua tramitação, incluindo o pedido de habilitação na ação judicial como amici curiae, o acompanhamento processual, construção de análises, monitoramento, busca por informações por meio da Lei de Acesso à Informação, matérias jornalísticas, entre outros. Até hoje não foi julgado o agravo interno protocolado em agosto de 2024, contra a decisão do ministro André Mendonça, que rejeitou o pedido de suspensão dos efeitos das duas leis do Cota Zero até a decisão final das ações. Quase um ano depois, o recurso continua sem apreciação pelos demais ministros.
O tempo passa e as dificuldades aumentam
Tendo 32 anos de carteira profissional como pescador, Benedito Ribeiro, da Comunidade Vereda, de Santo Antônio de Leverger (MT), prevê para 2025 os mesmos problemas vivenciados desde o início da vigência do Cota Zero, ou até piores. “Eu nasci na beira do rio, vim de três gerações de pescadores. Não tenho outra renda além da pesca. O governo tinha que saber como as pessoas aqui vivem pra saber o impacto dessa lei. Nós passamos o ano comendo ovo, arroz e feijão para sobreviver, com contas atrasadas, familiares com depressão. Ninguém sabe mais o que fazer e só nos resta esperar alguma decisão lá de cima”.
O “lá de cima” a que ele se refere é o Supremo Tribunal Federal (STF), que segundo dados do Corte Aberta, o Portal da Transparência do órgão, soma 19.292 processos até maio de 2025. Com quase 2 mil ações, o ministro André Mendonça é o que possui o terceiro maior número de processos sob sua relatoria. Em média, de acordo com a plataforma do STF, o tempo de tramitação dos processos é de 388 dias, ou seja, pouco mais de um ano. As ações de inconstitucionalidade do Cota Zero encontram-se entre os mais de 6,7 mil processos sem decisão final e que dependem ainda de algumas fases como decisões colegiadas.
“Em outubro de 2023, o ministro relator adotou o rito abreviado no caso, com base no artigo 12 da Lei nº 9.868/1999, considerando que a análise judicial deveria ser tomada em caráter definitivo, o que significa que já poderíamos ter avançado significativamente no processo, mas ainda aguardamos o julgamento do recurso de agravo interno. Até o momento, o caso não passou por decisão colegiada nem pelo Plenário do STF, tendo somente decisões do ministro relator”, pontua Bruna Bolzani.
Para a advogada do Formad, o panorama institucional é favorável à declaração de inconstitucionalidade das duas leis do Cota Zero, já que órgãos federais como a Advocacia-Geral da União, Procuradoria-Geral da República, Procuradoria Nacional de Defesa do Clima e do Meio Ambiente, Defensoria Pública da União, Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima por meio da Secretaria Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais e Desenvolvimento Rural Sustentável, Ibama e também o Ministério da Pesca e Aquicultura já manifestaram este posicionamento.
“É lamentável que, embora tenha sido adotado o rito abreviado para que o caso tramitasse de forma mais célere e o processo já esteja maduro para julgamento, haja essa demora, porque diz respeito à sobrevivência econômica, dignidade e segurança alimentar de milhares de famílias”, acrescenta.
Acompanhe a nossa série
Na reportagem a seguir: conhecido por seu enorme potencial hídrico, Mato Grosso tem, na disputa pelo poder das águas, um grande entrave. E onde entra o Cota Zero nisso? O que a proibição do exercício da pesca no estado tem a ver com a expansão de empreendimentos hidrelétricos e outras atividades exploratórias? A quem interessa desmobilizar comunidades ribeirinhas e a sua defesa pelos territórios?
“Um ano depois: o que sobrou do Cota Zero em Mato Grosso?” é uma série de reportagens assinada pela jornalista Bruna Pinheiro e produzida pela Secretaria Executiva do Fórum Popular Socioambiental de Mato Grosso (Formad), rede composta por quase 40 organizações socioambientais do estado e que acompanha o Cota Zero desde o início da sua tramitação. O Formad está entre as entidades da sociedade civil que atuam na mobilização de pescadoras e pescadores em Mato Grosso, além do apoio jurídico ao processo e o combate à desinformação do caso.
FONTE – https://formad.org.br/
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