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O melhor detergente é a luz do sol

POSSÍVEL CORRUPÇÃO NO JUDICIÁRIO: Antes de ser assassinado, Renato Nery disparou contra advogados Antônio João de Carvalho Jr, Eumar Novack, Thiago Rocha, juízes Luiz Otávio e Sinii Sabóia, desembargador Sebastião Moraes et alli. LEIA DENUNCIA À OABMT

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O melhor detergente é a luz do sol

Assassinado com vários tiros e um balaço mortal na cabeça, em plena Avenida Fernando Corrêa da Costa, uma das mais movimentadas de Cuiabá, capital de Mato Grosso, o veterano advogado Renato Gomes Nery aparece agora como uma verdadeira metralhadora giratória, a proferir denúncias de pretensa corrupção judicial contra uma série de figuras destacadas da advocacia e da magistratura mato-grossense e mesmo da advocacia nacional.

É o que fica evidente com a revelação do inteiro teor de uma representação protocolada por Renato Nery no Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-MT contra o seu colega advogado Antônio João de Carvalho Jr mas que também serviu para que ele disparasse acusações contra um grupo enorme de operadores do Direito, entre os quais listou figuras de destaque no Brasil, como o ex-juiz federal Odilon de Oliveira, que atuava em Mato Grosso do Sul, hoje aposentado e atuando na advocacia, e o jurista Humberto Theodoro Junior, desembargador aposentado do Tribunal de Justiça de Minas Gerais e considerado um do maiores doutrinadores na área do Direito Processual Civil brasileiro.

A representação foi protocolado da seccional mato-grossense da Ordem dos Advogados do Brasil no dia 17 de junho e nela Renato Nery cobra punição rigorosa por parte da OAB contra o advogado Antônio João que, segundo ele, comandaria um verdadeiro “escritório do crime” na capital e teria se cercado “de um conjunto de indivíduos atuantes que lhe emprestam auxílios criminosos” para prejudicar a ele e a seu cliente na disputa que vem travando pela posse de valiosa fazenda no município de Novo São Joaquim ( a 465 quilômetros de Cuiabá), avaliada em mais de 300 milhões de reais, por se tratar de área onde a produção de soja já alcança resultados excepcionais.

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A carta-denúncia de Renato Nery, segundo divulgou A Gazeta, não causou muita preocupação à cúpula da OAB-MT, tanto que nem teve relator nomeado para sua análise, e só veio à tona depois que o advogado, que já foi presidente da seccional e conselheiro federal da entidade, foi emboscado, recebeu os balaços e acabou morrendo na calçada diante de seu escritório. O documento foi entregue ao delegado Bruno Abreu, escalado pela Polícia Civil de Mato Grosso para o esclarecimento do crime, e deve servir de ponto de partida para uma série de interrogatórios.

Na representação, Renato Gomes Nery faz um desabafo apaixonado, ao longo de 26 laudas, sobre os mais de 30 anos em que vem atuando na briga judicial que envolve a rica plantação de soja em Novo São Joaquim. Ele ressalta seu esforço profissional na causa e protesta contra os pretensos recursos criminosos de que seus adversários teriam lançado mão para impedir uma decisão que favoreça a ele e a seus representados.

Além do advogado Antônio João de Carvalho Jr, que seria o pretenso titular do “escritório do crime” e “mentor da trama”, o falecido Renato Nery diz que, na alegada “ratatuia” que teria se formado para atuar contra ele, estariam alinhados nomes e personalidades como Cláudio Natal ( “blogueiro e grampeador de telefone”), o Dr. Jaderson Rocha Reinaldo (“advogado auxiliar e pau mandado”), Dr. Agnelo Bezerra Bonfim (“advogado auxiliar”), Dr. Thiago Ribeiro Rocha (“advogado filho do desembargador Carlos Alberto Rocha”), Dr. Odilon de Oliveira e Dr. Humberto Theodoro Jr (“advogados e professores especialistas em tirar pelo de ovo”), Dr. Alonso A. Filho (“médico e grileiro”), Julinere Bentes Goulart e Dr. Eumar Novack (“advogados coadjuvantes”) e Desembargador Sebastião de Moraes (“membro da Corte, manipulador de competência e outros atos”).

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Ao longo da representação, que publicamos na íntegra, no destaque, Renato Gomes Nery, o advogado que viria a ser assassinado poucos dias depois de apresentá-la perante seus pares na OAB, também faz ilações desabonadoras com relação aos juízes Luiz Otávio Sabóia e Sinii Sabóia.

 

OUTRO LADO

Falando ao site Olhar Jurídico, o advogado Antônio João Carvalho Jr disse que tomou conhecimento da representação apresentada contra ele pela imprensa e que jamais fora contatado pela OAB-MT para prestar qualquer tipo de esclarecimeno sobre as acusações.

Também não tenho conhecimento dos nomes das pessoas a que ele me associa, mas posso afirmar que todas as alegações feitas por Renato Nery são destituídas de fundamento porque atuei de forma técnica no processo” – declarou.

Segundo Antônio João, Nery teria usado da artimanha de tentar tirar a credibilidade das pessoas que dificultam que ele alcance os interesses dele no processo.

OUTRO LADO

Falando ao site Olhar Jurídico, o advogado Antônio João Carvalho Jr disse que tomou conhecimento da representação apresentada contra ele pela imprensa e que jamais fora contatado pela OAB-MT para prestar qualquer tipo de esclarecimeno sobre as acusações.

Também não tenho conhecimento dos nomes das pessoas a que ele me associa, mas posso afirmar que todas as alegações feitas por Renato Nery são destituídas de fundamento porque atuei de forma técnica no processo” – declarou.

Segundo Antônio João, Nery teria usado da artimanha de tentar tirar a credibilidade das pessoas que dificultam que ele alcance os interesses dele no processo.

Renato e Antônio João

 

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ENOCK CAVALCANTI: A bosta do governo de Mauro Mendes em Mato Grosso está exposta nas redes

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A bosta do governo de Mauro Mendes está exposta nas redes

Enock Cavalcanti

Sim, a atividade política, no Brasil, tem sempre um tom de pornografia. À direita e à esquerda. Os eleitores que se lasquem, já que os políticos que temos, em sua maioria, não se preocupam com as exposições vexatórias, eles querem mesmo é faturar, ajuntar tesouros na terra, talvez, quem sabe,para esquecer a própria insignificancia deles mesmos como seres humanos. Homens mercadorias.

Em Mato Grosso, então, tudo parece que fica mais constrangedor. Nestes últimos dias, as atividades governamentais do empresário Mauro Mendes tem sido traduzidas, nas redes, nas manchetes, nas conversas de botequins, nas piadas de alcova, através de palavrões. Palavras de baixo calão para resumir uma confusa experiência de sete anos de governo.

Vejam que nosso governador bolsonarista disparou xingamentos contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro, aquele que fugiu para os Estados Unidos para tentar tramar, com Trump, um golpe contra as instituições democráticas em nosso País, já que a intentona de 8 de janeiro de 2023 restou apenas como uma trama tabajara.

Mauro Mendes está certo, penso eu, tentando ser livre ao pensar. Eduardo Bolsonaro só fala e faz merda lá no centro do império americano, e financiado pelos contribuintes brasileiros, já que segue ganhando seus proventos como deputado federal. Um acinte. Uma situação vexatória, pornográfica.

Lá dos Estados Unidos, Eduardo respondeu e sugeriu que Mauro Mendes é que é um bosta, um frouxo, um governador que não honra as calças que veste, já que xinga a ele, o filho do ex-presidente Bolsonaro, enquanto trabalha duramente para herdar os votos do gado que Bolsonaro agregou em Mato Grosso, terra onde o bolsonarismo parece ter encontrado um vasto pasto,

O que dizer desses homens e dessas mulheres que respaldam, com seus votos, personalidades políticas aparentemente forjadas na torpeza, como Mauro Mendes e Eduardo Bolsonaro? O grande desafio da política brasileira será, então, decifrar e compreender como funciona a cabeça de um patriotário que vota hoje no candidato que uma vez eleito irá amanhã, quando tiver poder, pisotear no destino deste patriotário. Dificil explicar essa fé cega, essa faca amolada sempre a ameaçar a esquerda em nossa sociedade. Alguém me diz que tem tudo a ver com uma competente manipulação da fé dessas pessoas nos designios do Deus Jeová, mas as evidencias não são tão óbvias assim. Há patriotários apegados às mais diversas crenças religiosas.

O fato é que a bosta do governo de Mauro Mendes está exposta nas redes para quem quiser saber dela. O assunto não é amplamente debatido na mídia regional porque a mídia regional recebe farta grana das instituições públicas para justamente evitar aprofundar a reflexão sobre as práticas das instituições públicas. Ou seja, nossa imprensa também é uma merda.

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O advogado e ex-governador Zé Pedro Taques entrou em cena para reforçar a desqualificação do governador Mauro Mendes, e ecoar a avaliação do Eduardo Bolsonaro de que o governador de Mato Grosso é, na verdade, o Mauro Mendes Bosta, o Mauro Mendes Merda.

Cabe o gracejo: nunca a política em Mato Grosso fedeu tanto. Mas o que temos de fato é uma mera constatação, diante de nossos olfatos já tão comprometidos. Sempre estivemos no esgoto da política. As elites trabalhando para continuarem como elites mandantes e acumuladoras de riquezas, enquanto o zé povinho rala e se ferra, mergulhado na merda de uma vida de sacrificios que nunca lhe oferta um momento efetivo de repouso.

Zé Pedro xinga Mauro Mendes mas até agora não xingou publicamente o atual ministro e senador licenciado Carlos Favaro, que tem atuado fortemente nos bastidores da política para tentar impedir que Taques assuma o controle do PSB em Mato Grosso e possa, assim, se qualificar para a disputa por uma vaga no Senado em 2026. Disputar o Senado é o sonho de uma noite de verão de Taques, pois quando esteve lá conseguiu avaliação positiva, ao contrário do tempo em que governou Mato Grosso ao lado do primo Paulo Taques.

Fávaro, pelo que faz crer, teria medo de disputar esta vaga com Zé Pedro e acabar perdendo para aquele ex-governador de quem foi vice e com quem rompeu, no passado, de forma tão pornográfica. Fávaro, estranhamente abençoado por Lula, surge então como mais um cacique a tentar reinar sobre o poder político na terra de Rondon e impor os interesses do Agro.

A luta de Zé Pedro para ter uma segunda chance diante do eleitorado cuiabano e mato-grossense merece ter um acompanhamento mais atento do povo de nosso Estado. Mas as coisas que acontecem nos bastidores não são expostas para o grande público. A surda disputa entre Fávaro e Zé Pedro ainda não ganhou as manchetes porque tudo se passa no silencio das conversas palacianas, em Brasília, e se Taques conseguir convencer o atual presidente nacional do PSB, o prefeito João Campos, de Recife, da importância dele revigorar a legenda em Mato Grosso, pode ser que, no final das contas, Zé Pedro e Fávaro tenham que, finalmente, se alinhar para a disputa contra o grupo de Mauro Mendes, Pivetta e bolsonaristas na rinha eleitoral de 2026. Quer dizer, as guerras dessa pré-campanha, já sinalizam para guerras futuras dentro dos blocos políticos que vão se formando para gerir a crise mato-grossense pela qual esses blocos políticos tem grande responsabilidade. Deu pra entender? Não sei se o eleitorado tem a paciência necessária. O eleitorado, afinal, existe para ser explorado não para pensar, segundo o conceito das elites. Povo é só uma abstração, por mais que a Carta Magna diga que “todo poder emana do povo”.

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Max Russi, por seu turno, se prepara para pular do esquerdista PSB para o direitista Podemos – e tudo parece tão natural, como se fosse natural essa salada ideológica envenenada pelo oportunismo que é sempre servida aos cidadãos eleitores e contribuintes de Mato Grosso. Politicos tradicionais, afinal de contas, também se comportam como travestis.

Viver é perigoso, sugeria Guimarães Rosa, através do seu personagem Riobaldo, em “Grandes Sertões Vereda”. Viver, em Mato Grosso, como se vê, é conviver cotidianamente com o esgoto da política. Nesse trajeto aparentemente infindável pelo esgoto, no final das contas, como ficamos nós? Eduardo Bolsonaro é um merda. Mauro Mendes é um bosta. E nós, aonde vamos? Em 2026, só nos será dada a chance de escolher entre candidatos pornográficos? Os ruins e os menos piores?

A direita e a extrema direita controlam as disputas políticas e eleitorais em Mato Grosso e vão nos arrastando para uma manifestação, nas urnas, que pode se confundir com um vômito. A esquerda se deixou enfeitiçar pela grana do Agro. Não temos opção, de fato, se os subalternizados, os debaixo, os fudidos, não conseguirem fazer valer seus interesses nesse campo minado da política.

Para escapar desta armadilha, fugir dos impropérios vazios e buscar uma saída que valha a pena teríamos que tentar nos transformarmos no super homem de Nietzsche. O super-homem como imaginou Nietzsche (Übermensch) é um ideal filosófico de indivíduo que supera os limites humanos e a moralidade convencional, criando seus próprios valores e vivendo autenticamente. Ele não é uma figura de poder físico como o herói dos quadrinhos, mas, sim, aquele que vence o niilismo e a decadência, abraçando a vida com coragem e vontade de criar seu próprio destino.

Essa tarefa não é fácil, mas já teremos conseguido alguma coisa se, pelo menos, não nos deixarmos envolver pela lógica dessas abomináveis lideranças políticas que temos hoje em Mato Grosso, a turma da bosta e a turma da merda que se agridem mutuamente, atualmente, nas manchetes.

ENOCK CAVALCANTI, 72, é jornalista e editor do blogue PAGINA DO ENOCK, que se edita a partir de Cuiabá, Mato Grosso, desde o ano de 2009.

 

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