O melhor detergente é a luz do sol
Programa macroeconômico industrial para MT é ultra-relevante
O melhor detergente é a luz do sol
Macroeconomia da industrialização
por ERNANI LÚCIO DE SOUZA E JOÃO JOSÉ DE AMORIM
Uma corrente de macroeconomistas que ficou conhecida na década de 50/60 foi a dos estruturalistas, da escola Cepalina, originária da Cepal/ONU (Comissão Econômica para América Latina/Organização das Nações Unidas) que tinham dois grandes renomados e destacados representantes, dentre outros: um argentino, Raul Prebisch (1901-1986), e outro, um brasileiro, Celso Furtado (1920-2004), e segundo dizem, eram tão amigos, que assistiam juntos a jogos entre Brasil e Argentina.
A crítica básica deles partiu da observação da realidade prática quando éramos considerados subdesenvolvidos, classificação que aceitavam, porém, afirmavam que a origem desse subdesenvolvimento residia nas trocas desiguais no âmbito do comércio internacional.
A América Latina em seu todo era mera fornecedora de produtos primários e importadora de bens industrializados, o que provocava uma desproporção desastrosa, em quantum e volume, na balança comercial dos países exportadores de bens primários, dentre eles o Brasil.
Estimular a industrialização e diversificar a estrutura produtiva dos países latino-americanos eram as propostas recomendadas pelos cepalinos, por isso, chamados, também, de estruturalistas.
A necessidade em mudar a estrutura produtiva dos países exportadores de bens primários foi fundamental, tendo em vista que a agricultura, em geral, apresenta dois problemas básicos: sazonalidade nos níveis de emprego e inelasticidade na oferta de bens primários.
No entanto, há que se dizer, que nos dias atuais, com o enfrentamento dos problemas da estrutura agrária e da baixa produtividade os problemas mencionados acima se encontram em algumas regiões demasiadamente fechadas e atrasadas no âmbito estadual mato-grossense e nacional, daí, então, a necessidade e relevância da macroeconomia da industrialização, juntamente com a infraestrutura de logística adequada e unificadora de regiões mais distantes deste país continental.
Até porque, em dados recentes divulgados pela CNI-Confederação Nacional da Indústria (Sondagem Industrial, jan.2012) no que tange a utilização da capacidade instalada por regiões brasileiras, o Centro-oeste apresenta-se com capacidade ociosa industrial em torno 46 a 40% na média dos estados que compõem a região, números estes não muito distantes da média das outras regiões da federação.
Todavia, Mato Grosso, em sua condição de altivez e imponência, e diante de suas estatísticas de boom econômico pantaneiro dos últimos anos, tem condições demasiadas para emplacar taxas de crescimento econômico elevadas e sustentáveis, em decorrência dos efeitos dinâmicos para trás e para frente oriundos da atividade produtiva industrial, quer dizer, a atividade industrial dá movimento à agricultura e outros setores produtivos primários, à indústria de máquinas e equipamentos, matérias-primas naturais e artificiais, insumos em geral, além de mover o comércio e serviços com o fornecimento de bens secundários.
Sem dúvida, “bolar” um programa macroeconômico industrial para Mato Grosso que privilegie o conhecimento da nossa demanda agregada será ultra-relevante para que os níveis de pleno emprego (no seu sentido stricto) e de investimentos arrefeçam a capacidade ociosa existente com mais eficiência (competitividade) e prudência (sustentabilidade) econômicas.
Para contra-atacar a capacidade ociosa o melhor ataque são os investimentos, além de um ambiente institucional leve, confiável e com baixos custos de transação.
*JOÃO JOSÉ DE AMORIM é economista, superintendente da Fiemt e professor aposentado da UFMT
joã[email protected]
*ERNANI LÚCIO PINTO DE SOUZA é economista, conselheiro do Corecon-MT, representante pelo Corecon-MT na Fiemt e responsável pelo escritório de economia Paradigma E&P
[email protected]
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ENOCK CAVALCANTI: Antero se rebaixa como Ciro e ataca esposa de Abilio: “só serve para dormir com ele”
As tropas estão se alinhando para a campanha eleitoral em Cuiabá, capital de Mato Grosso. A disputa já começa a sangrar nesta fase de pré-campanha. O jornalista e radialista Antero Paes de Barros que, ao lado dos jornalistas Pedro Pinto e Mauro Camargo, já faturou alto, em outras épocas, fazendo marketing eleitoral em Mato Grosso, parece que não tem mais o status de antigamente. A velhice e a decadência estariam batendo à porta.
Antero não será o marqueteiro de Botelho, posto reservado para o filho do veterano Mauro Cid, o jornalista e publicitário Humberto Frederico, que atuava na assessoria de Wellington Fagundes (PL) no Senado. Para Antero, parece que restou o papel de atuar como um dos porta vozes assumidos da campanha do Botelho (União Brasil). Ele, que já foi senador e se sonhou governador, termina agora, quem sabe, como um pistoleiro a disparar seus petardos e xingamentos através do seu Preto no Branco. Nada pessoal, caramba!
E foi atuando visivelmente como bate-pau do Botelho, que o ex-senador Antero Paes de Barros baixou o nível da discussão, recorrendo a termos machistas e sexistas para atacar a pré-candidata a vereadora de Cuiabá pelo PL, Samantha Iris, esposa do deputado federal e pré-candidato a prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL).
Antero Paes de Barros declarou que não conhece nenhuma atuação social de Samantha Iris. Por isso mesmo, o único papel da senhora seria “dormir na cama com Abilio”. A agressiva declaração na Rádio Cultura FM foi dada no momento em que estava ao lado da jornalista Michely Figueiredo, uma outra mulher, que não alertou e tampouco repudiou a fala machista e sexista de Antero Paes de Barros. Michely calou e consentiu.
O ex-senador, que já tentou retornar diversas vezes à cena político eleitoral e foi surrado nas urnas, se iguala, em sua fala, a declarações do ex-presidenciável e advogado cearense Ciro Gomes (PDT).
Em 2002, na eleição presidencial, quando disputava a ida ao segundo turno com José Serra (PSDB), Ciro Gomes declarou numa entrevista que sua então esposa, a atriz Patricia Pillar, teria um papel importante na disputa, pelo simples fato de “dormir” com ele. “A minha companheira tem um dos papéis mais importantes, que é dormir comigo. Dormir comigo é um papel fundamental”, declarou naquela ocasião o inacreditável Ciro Gomes.
Recentemente, o machismo de Ciro Gomes voltou a transbordar e ele atacou a senadora petista Janaina Farias (PT-CE), garantindo que ela não passaria de uma “assessora para assuntos de cama” do senador e atual ministro da Educação Camilo Santana (PT), ex-correligionário e atual desafeto do próprio Ciro.
O machismo segue, dessa forma, como um componente nojento da política e do jornalismo brasileiro. Em seu programa de rádio na Cultura FM, em Cuiabá, depois de bancar a pitonisa e garantir que o bolsonarista é candidato a prefeito para perder, Anterinho declarou que Abilio Brunini tem como meta política e grande objetivo eleitoral neste ano de 2024, apenas eleger a esposa, Samantha Iris, vereadora em Cuiabá nas eleições de outubro.
Em seguida, o ex-senador fez o ataque odiento, afirmando que a esposa de Abilio Brunini tem como única função “dormir ao lado dele”. Como mulher, só serviria para abrir as pernas para o seu marido.
Que papelão, Antero. Logo você, que alguns procuram discriminar dizendo que é homossexual enrustido e teria adotado como identidade secreta, para seus “jogos de cama”, o nome da cantora Wanderléa, dos tempos da Jovem Guarda. Por que responder ao ódio com o ódio?!
Senhor Antero, por favor, pare, agora! Peça perdão, porque quem não pede perdão não é nunca perdoado.
Enock Cavalcanti, 70, é jornalista e editor do blogue PAGINA DO E/PAGINA DO ENOCK, editado a partir de Cuiabá MT desde o ano de 2009.
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