O melhor detergente é a luz do sol
ENOCK CAVALCANTI: Marimax Comazze ganha fama como a Janja do Pantanal
O melhor detergente é a luz do sol

A empresária cuiabana Marimax Comazze, que é ativista digital e uma agente política de destaque no pelotão da DIREITA em Cuiabá tem sido aconselhada por amigos, correligionários, bolsonaristas e outros que tais a se submeter urgentemente a uma harmonização facial.
Acontece que, segundo muitas dessas suas amigas e admiradores, a Marimax está muito, muito parecida demais com a senhora Rosângela Janja Lula da Silva, a irriquieta esposa do velho metalúrgico e presidente da República Luis Inácio Lula da Silva. Cara de uma, focinha da outra.
A forte semelhança entre a direitista do União Brasil 44 de Cuiabá com a socióloga que passeia pelo mundo como “a mulher do Nine, o Nove Dedos” (como gostam de dizer os adversários mais raivosos do presidente petista), deixa muita gente perplexa.
Marimax tem dito para amigos mais próximos que já deu de abandonar os óculos, de mexer no cabelo, mas a fama de Janja do Pantanal continua. Olhada de determinados ângulos a Marimax parece uma gêmea da Janja que se desviou pra Mato Grosso, largou a esquerda e veio fazer política nesse reino encantado do direitismo, esse Mato Grosso onde o Agro dá as cartas e gosta de financiar atos antidemocráticos e outros esquemas semelhantes, denúncia atualmente sob o crivo do Xandão, no STF.
Marimax, para quem não a conhece, é presença marcante nos canais de zap, uma personagem que transita por enquanto no baixo clero da política mato-grossense, mas que pontificou como uma das candidatas a vereadora abençoada pela primeira dama de Mato Grosso, a senhora Virginia Mendes (que também costuma se posicionar como uma engajada mulher de direita), nas eleições deste ano de 2024, em Cuiabá MT. Se houvesse uma Liga de Amigas e Admiradoras da Virginia Mendes, como já houve uma Liga de Admiradoras da Lucimar Campos, certamente que a Marimax estaria nos escaninhos da instituição.
Marimax Comazze, a Janja Pantaneira, conquistou nas urnas 812 votos de cuiabanos e cuiabanas, apoiando Eduardo Botelho no primeiro turno e Abilio Brunini no segundo turno, e ficou como suplente do UB.
A torcida do pessoal da direita é que essa fama de Janja não atrapalhe a serena caminhada de quem se mostra disposta a seguir investindo no grupo que se agrega em torno do casal Mauro e Virgínia, pelo menos enquanto esse grupo seguir espalmando o poder em nossa região. Como se sabe, a direita em Mato Grosso segue cada vez mais forte e, no lado da esquerda, as defecções vão se avolumando e o médico Lúdio Cabral, por exemplo, ao invés de começar a trabalhar uma candidatura a governador do PT, já lançou o cacique Jayme Campos (UB), venerando ruralista, para governador.
A direita em Mato Grosso vai de vento em popa – talvez, por isso, a empresária Marimax Comazze e sua entourage não queiram dá azo a confusões ideológicas ou fisionômicas.
Enock Cavalcanti, 71, é jornalista e editor do blogue PAGINA DO ENOCK, editado a partir de Cuiabá, MT, desde o ano de 2009
Marimax à esquerda, na foto, e à direita, na política. Janja tá na frente ampla.


O melhor detergente é a luz do sol
Zé Pedro Taques mostra lama do governo de Mauro Mendes: “Entregou MT às facções criminosas”

Meus amigos, meus inimigos: o governador Mauro Mendes (UB) até que tentou brecar as críticas que lhe dirige o ex-governador Zé Pedro Taques. Truculento como sempre, irritadiço, sem qualquer tolerância para conviver em um ambiente democrático de crítica e autocrítica, Mauro Mendes usou a imprensa para tentar constranger o ex-governador, mandando que Zé Pedro calasse a boca.
Não enfrentou os argumentos do adversário, demonstrando que não dispõe de dados e elementos para desmontá-los. Mauro preferiu, então, partir para a ameaça. A violência política foi então usada na abordagem dos problemas criados pela violência dos meliantes do crime organizado. Por que não convidar Zé Pedro para um debate aberto e franco, em rede de rádio, TVs, e saites? Mauro Mendes me parece politicamente um covarde e não creio que aceitasse se algum Agnelo Corbelino da vida o convidasse para um encontro desse tipo.
Qual! O ataque de truculência do governador bolsonarista foi como um estímulo para o ex-governador, que é também ex-procurador da República, com uma ficha exemplar no enfrentamento do crime organizado em nosso Estado e também fora daqui.
O fato é que, desde então, Zé Pedro Taques jogou Mauro Mendes de encontro às cordas e tem batido no “bicudinho de Goiás” (como já o denominou outro ex-governador, Julio Campos), com uma persistência invejável. Zé Pedro não calou a boca. Quem anda calado, neste confronto, é Mauro Mendes que parece não ter o que dizer e parece ter percebido que duelar com Taques, abertamente, é um cenário que não lhe favorece.
Os movimentos de MM, aliás, só servem, talvez, para confirmar tudo aquilo que Zé Pedro Taques sugere.
Em postagem recente nas redes, Taques chamou atenção para reportagem de capa do jornal A Gazeta, de Cuiabá, jornal submetido à influência do governador mas que expôs para a sociedade mato-grossense um dado macabro, assustador: 26 corpos já foram encontrados em cemitérios clandestinos pelo Estado, só neste ano fatídico de 2025. Execuções sumárias. Gente assassinada e enterrada de qualquer jeito em terrenos baldios, matas das periferias. Execuções que a gente se acostumou a ver nos cinemas, executados pelos bandidos mais detestáveis, retratados pelas interpretações viscerais de atores com o americano Joe Pesci. Revejam o filme “Os Bons Companheiros”, de Martin Scorsese, e confiram.
Se, em Mato Grosso, os criminosos são tão cruéis e tão ousados, é porque está faltando um combate mais competente, guiado pela Inteligência Policial, contra eles. E é disso que Zé Pedro acusa Mauro: de manter uma estrutura policial sucateada, incapaz de responder com agilidade e superar a ação dos meliantes, que cada vez mais vão se infiltrando nas estruturais sociais. Falou-se, até mesmo na capital, recentemente, em dinheiro do tráfico jorrando para financiar a campanha de vários candidatos a vereador. As investigações não avançaram.
Mauro Mendes governa a Segurança Pública como um trapalhão, é o que deixa evidente Zé Pedro – e não é só ele que enxerga essas trapalhadas. Por trás do discurso de “tolerância zero”, uma incompetência atroz, um planejamento torto. Na guerra de egos da administração, o que se fala é da noticiada perseguição a profissionais de elite, como o delegado Flávio Stringheta, que sempre se destacou no enfrentamento do crime organizado e fora removido pelo comando da Policia Civil para uma delegacia-cemitério lá pros lados do Distrito Industrial; fala-se também da forma constrangedora como o governador afastou do comando da Polícia Militar, em novembro, o coronel Alexandre Corrêa Mendes, muito respeitado entre a tropa…
As trapalhadas vão se acumulando, o crime vai avançando e a verdade é que, atualmente, Zé Pedro Taques se anima para falar por que ele vai entendendo que fala por muitos. Na Assembleia Legislativa, no Tribunal de Contas, no Tribunal de Justiça e mesmo no Ministério Público e na imprensa corporativa, Mauro Mendes tem sabido fazer valer a sua mão de pilão, não sei se inspirada no exemplo do ex-governador Carlos Bezerra. O fato é que críticas e restrições aos direcionamentos que MM dá ao seu governo são muitos poucas, nessas instâncias que cito. Essa elite política e administrativa e jornalística parece que só quer saber de comer o seu pirão – e os cofres deste Estado do Agro estão sempre cheios, permitindo que o pagamento de privilégios e penduricalhos seja feito sem maiores constrangimentos. Farinha pouca, meu pirão primeiro. E o povo que se exploda.
Zé Pedro Taques vai então se erguendo como uma espécie de farol dada a ausência de contraditório em meio à qual o atual governador bolsonarista vai desenvolvendo sua atuação. Até onde Taques encontrará eco na sociedade para os seus questionamentos é uma questão em aberto, mas ele trabalha, certamente, de olho nas eleições de 2026, quando nova janela de mudanças se abre e pode ocorrer de muitos do povo respaldarem um movimento de oposição que surja no Estado. A surpresa que Dante de Oliveira teve lá atrás, no início deste Século 21, pode surpreender também o atual governador, em sua sonhada caminhada para o Senado Federal.
No modorrento cenário político eleitoral de Mato Grosso, esse duelo surdo que se trava, então, entre o atual governador e seu antecessor pode, quem sabe, se consolidar como importante espaço de enfrentamento de ideias que podem mergulhar o Estado e a sua sociedade cada vez mais em retrocesso ou elevá-los em uma nova e inovadora rota de desenvolvimento. Eu, pelo menos, tenho essa esperança. De ilusão também se vive.
De qualquer forma, uma demonstração da falta de estrutura do atual governador para representar o avanço, a modernização, a superação do caciquismo, em meu modesto entendimento, parece-me que foi a sua presença, devidamente paramentado como golpista, no ato esvaziado do bolsonarismo, realizado em Copacabana, no dia 15 de março. Mauro Mendes corre atrás de um acordo de bastidores com o bolsonarismo do 8 de janeiro, para tentar se viabilizar em 2026, talvez na esperança de que os votos do gado bolsonarista possam ser automaticamente direcionados em seu favor, pela cúpula da extrema direita, já que ele talvez perceba que os setores progressistas da sociedade mato-grossense estão, em volume crescente, cada vez mais, rejeitando a ele e ao seu confuso discurso de “modernização” na base do porrete.
Enock Cavalcanti, 71, jornalista, é editor do blogue PAGINA DO ENOCK que se edita, a partir de Cuiabá-MT, desde o ano de 2919.

Zé Pedro Taques, ex-governador, e Mauro Mendes, atual governador de Mato Grosso
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