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Brasil, mostra tua cara

EDMUNDO LIMA DE ARRUDA: A derrota de um projeto ligado ao PT e satélites e a ascendência dos conservadores, mais à direita

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Edmundo Lima Jr

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Eleições: o que fazer?
Edmundo Lima de Arruda Jr

Não estou otimista com o quadro revelado pelas eleições. Graças ao fracasso da nossa aventura petista pudemos acelerar o esgarçamento cultural. Chegamos mais um pouco no fundo do poço. As eleições indicam, por um lado, a derrota de um projeto ligado ao PT e satélites, por outro, a ascendência dos conservadores, agora mais à direita.
Quais as possibilidades agora? Ou a direita avança e, dentro dela, em disputa, projetos por um país de mercado mais ou menos voltado para a produção e consumo, ou para o o reforço do pernicioso sistema de estratosféricos ganhos financeiros; ou a esquerda faz revisão profunda para criar opções concretas de avanço. Isso pressupõe o abandono de posturas arcaicas, corporativistas, voltando-se para políticas de lutas progressivas por integrações sociais.
Por certo, há se pensar outro modelo de sociabilidade para outro modo de desenvolvimento social.
O quadro é difícil. Liberais e socialistas tradicionais, os protagonistas históricos, são marcados por visões liberal e igualitária plena de vícios culturais e sociais comuns e agravados nas sociedades tardias.
Essas desarticulações devem ser superadas em boa medida no bojo da crise. Mas toma tempo…
Há sementes do novo, em busca de terrenos férteis. O junho de 2013, ainda que muito forte, mas fragmentado, não encontrou canais institucionais mais alargados para provocar mudanças. Os velhos movimentos sociais ainda se encontram cativos no transformismo.
Nesse contexto há o risco das apropriações clássicas, por cima. O populismo é um substrato do poder carismático em nossas democracias latinas de baixa densidade institucional.
De fato há os fanáticos pela aposta no grande líder ungido dos poderes de redefinição social. 2018: Lula? ou na sua falta, Ciro Gomes? Alkmin ou sabe-se lá quem será o plano B do PSDB? Entre essas duas tendências social democratas (e/ou de centro) Bolsonaro pode ganhar terreno pela extrema direita, havendo espaços, por que não, para uma esquerda mais à esquerda como é o caso do PSOL, quem sabe com Freixo para Presidente? Mas haveria governabilidade na hipótese de vitórias eleitorais de candidatos mais definidos em termos ideológicos?
A aposta numa centralidade possível não é mais que uma esperança, sem ilusões quanto ao vírus da corrupção, do clientelismo e do populismo, nossas heranças culturais, pois estão continuarão a desafiar um projeto de modernidade política, jurídica, mesmo econômica para o nosso Brasil.
Estou com Stefan Sweig. Na década de quarenta, antes do final da guerra e do seu suicídio com a esposa, em Petrópolis, esse pensador judeu lançou um livro com o seguinte título: “Brasil. País do futuro”. Lá se vão 73 anos…Podemos esperar mais algumas décadas?

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Bilionário mexicano elogia economia brasileira e anuncia investimentos

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O empresário mexicano Carlos Slim, fundador da América Móvil, maior conglomerado de telecomunicações da América Latina, e que controla a operadora Claro, no Brasil, foi recebido nesta sexta-feira (19) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto. Eles conversaram sobre o panorama da economia e investimentos programados para os próximos anos. Um dos homens mais ricos do planeta, Slim tem uma fortuna estimada em quase US$ 100 bilhões, segundo estimativas da revista norte-americana Forbes. Após o encontro com Lula, o empresário elogiou os rumos da economia brasileira.  

“Falamos das economias, como estão, a economia do Brasil, que está cada vez melhor, com a inflação muito reduzida, muitos planos de investimento e o interesse que temos de seguir investindo em telecomunicações”, disse em conversa com jornalistas. 

O mexicano anunciou planos de investimentos para os próximos anos da Claro no Brasil, que prevê aportes de R$ 40 bilhões, especialmente em fibra ótica, internet de alta velocidade e serviços para cidadãos e empresas a partir da tecnologia 5G.

Slim também falou sobre a alta concorrência do mercado brasileiro em telecomunicações e defendeu uma revisão da neutralidade de rede, para que as grandes plataformas de tecnologia, as chamadas big techs, paguem pelo uso intensivo de dados. As quatro maiores big techs do mundo (Apple, Microsoft, Meta e Google) usam, segundo Slim, 70% da rede de tráfego de dados disponibilizada pelas empresas de telecomunicações.  

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“Eu creio que a neutralidade da rede faz com que as grandes empresas, que fazem grandes operações, usem a rede, e seria conveniente que fizessem um pagamento mínimo, que se reverta em benefício ao consumidor, através de mais investimento e menores preços”, defendeu.

Em nota, o Palácio do Planalto informou que o presidente Lula relembrou, na conversa com o empresário, sobre o isolamento internacional que o Brasil viveu no governo anterior e como o país se reinseriu no cenário internacional em 2023, com presença nos principais fóruns e reuniões bilaterais com os principais líderes mundiais.

“Lula relatou o processo de reconstrução do Estado brasileiro a partir da PEC da Transição e da retomada de programas sociais. Reforçou que em 2024 o Brasil vai crescer de novo mais do que o previsto, assim como ocorreu em 2023, com estabilidade e previsibilidade, e falou dos planos de investimento em infraestrutura, que totalizam R$ 1,7 trilhão via Novo PAC nos próximos anos”, diz a nota.

Fonte: EBC Política Nacional

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