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O melhor detergente é a luz do sol

CAIUBI KUHN: Você já se perguntou qual a importância dos estudos técnicos, fiscalizações e análises desenvolvidas por órgãos públicos nas áreas de geologia, engenharia e meio ambiente? Algumas pessoas insistem em dizer erroneamente que estes trabalhos são mera burocracia

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O melhor detergente é a luz do sol

Os órgãos técnicos e a proteção da vida e do meio ambiente

POR CAIUBI KUHN

 

Você já se perguntou qual a importância dos estudos técnicos, fiscalizações e análises desenvolvidas por órgãos públicos nas áreas de geologia, engenharia e meio ambiente? Algumas pessoas insistem em dizer erroneamente que estes trabalhos são mera burocracia. Esse discurso, somado a falta de compromisso de alguns governos com o planejamento e a boa gestão, tem levado a não estruturação, ou mesmo desestruturação de importantes políticas públicas, tornando uma missão quase impossível, o desenvolvimento da gestão e fiscalização de empreendimentos relacionadas aos mais diversos tipos de atividades econômicas e usos e gestão dos recursos naturais e energéticos. Como resultado desta irresponsabilidade de governos, a sociedade tem visto diversos desastres que marcam quase rotineiramente o noticiário nacional. Neste texto será apresentada a importância do fortalecimento dos órgãos técnicos por parte do governo federal, estaduais e até municipais.

Antes de mais nada, para refrescar a memória do leitor, é preciso lembrar que desastres como o de Brumadinho, poderia ter causado menos mortes, se os órgãos do governo tivessem exigido da Vale, a retirada de todas as estruturas que poderiam ser impactadas, conforme indicava o mapa de estudo sobre um possível rompimento da barragem. Talvez se tivessem fiscalizações adequadas, o desastre poderia ter sido evitado. Porém na época a equipe da Agência Nacional de Mineração (ANM), que era responsável pela fiscalização de barragens, era menor que o número de assessores de um único senador ou até mesmo um deputado. E até hoje essa situação não mudou muita coisa.

Leia Também:  JOHNNY MARCUS: A indignação diante da injustiça social gerada pela corrupção é sempre bem-vinda. Mas o que dizer quando a injustiça social tem raiz na fria letra da lei? Como aceitar que dinheiro que poderia ser investido em políticas públicas vá parar no bolso de quem já recebe um super salário? Em tempos de crise econômica, em que se cobra austeridade por parte do governo federal, é mais do que oportuno que a sociedade saiba que existe uma minoria que custa muito aos cofres públicos e nem por isso são alvos de panelaços ou protestos indignados nas ruas.

Algumas tragédias, embora tenham atuação de fortes condicionantes naturais, como chuvas atípicas, também são um resultado direto da ocupação de áreas impróprias e da demora do governo em desenvolver políticas adequadas de uso e ocupação do solo. Em 2011, na região Serrana do Rio de Janeiro, 918 pessoas morreram, 99 desapareceram e 30 mil ficaram desalojadas, devido a ocorrência de tempestades, deslizamentos de terra e corridas de detritos. Em 2022, uma nova tragédia ocorreu em Petrópolis deixando ao menos 146 mortos e 191 desaparecidos. Ou seja, as medidas preventivas e gestão territorial necessárias, ainda não foram devidamente efetivadas.

O desastre em Capitólio, escancarou a falta de planejamento, gestão e fiscalização, relacionada às características geológicas-geotécnicas em atrativos turísticos. Esse é mais um caso, em que análises técnicas e fiscalizações rotineiras poderiam ter evitado a morte de pessoas. Muitos outros casos poderiam ser citados, como o caso Braskem, em que mais de 12 mil casas foram permanentemente desocupadas na Região do Bairro Pinheiros e Maceió, afetando cerca de 50 mil pessoas.

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Em comum entre todos os casos, é a dificuldade de “achar” ou culpar responsáveis, e a falta de ação dos governos em fazer a sua parte para proteger a população. Porém essa, é só a ponta do iceberg, além dos muitos desastres de menor dimensão e repercussão, ainda existem os muitos casos em que a falta de estudos técnicos levou o desperdício de recursos público e ao comprometimento de obras que foram desenvolvidas sem as devidas análises.

Nas eleições, precisamos debater a importância de equipes técnicas permanentes, em órgãos públicos de todas as esferas de governos, que sejam capazes de garantir a segurança para você leitor, assim como, o bom uso dos recursos naturais e a boa aplicação dos recursos públicos. O Governo Federal e os governos estaduais, precisam retomar a estruturação dos órgãos técnicos, com previsões orçamentárias apropriadas e contratação de pessoal. A falta de uma gestão adequada causa morte, danos ambientais e sociais irreparáveis, além de favorecerem o mal uso dos seus impostos.

 

Caiubi Kuhn, Professor na Faculdade de Engenharia (UFMT), geólogo, especialista em Gestão Pública (UFMT), mestre em Geociências (UFMT).

Caiubi

 

 

 

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ENOCK CAVALCANTI: Antero se rebaixa como Ciro e ataca esposa de Abilio: “só serve para dormir com ele”

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As tropas estão se alinhando para a campanha eleitoral em Cuiabá, capital de Mato Grosso. A disputa já começa a sangrar nesta fase de pré-campanha. O jornalista e radialista Antero Paes de Barros que, ao lado dos jornalistas Pedro Pinto e Mauro Camargo, já faturou alto, em outras épocas, fazendo marketing eleitoral em Mato Grosso, parece que não tem mais o status de antigamente. A velhice e a decadência estariam batendo à porta.

Antero não será o marqueteiro de Botelho, posto reservado para o filho do veterano Mauro Cid, o jornalista e publicitário Humberto Frederico, que atuava na assessoria de Wellington Fagundes (PL) no Senado. Para Antero, parece que restou o papel de atuar como um dos porta vozes assumidos da campanha do Botelho (União Brasil). Ele, que já foi senador e se sonhou governador, termina agora, quem sabe, como um pistoleiro a disparar seus petardos e xingamentos através do seu Preto no Branco. Nada pessoal, caramba!

E foi atuando visivelmente como bate-pau do Botelho, que o ex-senador Antero Paes de Barros baixou o nível da discussão, recorrendo a termos machistas e sexistas para atacar a pré-candidata a vereadora de Cuiabá pelo PL, Samantha Iris, esposa do deputado federal e pré-candidato a prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL).

Leia Também:  MIRANDA MUNIZ: Ao contrário do que decidiu a maioria da CCJ, na Câmara Federeal, a redução também é considerado por renomados juristas como ''flagrantemente inconstitucional'' por abolir direitos e garantias individuais, matérias insuscetível de abolição ou mutilação - ''cláusula pétrea''. Portanto, mesmo se vitoriosa no parlamento, será questionada perante o Supremo Tribunal Federal quanto sua constitucionalidade

Antero Paes de Barros declarou que não conhece nenhuma atuação social de Samantha Iris. Por isso mesmo, o único papel da senhora seria “dormir na cama com Abilio”. A agressiva declaração na Rádio Cultura FM foi dada no momento em que estava ao lado da jornalista Michely Figueiredo, uma outra mulher, que não alertou e tampouco repudiou a fala machista e sexista de Antero Paes de Barros. Michely calou e consentiu.

O ex-senador, que já tentou retornar diversas vezes à cena político eleitoral e foi surrado nas urnas, se iguala, em sua fala, a declarações do ex-presidenciável e advogado cearense Ciro Gomes (PDT).

Em 2002, na eleição presidencial, quando disputava a ida ao segundo turno com José Serra (PSDB), Ciro Gomes declarou numa entrevista que sua então esposa, a atriz Patricia Pillar, teria um papel importante na disputa, pelo simples fato de “dormir” com ele. “A minha companheira tem um dos papéis mais importantes, que é dormir comigo. Dormir comigo é um papel fundamental”, declarou naquela ocasião o inacreditável Ciro Gomes.

Recentemente, o machismo de Ciro Gomes voltou a transbordar e ele atacou a senadora petista Janaina Farias (PT-CE), garantindo que ela não passaria de uma “assessora para assuntos de cama” do senador e atual ministro da Educação Camilo Santana (PT), ex-correligionário e atual desafeto do próprio Ciro.

Leia Também:  Por que "The Economist" e "Financial Times", os evangelhos do neoliberalismo, atacam o ministro Mantega? Sem abandonar o lulismo, mas à diferença de Lula, Dilma adotou posição menos conciliadora na defesa do industrialismo. Comprou briga séria com os bancos ao forçar a redução dos juros. Impôs restrições ao capital internacional flutuante. A resposta dos prejudicados, lá fora e aqui, é exigir a cabeça de Guido, que, todos sabem, no fundo é a da presidente.

O machismo segue, dessa forma, como um componente nojento da política e do jornalismo brasileiro. Em seu programa de rádio na Cultura FM, em Cuiabá, depois de bancar a pitonisa e garantir que o bolsonarista é candidato a prefeito para perder, Anterinho declarou que Abilio Brunini tem como meta política e grande objetivo eleitoral neste ano de 2024, apenas eleger a esposa, Samantha Iris, vereadora em Cuiabá nas eleições de outubro.

Em seguida, o ex-senador fez o ataque odiento, afirmando que a esposa de Abilio Brunini tem como única função “dormir ao lado dele”. Como mulher, só serviria para abrir as pernas para o seu marido.

Que papelão, Antero. Logo você, que alguns procuram discriminar dizendo que é homossexual enrustido e teria adotado como identidade secreta, para seus “jogos de cama”, o nome da cantora Wanderléa, dos tempos da Jovem Guarda. Por que responder ao ódio com o ódio?!

Senhor Antero, por favor, pare, agora! Peça perdão, porque quem não pede perdão não é nunca perdoado.

 

Enock Cavalcanti, 70, é jornalista e editor do blogue PAGINA DO E/PAGINA DO ENOCK, editado a partir de Cuiabá MT desde o ano de 2009.

 

Antero, Abilio e Michely

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