Lei e ordem
Operação que mirou venda ilegal de armas no RJ termina com três presos
Lei e ordem
A Operação Confessio, deflagrada na manhã de hoje (10) pela Polícia Federal (PF), terminou com três presos em flagrante. O objetivo era desarticular um grupo criminoso envolvido em fraude documental para burlar a fiscalização e o controle na aquisição, posse, porte e comercialização de armas de fogo e munições. O esquema estaria sendo aplicado em diferentes municípios do Rio de Janeiro.
Além das prisões, a PF cumpriu 27 mandados de busca e apreensão expedidos pela 3ª Vara Federal da Subseção Judiciária de São João de Meriti (RJ). Foram mobilizados cerca de 130 policiais federais que atuaram nas variadas cidades, contando ainda com apoio de militares do Exército brasileiro. Nove armas de fogo, milhares de munições e documentos ligados ao esquema foram apreendidos.
De acordo com a PF, a investigação começou depois de denúncia sobre a existência de sistemática falsificação e uso de Certificados de Registro de Arma de Fogo (CRAF) por pessoas que queriam ludibriar a fiscalização e portar livremente armas de fogo. Também eram falsificados certificados de registro (CR), guias de tráfego e requerimentos para aquisição de arma de fogo e acessório.
Compradores que se utilizaram do esquema não se submeteram à avaliação psicológica e teste de capacidade técnica. Diversos crimes foram apontados envolendo despachantes, adquirentes, CACs (caçadores, atiradores e colecionadores) e comerciantes que vendiam ilegalmente as armas de fogo. Eles entregavam os produtos sem a guia de tráfego legítima e sem efetuar a conferência de autenticidade dos documentos.
Os investigados deverão responder por falsificação de documento público federal, uso de documento falso, comércio ilegal de arma de fogo e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. As penas máximas para esses crimes variam entre 4 e 12 anos de prisão.
Edição: Pedro Ivo de Oliveira
Lei e ordem
Mulher que levou idoso morto a banco passa por audiência de custódia
A Justiça faz, na tarde desta quinta-feira (18), audiência de custódia com Érica de Souza Vieira Nunes, presa em flagrante na última terça-feira (16), depois de levar um idoso morto para sacar um empréstimo, em nome dele, em uma agência bancária. O rito judicial, marcado para as 13h, é necessário para que a Justiça decida se Érica será solta ou se mantém sua prisão.
Ela foi presa em flagrante por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio a cadáver, mas alega que o homem, que ela diz ser seu tio, estava vivo quando chegou à agência bancária, em Bangu.
O médico do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), que foi chamado por funcionários do banco para atender ao homem, atestou, no entanto, que ele já estava morto há algumas horas.
A tentativa de saque na agência bancária foi registrada em vídeo. Nas imagens, o idoso está pálido e sem qualquer reação ou reflexo, sentado em uma cadeira de rodas, enquanto Érica pede repetidas vezes que ele assine o empréstimo de R$ 17 mil. A mulher, que informou à polícia ser cuidadora e sobrinha dele, chega a dizer que ele “era assim mesmo”.
Ao perceberem que havia algo errado com a situação do homem, os funcionários chamaram o Samu.
O delegado Fábio Luiz, responsável pelo caso, disse que o esclarecimento – se a vítima já chegou morta ao banco ou morreu dentro da agência – altera pouco o crime investigado.
“Isso interfere pouco na investigação. O próprio vídeo deixa claro para quem está vendo, por imagem, que aquela pessoa está morta. Imagine ela que não apenas está vendo, mas vendo e tocando. Só o fato de ela ter dado continuidade, mesmo com ele morto, já configura os crimes pelos quais ela vai responder”, disse nessa quarta-feira (17) Fábio Luiz, em entrevista ao Repórter Brasil Tarde, da TV Brasil.
A advogada de Érica, Ana Carla de Souza Correa, afirma que o homem estava vivo quando chegou ao banco, e que sua cliente se encontrava em estado emocional abalado e sob efeito de remédios. Em depoimento à Polícia Civil, Érica disse que foi à agência bancária levada por um motorista de aplicativo.
Fonte: Justiça
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