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ELITE PREDADORA: Merece atenção ação proposta pela promotora Ana Bardusco, do Ministério Público Estadual, que aponta que fora montado, pela cúpula do Governo do Estado, mais especificadamente pelo governador Silval Barbosa (PMDB) e pelo então secretário de Fazenda, Edmilson dos Santos, esquema fraudulento para favorecer a poderosa empresa frigorífica JBS Friboi (que desponta como um dos maiores contribuintes das atuais campanhas eleitorais, no Brasil), e que, graças a esta suposta trama, teria deixado de recolher mais de R$ 73 milhões em ICMS aos sacrificados cofres públicos de Mato Grosso. LEIA A AÇÃO

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Promotora Ana Bardusco processa JBS Friboi e cúpula do Governo do Mato Grosso que estariam envolvidos em fr… by Enock Cavalcanti

Ana Cristina Bardusco é promotora de Justiça e titular da 14ª Promotoria Criminal Especializada na Defesa da Administração Pública e Ordem Tributária, do Ministério Público Estadual do Estado de Mato Grosso

Ana Cristina Bardusco é promotora de Justiça e titular da 14ª Promotoria Criminal Especializada na Defesa da Administração Pública e Ordem Tributária, do Ministério Público Estadual do Estado de Mato Grosso

Merece ser lida por todos os contribuintes mato-grossenses, com muita atenção, a ação por ato de improbidade administrativa com pedido de liminar de indisponibilidade de bens e transferência de sigilo fiscal proposta, na Justiça de Mato Grosso, pela promotora Ana Cristina Bardusco, titular da 14ª Promotoria Criminal Especializada na Defesa da Administração Pública e Ordem Tributária, do Ministério Público Estadual, contra a poderosa empresa frigorífica JBS Friboi, seu executivo Valdir Aparecido Boni e também contra o governador Silval Barbosa, o ex-secretário de Fazenda Edmilson José dos Santos, o atual secretário da Fazenda Marcel de Cursi e o atual secretário chefe da Casa Civil Pedro Nadaf.

É que se trata de mais uma ação a revelar dados sobre negócios altamente suspeitos, envolvendo a cúpula da administração pública em nosso Estado e grande empresários nacionais, que estariam se utilizando da política de incentivos fiscais para distribuir e auferir beneficios ilegais, em prejuizo dos interesses da maioria de nosso povo.

Vejam que, nesta ação, a promotora Ana Cristina Bardusco afirma que a poderosa JBS Friboi – uma empresa tão rica que vem se destacando, ultimamente, no noticiário nacional como uma das maiores doadoras das campanhas dos nossos atuais presidenciáveis – pode ter sido beneficiada, pela cúpula da administração do governador Silval Barbosa, com incentivos fiscais fraudulentos, em um montante que atingiria cifras superiores a R$ 73 milhões de reais, tudo isso graças a um decreto elaborado no âmbito da Secretaria de Fazenda, durante a gestão do secretário Edmilson dos Santos, e assinada pelo governador Silval Barbosa que também é, ele mesmo, um grande empresário hoje encastelado no poder estadual, com seu mandato com prazo de validade até 31 de dezembro deste ano.

Leia Também:  Geraldo Riva compra parecer do ex-ministro do STF, Ilmar Galvão, para tentar influenciar julgamento adverso na Terceira Câmara Civel do TJMT. As desembargadoras Maria Erotides e Maria Aparecida e o juiz Sebastião Barbosa, da judicatura pantaneira, todavia, não dão mostras de que possam ser influenciados pelo custoso parecer que vem de grande escritório de Brasília, na undécima hora.

A ação da promotora Bardusco é uma daquelas providências que acontecem quando, como se diz, a terra já está arrasada, o cofre já está arrombado, e a poderosa Friboi já fora beneficiada deixando de pagar um dinheiro que poderia ter garantido a concretização de importantes políticas públicas em beneficio do povo mato-grossense. Cabe, desde já, retomar o debate em torno da política de incentivos fiscais e dos malefícios, cada vez mais palpáveis, a se julgar por denúncias como essa, visando uma completa alteração em todo este programa cujo objetivo maior seria garantir que empresários dos mais diversos ramos viessem investir e contribuir para o desenvolvimento de Mato Grosso – e não o contrário.

Se a JBS Friboi acha tempo e dinheiro para injetar tanto dinheiro na campanha dos presidenciáveis, por que, então ser beneficiada com tão volumosa renúncia fiscal? Por que a Friboi não toca seus negócios com seus recursos próprios, já que dispõe de tanto dinheiro para investir na política eleitoral? São reflexões que se devem levantar e se aprofundar diante de um caso como este e diante dos resultados práticos de uma política de renúncia fiscal como essa.

Importante anotar que, nesta ação, o Ministério Público Estadual pediu a indisponibilidade de bens, no montante de R$ 73,5 milhões, apenas do Frigorífico JBS. A intenção, segundo a promotora de Justiça Ana Cristina Bardusco, é assegurar, ao final da ação, a recomposição integral dos danos ao erário.

Leia Também:  LEONARDO BOFF: "Primeiro Marina mudou de religião. De um cristianismo de libertação, ligado aos povos da floresta e aos pobres, passou para um cristianismo pietista e fundamentalista que tira o vigor do engajamento e se basta com orações e leituras literalistas da Bíblia. Isso transformou a Marina numa fundamentalista com a mentalidade de alguns líderes muçulmanos: ler a vontade de Deus não na história e no povo, mas nas páginas da Bíblia de 3-4 mil anos atrás.Agora como candidata pelo PSB representa uma volta ao velho e ao atrasado da política, ligada aos bancos e ao sistema financeiro. Seu discurso de sustentabilidade se tornou apenas retórico. Para mim é uma espécie de Jânio Quadros de saia"

A promotora Bardusco questiona, além da edição de um decreto, a assinatura de um Protocolo de Intenções, cujas cláusulas e condições estabeleceram a concessão pelo Estado de crédito fiscal à empresa JBS Friboi, relativo a matérias-primas e insumos adquiridos no período de 2008 a 2012. Segundo a promotora Bardusco, além de violar princípios constitucionais, o Ministério Público de Mato Grosso argumenta que os atos questionados criaram crédito fiscal fictício e estabeleceram tratamento tributário de forma parcial, direcionando benefícios a determinados contribuintes, em detrimento dos demais empresários do ramo. Ou seja, estaria se formando um panelinha de empresas “escolhidas a dedo” e beneficiadas com a renúncia fiscal de acordo com critérios que a promotora questiona com bastante firmeza. Destaca, ainda, que foi estabelecida renúncia fiscal sem observância das disposições da Lei de Responsabilidade Fiscal.

A mudança na legislação teria possibilitado ao frigorífico JBS Friboi a utilização simultânea de 3 benefícios: redução da base de cálculo, crédito presumido e de incentivo fiscal via Prodeic e o aproveitamento integral do crédito de entrada, créditos estes superiores ao montante das operações que supostamente lhe deram origem.

Agora, depois da ação oportuna da promotora Ana Cristina Bardusco, é aguardar pelo pronunciamento da Justiça e pelo desdobramento desses questionamentos que, imagino eu, não devam ficar restritos apenas ao Poder Judiciário. O silêncio constrangido e constrangedor da Assembleia Legislativa em torno dessa ação é mais um demonstrativo da enorme falta que nos faz um parlamento estadual que não seja diariamente prostituído pela presença de “caititus” ali multiplicados graças ao jeito de fazer política dos seus principais gestores, entre os quais se destaca o ainda deputado estadual José Geraldo Riva (PSD) que, acredito eu, está em final de carreira.

O ator Tony Ramos foi escalado para comandar a forte campanha que procura, em toda a mídia, fortalecer a Friboi, principal marca dos Frigoríficos JBS. Possível ação dos executivos da empresa frigorífica, todavia, nos bastidores da administração pública em Mato Grosso, buscando privilégios que o Ministério Público considera indevidos e mesmo fraudulentos, expõe, todavia, a marca que vai sendo assim envolvida em um grande escândalo

O ator Tony Ramos foi escalado para comandar a forte campanha que procura, em toda a mídia, fortalecer a Friboi, principal marca dos Frigoríficos JBS. Possível ação dos executivos da empresa frigorífica, todavia, nos bastidores da administração pública em Mato Grosso, buscando privilégios que o Ministério Público considera indevidos e mesmo fraudulentos, expõe, todavia, a marca que vai sendo assim envolvida em um grande escândalo

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Magistrados faturam alto no TJ-MT e Ong fala em “corrupção institucionalizada”

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Luis Ferreira, Carlos Alberto e Maria Helena, da cúpula do TJ MT

A reportagem que o jornal O Estado de S.Paulo publica hoje, 20 de janeiro de 2021, sobre o Tribunal de Justiça de Mato Grosso, é o famoso tapa na cara dos cidadãos, eleitores e contribuintes deste Estado.

A revelação do jornalão paulista é que temos um time de 30 desembargadores (em breve serão eleitos mais 9) que vivem à tripa forra, curtindo ganhos astronômicos, às custas dos cofres públicos, sustentados por uma população que, em sua maioria é pobre, semialfabetizada, submetida a uma pobreza constrangedora.

A denúncia vem de São Paulo porque aqui os chamados órgãos de controle parece que fazem ouvidos de mercador para as possíveis patifarias praticadas pelos magistrados, em seu ambiente de trabalho.

Reproduzi a reportagem do Estadão em meu Facebook, e o jornalista Enzo Corazolla veio lá de Alto Paraíso com seu comentário ácido: “O pior é a venda de sentenças, prática habitual. Se gritar pega ladrão…”

Benza Deus. Além dos ganhos nababescos, pelas tabelas oficiais, ainda teríamos um inacreditável ganho por fora que, apesar de muito aventado, não se consegue, com o rolar dos anos, se reprimir.

Leia Também:  Pressão da midia acelera julgamento de Juarez Costa, no TRE

Espanto. Perplexidade. Raiva. Parece que o patrimonialismo do Estado brasileiro é inescapável, está sempre desabando sobre e nós, e nos cobrando sangue, suor e lágrimas.

Para reforçar os temores do veterano jornalista Corazolla, representantes da Ong Transparência Brasil, ouvidos pelos repórteres do Estadão, cogitam que uma “corrupção institucionalizada” grassaria entre os espertalhões e espertalhonas togadas que atuariam no nosso Tribunal de Justiça.

Como botar em pratos limpos tudo isso, se a Justiça é sempre tão temina, sempre tão inalcançavel?! Os controles de controle, vejam só, não controlam porra nenhuma e, aqui mesmo em Mato Grosso, e nos mesmos espaços de midia nacional, as doutas autoridades do Ministério Público de Mato Grosso já foram deduradas e denunciadas por também engordarem seus ganhos e suas propriedades, com toda sorte de privilégios. Em plena pandemia, que segue matando com destaque os pobres e os filhos dos pobres, promotores e procuradores se divertem com verbas extras para usufluirem da I-phones e seguros de saúde às custas do erário, sempre dilapidado de forma cruel.

Leia Também:  Geraldo Riva compra parecer do ex-ministro do STF, Ilmar Galvão, para tentar influenciar julgamento adverso na Terceira Câmara Civel do TJMT. As desembargadoras Maria Erotides e Maria Aparecida e o juiz Sebastião Barbosa, da judicatura pantaneira, todavia, não dão mostras de que possam ser influenciados pelo custoso parecer que vem de grande escritório de Brasília, na undécima hora.

Reproduzo, aqui, a matéria do Estadão. E divulgo uma lista com os pretensos ganhos dos desembargadores, em dezembros, que circula pelas redes sociais. E aguardemos novos desdobramentos.

 
LEIA A REPORTAGEM DO JORNAL O ESTADO DE S PAULO: Desembargadores de MT têm extra de até R$ 274 mil – Política – Estadão (estadao.com.br)
 
 

Lista Com Pretenso Faturamento de Desembargadores Do TJ MT Em Dezembro de 2020 by Enock Cavalcanti on Scribd

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