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Brasil, mostra tua cara

VALÉRIA DEL CUETO – O rolo do VLT de Cuiabá, onde “dizque” se rouba na cara dura, mais ou menos em surdina, mas só se pagar. É surreal um corruptor empregado denunciando o corrompido empregador por… quebra de acordo!

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Desgastada com o blá-bla-blá sobre mensalão, mico pós-olímpico e corrupção no VLT, Valéria Del Cueto, jornalista e cineasta, torce pela chegada da chuva do caju, em Cuiabá, "primeiro sinal de que o clima, um dia - ainda demora? -, vai mudar. Que assim seja na vida. Venham, outros ares, mesmo que tardios, como a chuva benfazeja!"


Papo de maluco?
Valéria del Cueto
É só o que tenho ouvido nos últimos dias. Mensalão, campanha política, mico pós-Olímpico e, pra finalizar a semana, a pedra mais que cantada, o rolo do VLT de Cuiabá/MT. Onde “dizque” se rouba na cara dura, mais ou menos em surdina, mas só se pagar. É surreal um corruptor empregado denunciando o corrompido empregador por… quebra de acordo!
É agosto, gente. E a coisa está tão assim que até a brincadeira recorrente sobre o mês do cachorro louco miou. O dia 13 de agosto, por exemplo, passou batido. A desculpa é que não caiu na sexta-feira, a segundona cravada aliviou um pouco o peso da data.Também ficou sem muito alarde o antes famoso e intensamente praticado “dia do pendura”, 11 de agosto, quando os advogados comemoravam sua efeméride. Tadinhos. Imaginem que antigamente eles iam aos restaurantes, comiam, não bebiam (por que aí é ilegal) e saíam sem pagar a dolorosa.
Mas isso foi antes. Agora, o “pendura” não é mais fashion diante da nossa vil e escandalosa realidade. Quem vai comentar um calote estudantil de alguns reais diante dos milhares de milhões que estão sendo “usufruídos” por quem não tem direito legal e/ou moral (?) a eles, mas mete a mão com a mai-or cara de pau?
De quanto falam as contas analisadas e discutidas atualmente nas sessões no Supremo Tribunal Federal? Qual o valor das propinas distribuídas nababescamente por Carlinhos Cachoeira, o único culpado por uma CPI inteira, em que os fatores Delta, Gama, Alfa, Beta, Omega, Cabral parecem ser apenas uma firula de linguagem (im)popular e protegida pelos rabos presos do poder? O mensalão é àquilo, ou a metro? O dinheiro brota que nem lixeira (a árvore do cerrado que queima e renasce no meio do carvão e das cinzas nas terras castigadas pelo fogo e cobiçadas para alimentar a humanidade) nas mãos limpas e bem lavadas das impolutas raposas encarregadas de tomarem conta do galinheiro. A rinha midiática expõe os egos  dos que tentam provar o fato e dos que tentam esconder os atos, como se ao destrinchar o frango e apresentar apenas a sobrecoxa, a peça  deixasse de ser parte integrante do galináceo em questão.
Na campanha eleitoral o truque é mais baixo ainda: a diminuição do tempo de exposição dos candidatos e suas ideias não permite uma análise profunda dos concorrentes. São  eleições “liquidação das Casas Bahia”. Ou vai ou racha, é agora ou nunca, sem direito a estudar a compra, avaliar os produtos disponíveis nas prateleiras. Cresce o display publicitário, diminui o tempo para expor e discutir propostas. Pra quem, mesmo? Quem sai ganhando? Os que já estão na vitrine ha mais tempo, com propaganda institucional bancada pelo… nosso dinheiro.
Exemplo? O passeio indecente e indecoroso da bandeira Olímpica em solo pátrio. Usada como reles peça de marketing eleitoral dos abusados de plantão. Os bois têm nome: Eduardo Paes, Sérgio Cabral e, por que não? Dilma! Todos botando suas mãos anti-higiênicas e contaminadas no que só é tocado por luvas no resto do mundo. Nem entramos em campo e já temos um caso explícito de desrespeito olímpico! Gente pobre, povo nobre e assim mostramos ao mundo nossa ignorância esportiva. Gritem nas quadras, de vôlei, basquete, tênis, imponham a tentativa antiesportiva de desconcentrar os competidores como um direito e não uma demonstração da nossa falta de EDUCAÇÃO. Essa, temos de sobra, não é presidente(a)? Estudante(a)s desocupados do nosso amado Brasil que o digam.
Normal, num país em que o corruptor denuncia a corrupção por que pagou e não levou… Ou se imagina que alguém daria de graça um projeto de VLT avaliado em 14 milhões? Nada a estranhar, quando o denunciante tem, inclusive, um cargo no gabinete do vice-governador do partido de quem tudo fez para que o BRT se transformasse em VLT. Diga-me com quem…
Falando nisso, onde andará a chuva do caju, primeiro sinal de que o clima, um dia – ainda demora -, vai mudar? Que assim seja na vida. Venham, outros ares, mesmo que tardios, como a chuva benfazeja!
*Valéria del Cueto é jornalista, cineasta e gestora de carnaval. Esta crônica faz parte da série “Parador Cuyabano” do SEM FIM.
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Bilionário mexicano elogia economia brasileira e anuncia investimentos

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O empresário mexicano Carlos Slim, fundador da América Móvil, maior conglomerado de telecomunicações da América Latina, e que controla a operadora Claro, no Brasil, foi recebido nesta sexta-feira (19) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto. Eles conversaram sobre o panorama da economia e investimentos programados para os próximos anos. Um dos homens mais ricos do planeta, Slim tem uma fortuna estimada em quase US$ 100 bilhões, segundo estimativas da revista norte-americana Forbes. Após o encontro com Lula, o empresário elogiou os rumos da economia brasileira.  

“Falamos das economias, como estão, a economia do Brasil, que está cada vez melhor, com a inflação muito reduzida, muitos planos de investimento e o interesse que temos de seguir investindo em telecomunicações”, disse em conversa com jornalistas. 

O mexicano anunciou planos de investimentos para os próximos anos da Claro no Brasil, que prevê aportes de R$ 40 bilhões, especialmente em fibra ótica, internet de alta velocidade e serviços para cidadãos e empresas a partir da tecnologia 5G.

Slim também falou sobre a alta concorrência do mercado brasileiro em telecomunicações e defendeu uma revisão da neutralidade de rede, para que as grandes plataformas de tecnologia, as chamadas big techs, paguem pelo uso intensivo de dados. As quatro maiores big techs do mundo (Apple, Microsoft, Meta e Google) usam, segundo Slim, 70% da rede de tráfego de dados disponibilizada pelas empresas de telecomunicações.  

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“Eu creio que a neutralidade da rede faz com que as grandes empresas, que fazem grandes operações, usem a rede, e seria conveniente que fizessem um pagamento mínimo, que se reverta em benefício ao consumidor, através de mais investimento e menores preços”, defendeu.

Em nota, o Palácio do Planalto informou que o presidente Lula relembrou, na conversa com o empresário, sobre o isolamento internacional que o Brasil viveu no governo anterior e como o país se reinseriu no cenário internacional em 2023, com presença nos principais fóruns e reuniões bilaterais com os principais líderes mundiais.

“Lula relatou o processo de reconstrução do Estado brasileiro a partir da PEC da Transição e da retomada de programas sociais. Reforçou que em 2024 o Brasil vai crescer de novo mais do que o previsto, assim como ocorreu em 2023, com estabilidade e previsibilidade, e falou dos planos de investimento em infraestrutura, que totalizam R$ 1,7 trilhão via Novo PAC nos próximos anos”, diz a nota.

Fonte: EBC Política Nacional

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