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PROCURADOR MAURO: Vejo que as mudanças estruturais prometidas por Mauro Mendes não vieram. Que mudança substancial existiu no transporte coletivo? Nenhuma, os ônibus continuam velhos, sem ar condicionado, o transporte coletivo tocado por empresas sem licitação. A saúde pública basta ver as reportagens que estão aí. O pronto-socorro continua com as pessoas jogadas no chão, pelos corredores. Recentemente mesmo está circulando um vídeo de um paciente agredindo o outro por causa de uma maca. Na verdade, acho que está sendo orquestrada aí é uma jogada de marketing, para que se inicie aí a construção de um novo pronto-socorro, para que durante a campanha possa ser utilizado, que está construindo, que está melhorando, mas na verdade isso deveria ter sido feito logo no início do mandato. Então, vejo que a gestão Mauro Mendes é de faz de contas, só de promessas, só de falar e não cumprir.

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Jogo do Poder

Procurador Mauro, liderança do PSOL

Procurador Mauro, liderança do PSOL


“A gestão Mauro Mendes é de faz de contas, só de promessas, só de falar e não cumprir”
Existe uma caixa preta nessa questão da tarifa do transporte coletivo, porque como o serviço não está licitado, as empresas não tem efetivamente um contrato de administração
VALDEMAR FELIX
CENTRO OESTE POPULAR
 
Já com o nome massificado junto ao eleitor cuiabano, o procurador Mauro César Lara de Barros, ou simplesmente procurador Mauro (Psol), já admite novamente disputar a prefeitura da Capital. Diz que o foco hoje é a estruturação da legenda, mas que seu nome está à disposição para o pleito do próximo ano. Ao analisar a gestão do atual prefeito Mauro Mendes, frisa que não vê avanços, que está baseada apenas em campanha de marketing, necessitando apresentar ações efetivas para a população.
CO Popular – A população de um modo geral conhece o procurador Mauro apenas como candidato. Quem é Mauro Cesar Lara de Barros, que trabalhos desenvolve fora do período eleitoral?
Procurador Mauro – Profissionalmente atuo como procurador da Fazenda Nacional, como membro da advocacia geral da União, que presta consultoria jurídica do Ministério da Fazenda. O meu local de trabalho é ali, próximo ao Shopping Pantanal, no prédio em que é conhecido como prédio da Receita Federal. Então, atuo como procurador da Fazenda, e tenho também uma atuação como músico.
CO Popular – O senhor realiza algum trabalho específico voltado ao atendimento da população?
Procurador Mauro – O trabalho que fazemos na atuação social é o trabalho político. Por exemplo, nós estivemos em Rondonópolis, onde participamos da implantação do Psol no município. Então, temos uma atuação forte no Estado, dessa implantação do partido em Mato Grosso, de reuniões com militantes e com filiados.
CO Popular – No próximo ano acontecem as eleições municipais, e o nome do senhor novamente se destaca como pré-candidato a prefeito. Tem a intenção de disputar o cargo?
Procurador Mauro – Na verdade, nosso partido está nesse trabalho de estruturação nos municípios. O Psol tem como meta lançar o máximo de candidatos possíveis, tanto para vereador como para prefeito, as discussões estão em andamento no partido quanto às candidaturas a prefeito e a vereador e ainda não tem uma definição de nomes. Essa definição ficará mesmo para o ano de 2016.
CO Popular – Mas o senhor coloca o seu nome à disposição do partido?
Procurador Mauro – Com certeza, meu nome está à disposição.
CO Popular – Nas últimas eleições o senhor teve mais de 84 mil votos, mas não se elegeu. Nas próximas eleições, o senhor pensa em migrar para outra legenda, de maior densidade eleitoral?
Procurador Mauro – De forma alguma. Entendemos que o defeito ali não foi do partido. O defeito foi do sistema, que permite que esse tipo de coisa aconteça. Então, não cogitamos a troca de partido.
CO Popular – E qual o trabalho que vem sendo realizado para fortalecer a legenda no Estado, não só visando as eleições municipais, como também o pleito de 2018?
Procurador Mauro – A gente tem feito um trabalho de visitas em universidades, feito panfletagens em alguns municípios do interior, para trazer essas pessoas para o partido, para que entrem em contato com o Psol pelo e-mail, pelo site. A gente vai, faz as visitas, e graças a Deus está havendo uma procura boa, de pessoas que querem vir somar com o Psol nesse projeto. É um trabalho difícil, porque é um partido com pouquíssimos recursos, que não é um partido de posses, e muita gente quer ir para um partido que tenha recursos, e a gente faz um trabalho diferenciado; as pessoas que estão vindo não têm essa quantidade tão grande, mas estão comparecendo muitas pessoas que querem se filiar ao Psol.
CO Popular – Nas últimas eleições o Psol lançou chapa pura, o que foi analisado por alguns como uma atitude radical. No próximo pleito, o partido pensa em coligações, ou trabalha com o mesmo projeto político?
Procurador Mauro – A tendência é que o Psol caminhe sozinho novamente. Ideologicamente, o Psol é contra as coligações, porque o partido é uma agremiação de pessoas que busca chegar ao poder para implantar o seu programa. Na verdade, creio que essas coligações deturpam a ideia do partido, então, no Psol as hipóteses de coligações são bem restritas e em Mato Grosso quase que inexistentes. Mas em alguns Estados o partido faz uma ou outra coligação, de maneira bem restrita, mas aqui em Mato Grosso a tendência é que o partido caminhe sozinho.
CO Popular – Mas o senhor não acredita que isso vai dificultar a eleição dos candidatos da legenda?
Procurador Mauro – O trabalho do partido é um trabalho de construção. Acho que o objetivo não é obter facilidades. Por exemplo, se tivéssemos uma coligação poderíamos estar eleito para deputado federal, mas a que preço? Ao preço de perder os princípios, as ideais, de estar flexibilizando no que você acredita. Acho que o não coligar, o não estar junto com quem a gente acha que não defende as mesmas idéias que a gente, é um preço que se paga, mesmo com as dificuldades nas eleições.
CO Popular – O prefeito Mauro Mendes está na reta final do mandato. Qual a avaliação o senhor faz da atual gestão?
Procurador Mauro – Vejo que as mudanças estruturais prometidas durante a campanha não vieram. Basta ver alguns pontos importantes, por exemplo, que mudança substancial existiu no transporte coletivo? Nenhuma, os ônibus continuam velhos, sem ar condicionado, os abrigos nas paradas de ônibus praticamente inexistentes, o transporte coletivo tocado por empresas sem licitação. A saúde pública basta ver as reportagens que estão aí. O pronto-socorro continua com as pessoas jogadas no chão, pelos corredores. Recentemente mesmo está circulando um vídeo de um paciente agredindo o outro por causa de uma maca. Na verdade, acho que está sendo orquestrada aí é uma jogada de marketing, para que se inicie aí a construção de um novo pronto-socorro, para que durante a campanha possa ser utilizado, que está construindo, que está melhorando, mas na verdade isso deveria ter sido feito logo no início do mandato, e deveria estar funcionando.
E outras obras prometidas, que já saíram diversas reportagens, o Parque das Águas, a revitalização do Porto, nada saiu do papel. Então, vejo que a gestão Mauro Mendes é de faz de contas, só de promessas, só de falar e não cumprir.
CO Popular – No setor de saúde, o prefeito prometeu um novo pronto-socorro, que deverá ficar pronto graças ao auxílio do Estado. O senhor acredita que essa nova unidade de saúde resolverá o problema do setor?
Procurador Mauro – Na verdade, o problema da saúde em Cuiabá ele não é só estrutural. O Governo do Estado está alegando que está colocando recursos para que o pronto-socorro seja construído. Mas entendo que os problemas da saúde não resolvem é por uma questão de prioridade. Fala-se que vão ser gastos R$ 77 milhões nesse novo pronto-socorro, sendo que o orçamento do município de Cuiabá é de quase R$ 2 bilhões por ano, quer dizer, existe muito recurso. Só Cuiabá sozinha conseguiria tocar as obras. Na verdade, o problema da saúde não será solucionado só com um novo pronto-socorro, e sim tem que se enfrentar todo problema de reestruturação das carreiras de profissionais, da saúde, tanto médicos como enfermeiros, auxiliares, e tratar a saúde realmente como prioridade, e não tratar a saúde como questão a ser resolvida e que a população fique esperando para o próximo mês, para o próximo ano.
CO Popular – No setor de infraestrutura, o prefeito lançou o programa Novos Caminhos. Na opinião do senhor, esse programa está cumprindo com os objetivos, ou apenas é uma continuidade do Poeira Zero do Chico Galindo?
Procurador Mauro – A prefeitura, independente do prefeito, sempre vai ter um programa de asfaltamento, e esse Novos Caminhos é só uma sequência do Poeira Zero, mas o que se vê é apenas uma atuação essencialmente midiática. É placa, é mexe aqui, mexe ali, mas as obras mesmo não saem, e quando sai alguma coisa não tem qualidade. Existem muitos bairros que se encontram esburacados, a quantidade de asfalto que foi prometido na campanha não está sendo cumprido, então, é uma atuação apenas com objetivo de enganar a população para dizer que está sendo feito alguma coisa, quando na verdade não está.
CO Popular – Então a prefeitura também está pecando na fiscalização das obras.
Procurador Mauro – Com certeza. Você vê aí que algumas coisas são desavergonhadas em
Cuiabá. As pessoas que ganharam a licitação aqui para a construção do novo pronto-socorro são ligadas ao prefeito, por laços de amizade ou por laços negociais, e esse tipo de coisa impede até mesmo a fiscalização. Nessas obras normais que estão acontecendo aí, você vê que são obras de baixa qualidade, onde as obras são feitas hoje e amanhã já estão desmanchando, ou seja, é um problema da falta de fiscalização da prefeitura.
Outro problema da falta de fiscalização é a CAB Ambiental. Os contratos não estão sendo cumpridos. O contrato que o ex-prefeito Chico Galindo fez já foi entregar o patrimônio público de bandeja da Sanecap para a CAB, mediante alguns compromissos, que não foram cumpridos e não tem nenhuma ação da prefeitura. Esses contratos já poderiam ter sido rescindidos há muito tempo, e a prefeitura não toma as providências, e acreditamos que seja mesmo essa falta de vontade política, falta de vontade de resolver os problemas da população.
CO Popular – Hoje, na opinião do senhor, qual o principal problema do município?
Procurador Mauro – Baseado no que a gente conversa com a população nos bairros, continua sendo a questão da saúde pública. Quem tem a infelicidade de precisar de um atendimento na saúde, de uma internação, de uma UTI, sendo que inúmeras pessoas continuam morrendo por falta de vaga nas UTIs, por falta de operações, por falta de exames, quer dizer, a gente sente que o principal problema hoje no município é essa questão da saúde pública.
CO Popular – O transporte coletivo na capital é sempre alvo de reclamações, e a prefeitura não realiza licitação no setor. O que o senhor acha que deveria ser feito para melhorar o transporte coletivo em Cuiabá?
Procurador Mauro – Na verdade, para qualquer acadêmico de Direito, quando se fala que o serviço público de transporte coletivo em Cuiabá é realizado sem licitação, o estudante fica até em dúvida, fala e o que estudei? Para você prestar um serviço público para o município, para o Estado, para a União, você precisa da licitação. É uma coisa totalmente absurda você saber que as empresas estão tocando aí esses serviços sem nenhum tipo de controle. Na verdade, o controle de transporte, da quantidade de passageiros, do valor da tarifa, dos insumos, tudo está nas mãos das empresas, e a prefeitura sem nenhum controle. As empresas atuam como se elas fossem donas do serviço, quando na verdade, quem é dona do serviço é o povo, através do município. A prefeitura fica adiando, adiando, e é um serviço extremamente lucrativo.
Se fizesse uma licitação, muitas empresas poderiam comparecer, propondo um serviço de muito melhor qualidade. A proposta do Psol é que o município assuma o serviço, através da criação de uma empresa de transporte coletivo. Existem muitos municípios e Estados que tocam o transporte coletivo através de empresas municipais, porque é um serviço que tem uma rentabilidade muito grande, quer dizer, você tem como reverter o valor das tarifas do transporte coletivo para investimentos no próprio sistema.
CO Popular – Cuiabá tem uma das tarifas do transporte coletivo mais caras do país, e a prefeitura sempre justifica o aumento devido ao passe livre estudantil. Essa justificativa é válida para o senhor?
Procurador Mauro – Creio que isso é apenas uma desculpa para tentar justificar sempre essa questão do aumento da tarifa. Na verdade, existe uma caixa preta nessa questão da tarifa do transporte coletivo, porque como o serviço não está licitado, as empresas não tem efetivamente um contrato de administração que venham com a previsão de tudo, sempre se fica com uma desculpa aqui, uma desculpa ali, para justificar esse aumento, quando na verdade, deveria abrir todos esses dados. Por exemplo, essa alegação do município nunca vem acompanhada de dados efetivos de como é que está essa tarifa, quanto é esse valor dos estudantes da rede estadual que está impactando na tarifa. Na verdade, é sempre uma alegação genérica, vejo isso aí apenas como uma desculpa, uma cortina de fumaça para tentar justificar sempre esse aumento.
CO Popular – Na questão das obras da copa, o senhor não crê que faltou maior pressão por parte da prefeitura junto ao governo do estado para que houvesse a conclusão das mesmas?
Procurador Mauro – Realmente, a prefeitura poderia ter feito uma cobrança mais incisiva, mas acho que a maior ausência de cobrança foi por parte dos órgãos de controle. Você tinha os órgãos ali alegadamente controlando, o Tribunal de Contas, o Ministério Público, todos acompanhando as obras, e foram feitos pagamentos bilionários, como no caso do VLT, e onde estava o Tribunal de Contas, o Ministério Público para acompanhar se esses pagamentos tinham como referência esses serviços prestados ou não. Foi pago, para exemplificar o caso do VLT, um valor bilionário e as obras praticamente inexistentes, então, como é que isso aconteceu? Acho que faltou uma atuação muito forte dos órgãos de controle principalmente, porque o município poderia cobrar, estar acompanhando, mas o município é muito menor em relação ao Estado, ao poderio político do Estado.

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No dia do servidor público, comunidade da UFMT alerta população sobre a PEC 32 e cobra deputados

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Adufmat cobra compromissos dos parlamentares que representam o povo trabalhador de Mato Grosso

Já faz mais de um ano que os servidores públicos federais, estaduais e municipais denunciam a elaboração de mais um forte e perigoso ataque contra os direitos constitucionais. O Governo Federal queria aprovar sua proposta de Reforma Administrativa (PEC 32) em agosto deste ano, mas devido à gravidade da pauta e a pressão de sindicatos e movimentos sociais, tem encontrado dificuldades para conseguir os 308 votos necessários.

Nessa quinta-feira, 28/10, Dia do Servidor Público, a comunidade acadêmica da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), representada pelos sindicatos dos docentes, técnicos-administrativos e estudantes – Adufmat-Ssind, Sintuf/MT e DCE, respectivamente -, fez mais uma intervenção: encheu de faixas as grades da universidade para denunciar o ataque e cobrar os parlamentares mato-grossenses.

Há seis semanas servidores de todo o país fazem vigília em Brasília para demonstrar aos parlamentares que a população é contrária à PEC 32, porque sabe que será prejudicada. A Adufmat-Ssind já realizou diversas atividade nesse sentido. Publicou uma cartilha elencando os malefícios da PEC 32 para os servidores e para a sociedade como um todo (clique aqui para acessar), organizou atos e campanhas nas ruas, redes sociais, emissoras de TV e rádio, lives, além de uma série de programas com a personagem Almerinda para dialogar com a população sobre o assunto.

Leia Também:  ADVOGADO SEBASTIÃO CARLOS: O lulopetismo foi hábil, isto sim, em propaganda. Criou frases e slogans. Conseguiu transformar a falácia em alimento cotidiano do governo e fez da hipocrisia a moeda comum e mais usual da política. Assim, enganou a tantos, por tanto tempo. Com esse objetivo, criou o lema - “nunca antes na história deste país” - repetido à exaustão. Um arrematado exemplo de arrogância, sem dúvida.

A PEC 32 é a terceira proposta de Reforma Administrativa desde a promulgação da Constituição de 1988 e, desta vez, tem como objetivo precarizar os contratos dos trabalhadores, colocando os servidores públicos em condição de maior fragilidade e permitindo todo tipo de barganha com os cargos públicos. Também pretende introduzir o princípio de subsidiariedade, no qual o Estado atua como um igual, e não como um ente superior ao setor privado e conceder superpoderes ao presidente da República, que passaria a poder destruir instituições e autarquias com apenas uma canetada.

A justificativa mentirosa utilizada pelos governantes para aprovar a PEC 32 seria acabar com privilégios de servidores. No entanto, políticos, militares de alta patente e o alto escalão do Poder Judiciário, exatamente aqueles que recebem salários exorbitantes, ficarão de fora da Reforma. Ela tingirá, apenas, os servidores que recebem os menores salários, em sua maioria, os que estão em contato direto com a população usuária dos serviços públicos.

O Governo também mente sobre os reflexos da reforma para os atuais servidores federais, estaduais e municipais. Além de já receberem os piores salários e enfrentarem ambientes de trabalhos precarizados, esses servidores correm o risco de sofrer redução de salários e carga horária de trabalho em até 25%.

Leia Também:  Aparece o homem-bomba da CPI: Pagot

Para o diretor geral da Adufmat-Ssind, professor Reginaldo Araújo, a data é mais uma grande oportunidade para “chamar a atenção da população sobre os ataques da PEC 32 e cobrar os deputados, lembrando que aqueles que atacam a população dessa forma costumam não ser reeleitos, a exemplo da última Reforma da Previdência”.

Até o momento, os deputados mato-grossenses que se declararam contrários à PEC 32 são: Rosa Neide (PT), Emanuelzinho (PTB), Leonardo (SDD), Carlos Bezerra (MDB) e Juarez Costa (MDB). Os deputados que ainda se mostram favoráveis à proposta são Neri Gueller (PP), Nelson Barbudo (PSL) e José Medeiros (PODE).

Protesto na UFMT contra PEC 32

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