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As lutas do povo trabalhador

PCdoB e PT querem projeto unitário em 2018 em Mato Grosso

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As lutas do povo trabalhador

PT e PC do B se encontram

 
Integrantes dos Grupos de Trabalho Eleitoral do Partido dos Trabalhadores e do Partido Comunista do Brasil, com presença da Professora Maria Lúcia, ex-reitora da UFMT e pré candidata a senadora pelo PCdoB, reuniram-se no Gabinete do deputado Valdir Barranco, presidente do PT, para avaliar a conjuntura política estadual e traçar caminhos visando as eleições de 2018. A reunião ainda contou com as presenças de Nelson Borges, Dejany Cristina, Professora Rosaneide, Edilson, pelo PT, e Miranda Muniz, secretário geral do PCdoB.
 
O presidente do PT ressaltou que a prisão do Lula e a tentativa de lhe retirar da disputa eleitoral, “levou o PT a tomar uma decisão, na última reunião, de ser mais ofensivo, inclusive não descartando o lançamento de candidaturas ao Governo e ao Senado da República”. Na sua avaliação, seria fundamental a unidade das forças democráticas e populares, destacando que o PCdoB tem um nome para o Senado muito consistente e que a Professora Maria Lúcia “goza de grande apoio e entusiasmo da militância petista e de outros setores populares”.
 
Já o secretário geral do PCdoB/MT, Miranda Muniz, afirmou que tem grande esperança de que os partidos que compõe o Bloco do campo popular (PT, PCdoB, PDT, PSB e PSOL) “possam superar divergências pontuais e marchar unidos nacionalmente no pleito de 2018, tendo como objetivo central resgatar a democracia, impedir o desmonte da nação e resguardar os direitos do povo, em especial, dos trabalhadores e trabalhadoras.”
 
Na visão da Professora Maria Lúcia “há um espaço importante a ser ocupado e de forma alguma podemos deixar que políticas públicas importantes desenvolvidas durante os governos Lula e Dilma sejam interrompidas pois isso significaria deixar desamparado um contingente grande formado pelas pessoas mais vulneráveis.” Ressaltou ainda a necessidade da construção de um Novo Projeto de Desenvolvimento para o Estado “pois não podemos aceitar que o Estado que apresenta o maior índice de crescimento econômico, ocupe posição abaixo da média nacional no ranking do desenvolvimento humano. Um desenvolvimento justo precisa compatibilizar o crescimento econômico com a distribuição de renda, beneficiando o conjunto da população”.
 
Já o secretário geral do PT, Nelson Borges destacou a necessidade de intensificar diálogo com outros partidos do campo democrático e popular sem, no entanto, fechar conversações com outras agremiações que se coloquem no campo da oposição ao Governo Pedro Taques e que “tenham concordância com um plano de desenvolvimento para o Estado que harmonize desenvolvimento econômico, desenvolvimento humano, distribuição de renda e justiça social.”
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Alguma coisa está fora da ordem

RICARDO BERTOLINI: Inflação alta, salário mínimo desvalorizado e tributação injusta

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Inflação alta, salário mínimo desvalorizado e tributação injusta

Ricardo Bertolini

A política de valorização do Salário Mínimo, que vigorou de 2011 a 2019, tinha a missão de repassar uma parcela da riqueza nacional aos trabalhadores de baixa renda, e que consequentemente, recebem Salário Mínimo. Nesse período, o governo assumiu o compromisso de reajustar o Salário Mínimo de acordo com o índice inflacionário oficial, acrescido do percentual de variação positiva do Produto Interno Bruto – PIB, que é a soma de todas as riquezas produzidas pelo país;

Essa promessa de valorização do Salário Mínimo foi abandonada pelo governo, no entanto esperava-se a manutenção do compromisso de reajustar o Salário Mínimo de acordo com a variação do índice inflacionário oficial;

Dados divulgados pelo IBGE, nos dão conta que a inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), no período de 2020, fechou com alta de 4,52%. Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), utilizado para reajustar o Salário Mínimo registrou alta de 5,45%;

No entanto, o governo reajustou o Salário Mínimo para R$ 1.100,00, aplicando índice de 5,26%. Em outras palavras, o reajuste do Salário Mínimo não cobre nem a inflação oficial;

Segundo dados levantados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – DIEESE, com um Salário Mínimo é possível comprar cerca de 1,58 cestas básicas, que custam, em média, R$ 696,70, composta por 13 itens alimentícios, base para cálculo do Salário Mínimo, necessário para sobrevivência de um trabalhador e de sua família. O valor é considerado o pior Salário Mínimo dos últimos 15 anos, justamente pelo menor poder de compra de alimentos, que variaram 14,09% contra os 5,26% de reajuste concedido para o mesmo período;

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Segundo o DIEESE, o valor do Salário Mínimo deveria ser de R$ 5.304,90, para uma família de 4 pessoas, dois adultos e duas crianças. No entanto, nem o governo nem a iniciativa privada se dizem capazes de garantir ou mesmo suportar valores nesses patamares;

Não é demais enfatizar que, para as famílias de baixa renda, os efeitos da inflação são sentidos com mais intensidade. Vejamos os exemplos das altas do óleo de soja e o arroz, que para o mesmo período, tiveram aumentos de 103% e 76% respectivamente;

Não bastasse as perdas inflacionárias e a redução do Salário Mínimo, a tributação injusta também afeta os mais pobres. Veja a tabela do Imposto de Renda Pessoa Física – IRPF, por exemplo: a não correção da tabela de tributação da renda gerou uma cobrança de imposto de renda acima da inflação de 103% dos trabalhadores. Segundo estudos do SINDIFISCO NACIONAL, no período compreendido entre 1996 e 2020, o IPCA acumulou alta de 346,69% e a tabela de Imposto de Renda foi reajustada em 109,63%. Em 24 anos, somente nos anos de 2002, 2005, 2006, 2007 e 2009 a correção da tabela ficou acima da inflação, sendo que a última atualização aconteceu em 2015. Com essa política de não atualização da tabela, salários a partir de R$ 1.903,98 já pagam imposto de renda;

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Se a tabela do imposto de renda fosse reajustada conforme a inflação oficial, ganhos até R$ 4.022,89 não pagariam o imposto. Segundo dados da Receita Federal do Brasil – RFB, o número de declarantes isentos seriam mais de 21,5 milhões de pessoas, dobrando o número atual;

E ainda tem a questão da tributação centrada no consumo, o que faz com que as famílias de menor renda, paguem mais impostos proporcionalmente, do que as famílias das classes mais altas e maior potencial econômico;

Cancelamentos de matrículas, migração para ensino público, perdas de planos de saúde, trabalhos informais e aumento de número de desempregados, contribuirá para formação de uma enorme demanda social, pois os brasileiros estão mais pobres, sem empregos dignos e alimentação superonerosa;

Analisando esse cenário, chegamos à conclusão que estamos caminhando para obter o resultado da seguinte equação:

Inflação alta

+

Salário Mínimo desvalorizado

+

Tributação injusta

=

Aumento da Desigualdade Social.

Ricardo Bertolini, Fiscal de Tributos Estaduais, diretor da FENAFISCO – Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital e do SINDIFISCO-MT

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