Jogo do Poder
Melhores momentos de Pedro Taques, até agora, aconteceram quando deixou de frescura e atuou como vereador, brigador de rua. Disse que Pedro Henry, secretário de Saúde, devia estar preso. E que tentativa de Chico Galindo de privatizar Sanecap é picaretagem
Jogo do Poder
Em recente reunião que manteve com militantes do Moral – Movimento Organizado pela Moralidade Pública e Cidadania, o cidadão Pedro Taques, que já foi procurador da República e agora é senador, em Brasilia, para onde foi eleito com mais de 700 mil votos, disse, em certa altura, que não se sentiu animado, até agora, para falar sobre a corrupção na Assembléia Legislativa de Mato Grosso porque "o Riva é muito pequeno para mim, que agora tenho a responsabilidade de atuar no Senado, de falar para todo o Brasil". Talvez ele não tenha dito exatamente estas palavras, mas foi por aí.
E Pedro Taques, realmente, vem evitando falar de Riva e dos muitos processos que cercam o gerenciamento da Assembléia – mesmo sabendo-se que foi por ação dele, Pedro Taques, que essees processos contra Riva se tornaram possiveis. E que Riva, a serem verdadeiras todas as acusações que contra ele são apresentadas pelo Ministério Público, é um político que não faz bem à saúde democrática de nosso Estado. E para corroborar ainda a opinião deste humilde blogueiro, temos também as duas condenações por corrupção eleitoral que o TRE-MT fixou contra Riva.
Eu, pessoalmente, acho que, diante da Ong Moral, o senador Pedro Taques adotou uma atitude pernóstica, estreita, cabotina, já que entendo que quem pretende travar o combate contra a corrupção em Mato Grosso não pode deixar de contextualizar a história deste politico, o deputado Geraldo Riva, que é o parlamentar mais processado de Mato Grosso. Um deputado que, apesar de muito processado, conta com uma forte base parlamentar e popular, talvez porque não se fale diuturnamente sobre seus possíveis crimes.
Mas vejam que o mesmo Pedro Taques que, na reunião contra o Moral avaliava que Riva é "muito pequeno" para ele, esta semana brilhou em Cuiabá quando resolveu ir à Câmara de Cuiabá participar da audiencia publica sobre a possível privatização da Sanecap. Pedro Taques chegou ali chutando o pau da barraca e dizendo que a proposta que a Prefeitura mais uma vez está levantando, de privatizar a Sanecap, lhe cheira a picaretagem.
Ao participar do encontro e meter o pau na proposta do governo Galindo, Pedro Taques talvez possa avaliar, caso mantenha uma visão estreita, pernóstica, cabotina, que acabou atuando como um vereador, que desceu da sua pretensa majestade de senador. Eu faço uma avaliação diferente. Na verdade, ao comparecer àquele ato, avalio eu, Pedro Taques colocou seu mandato de senador da República a serviço dos interesses da maioria de nossa população, que não quer que água potável, em nossa capital, vire mera mercadoria nas mãos de um empresário qualquer.
Pedro Taques falou pelos muitos que não podem ou não conseguem falar. Ele deu um tom, na abordagem da questão, que traduz o posicionamento coletivo, certamente, daqueles que o elegeram. Ele não se apequenou, pelo contrário, se agigantou, atuando fora da tribuna do Senado mas no meio do povo. Seu posicionamento será, certamente, uma referencia para politicos, para a mídia, e para o conjunto da população, daqui para a frente, desde que ele continue a ecoar sua fala por Cuiabá afora e avance no detalhamento desta picaretagem, detalhamento que talvez só ele, entre os políticos de Mato Grosso, tenha condição de fazer. É assim que "de repente é aquela corrente pra frente", de que falava o genial Miguel Gustavo, naquela marchinha que sacudiu o Brasil na Copa do Mundo de 1970.
Nesta mesma semana, Pedro Taques se envolveu em mais um debate com o deputado federal licenciado e atual secretário de saúde do Estado, Pedro Henry. Com um discurso monotemático, Pedro Taques ao se mostrar contrário a entrega de hospitais publicos a Organizações Sociais, insinuou suspeitar de corrupção no setor. "Privatizar a Saúde Pública cheira picaretagem" – disparou Pedro Taques em entrevista a Rádio CBN. Já se viu que tudo que não agrada ao baixinho Pedro Taques é picaretagem. Sua assessoria talvez devesse ilustrar o seu discurso com outros adjetivos mas o fato é que a disputa com Pedro Henry rendeu: irritado com as declarações do senador, Pedro Henry rebateu, pelos microfones da mesma CBN, que está havendo o processo de parcerias para melhorar e modernizar a gestão na Saúde. "Este senhor está usando os meios de comunicação para distorcer os fatos. O grande picareta desta história chama-se Pedro Taques", esfaqueou Pedro Henry. Henry disse ainda que Taques faz suas observações de forma irresponsável e anti-democrática. "Ele não respeita o povo que o elegeu. Lamentavelmente, ele fará um mandato do tamanho de sua estatura", bombardeou. Em tréplica, Taques voltou a criticar e acusar o secretário, lembrando dos processos que Pedro Henry responde. "O Pedro Henry era para estar preso", atacou.
Quer dizer, a minha humilde opinião é que Pedro Taques precisa deixar de ser pernóstico, cabotino e não ter medo de atuar, vez por outra, como vereador, como deputado estadual, como sindico de edificio, como guarda de esquina, como presidente de bairro, desde que isso se faça necessário para que ele defenda os interesses maiores e superiores de nosso povo, arrostando e fulanizando todas as situações de risco que ameaçarem nossa cidadania. Pedro Taques precisa ter essa coragem, esse discernimento, para que seu mandato de senador não seja pequeno, como pragueja o Pedro Henry e não se confunda com o mandato de senador de um blairo maggi, de um jayme campos qualquer. Pedro Taques precisa compreender que, além das belas propostas legislativas, há que se fazer uma intensa agitação política para se levantar esse Brasil e nosso povo, "deitado eternamente em berço esplêndido".


Jogo do Poder
No dia do servidor público, comunidade da UFMT alerta população sobre a PEC 32 e cobra deputados


Adufmat cobra compromissos dos parlamentares que representam o povo trabalhador de Mato Grosso
Já faz mais de um ano que os servidores públicos federais, estaduais e municipais denunciam a elaboração de mais um forte e perigoso ataque contra os direitos constitucionais. O Governo Federal queria aprovar sua proposta de Reforma Administrativa (PEC 32) em agosto deste ano, mas devido à gravidade da pauta e a pressão de sindicatos e movimentos sociais, tem encontrado dificuldades para conseguir os 308 votos necessários.
Nessa quinta-feira, 28/10, Dia do Servidor Público, a comunidade acadêmica da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), representada pelos sindicatos dos docentes, técnicos-administrativos e estudantes – Adufmat-Ssind, Sintuf/MT e DCE, respectivamente -, fez mais uma intervenção: encheu de faixas as grades da universidade para denunciar o ataque e cobrar os parlamentares mato-grossenses.
Há seis semanas servidores de todo o país fazem vigília em Brasília para demonstrar aos parlamentares que a população é contrária à PEC 32, porque sabe que será prejudicada. A Adufmat-Ssind já realizou diversas atividade nesse sentido. Publicou uma cartilha elencando os malefícios da PEC 32 para os servidores e para a sociedade como um todo (clique aqui para acessar), organizou atos e campanhas nas ruas, redes sociais, emissoras de TV e rádio, lives, além de uma série de programas com a personagem Almerinda para dialogar com a população sobre o assunto.
A PEC 32 é a terceira proposta de Reforma Administrativa desde a promulgação da Constituição de 1988 e, desta vez, tem como objetivo precarizar os contratos dos trabalhadores, colocando os servidores públicos em condição de maior fragilidade e permitindo todo tipo de barganha com os cargos públicos. Também pretende introduzir o princípio de subsidiariedade, no qual o Estado atua como um igual, e não como um ente superior ao setor privado e conceder superpoderes ao presidente da República, que passaria a poder destruir instituições e autarquias com apenas uma canetada.
A justificativa mentirosa utilizada pelos governantes para aprovar a PEC 32 seria acabar com privilégios de servidores. No entanto, políticos, militares de alta patente e o alto escalão do Poder Judiciário, exatamente aqueles que recebem salários exorbitantes, ficarão de fora da Reforma. Ela tingirá, apenas, os servidores que recebem os menores salários, em sua maioria, os que estão em contato direto com a população usuária dos serviços públicos.
O Governo também mente sobre os reflexos da reforma para os atuais servidores federais, estaduais e municipais. Além de já receberem os piores salários e enfrentarem ambientes de trabalhos precarizados, esses servidores correm o risco de sofrer redução de salários e carga horária de trabalho em até 25%.
Para o diretor geral da Adufmat-Ssind, professor Reginaldo Araújo, a data é mais uma grande oportunidade para “chamar a atenção da população sobre os ataques da PEC 32 e cobrar os deputados, lembrando que aqueles que atacam a população dessa forma costumam não ser reeleitos, a exemplo da última Reforma da Previdência”.
Até o momento, os deputados mato-grossenses que se declararam contrários à PEC 32 são: Rosa Neide (PT), Emanuelzinho (PTB), Leonardo (SDD), Carlos Bezerra (MDB) e Juarez Costa (MDB). Os deputados que ainda se mostram favoráveis à proposta são Neri Gueller (PP), Nelson Barbudo (PSL) e José Medeiros (PODE).

Protesto na UFMT contra PEC 32
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