ITAMAR PERENHA: Poucos vereadores da Câmara de Cuiabá escapam de degradação moral e obtenção de vantagens pessoais com o cargo. A nova denúncia levada ao Ministério Público contem gravações, circunstâncias e local e revela que o vereador Julio Pinheiro, na condição de presidente da Câmara Municipal na gestão Chico Galindo, teria patrocinado fraude legislativa. Espera-se que, com a fartura de elementos, o Ministério Público consiga prover a Justiça com elementos capazes de promover a penalização de escroques detentores de mandatos e os respectivos corruptores. O “vertedouro” jorrou valores que superam os R$ 500 mil
Júlio Pinheiro, vereador que vem se mantendo na crista da onda há muito tempo. Foi secretário com Wilson Santos, presidente do Legislativo pós-Deucimar com Chico Galindo e, agora, novamente, presidente dos vereadores pós- João Emanuel com Mauro Mendes
CASA DOS HORRORES
Propina, mensalinho e fraude legislativa
Poucos vereadores escapam de degradaçao moral e obtenção de vantagens pessoais com o cargo
Itamar Perenha / Cuiabá-MT
TURMA DO EPA
A denúncia levada ao Ministério Público Estadual, por enquanto, é anônima. O conteúdo do que está sujeito à análise do MPE, no entanto, tem grau de combustão bem superior à “Operação Aprendiz” e a “aulinha de corrupção” vazada para a internet e, agora, base do processo de cassação a que vem sendo submetido o vereador João Emanuel (PSD).
Julio Pinheiro, na condição de presidente da Câmara Municipal na gestão Chico Galindo, teria patrocinado fraude legislativa ao aprovar a toque de caixa e sem os devidos trâmites, créditos suplementares no valor de R$ 346 milhões para atender a mensagem proposta pelo ex-prefeito com dificuldades de fechar “despesas x orçamento”. O atual presidente da Câmara nega qualquer irregularidade e reafirma que a tramitação das mensagens seguiu procedimento regimental.
Claro, também, que o vereador reconduzido à condição de presidente atual do Legislativo por sua experiência, não praticou a fraude legislativa sozinho. Teve colaboração generosa de colegas em fim de mandato e sequiosos por obséquios capazes de engordar as contribuições de campanha.
Chico Galindo (PTB), antes de passar o governo para Mauro Mendes (PSB), teria participado de um “ajuste de contas” que passou desapercebido para todo mundo na época e, agora, pode se transformar em novo caso de polícia. A tentativa do ex-prefeito de voltar à Assembleia Legislativa como deputado estadual pode ser abalada pelas novas investigações – bem como a sua parceria eleitoral com o ex-procurador da República e atual senador Pedro Taques
A “captação” antecipada de recursos para campanhas de deputado
A denúncia levada ao Ministério Público contem gravações, circunstâncias e local, capazes de prover elementos para uma investigação preliminar e destas a instauração de quantos procedimentos se revelem necessários para esclarecer tanto o propinoduto patrocinado por uma empreiteira que brindava os “vereadores do peito” com valores variando entre R$ 8.000,00 e R$ 15.000,00 numa criteriosa avaliação da importância política de cada um.
O “vertedouro” jorrou valores que superam os R$ 500.000,00 que proporcionaram alguns prazeres e a aquisição de veículos para alguns que deram início à preparação da futura campanha com maior profusão de meios e acesso privilegiado a uma fonte de recursos tão mais generosa quanto se avizinha o pleito eleitoral.
A captação das imagens foi feita com um instrumento comum e disponível para compras na internet: as “canetas-espiãs” capazes de prover som e imagem com definição suficiente e, tudo indica, que foram utilizadas mais de uma caneta para a tarefa.
Tentativas de extorsão e restauração da decência
A moral de rés de chão de boa parte dos vereadores chancela o apelido da Câmara, notabilizada por ser a “Casa dos Horrores” tantos os casos de corrupção e até de tentativas de suborno, estes, agora sendo contabilizados à esbórnia geral.
Espera-se que, com a fartura de elementos, o Ministério Público consiga prover a Justiça com elementos capazes de promover a penalização de escroques detentores de mandatos e os respectivos corruptores para que os negócios públicos sejam conduzidos com o mínimo de decência.
Há franca torcida para que os indícios apontados sejam robustecidos para constituirem provas convincentes e que desemboquem em processos capazes de promover a restauração da moralidade pública, tão seriamente atingida pela falta de escrúpulos de quem faz da vida pública mero instrumento para abreviar a conquista da própria fortuna.
Itamar Perenha é jornalista e editor do saite Turma do Epa
Vale lembrarmos que Antonio Cavalcante Filho, o Ceará do MCCE, se engasgou todo sobre essa denúncia e não balbuciou e nem murmurou coisa alguma a respeito. Silêncio absoluto. Ai fico aqui com meus botões, matutando e buscando alguma luz sobre tudo isso e, principalmente, acerca do silêncio dos sempre mais afoitos e falantes, em se tratando de corrupção, malfeitos e vida alheia. E algumas perguntas surgem naturalmente. Será que o silêncio de Ceará tem explicação no fato de Júlio Pinheiro, hoje, ser companheiro de partido de Serys Marli, no PTB da Ivete Vargas? (Não estou tratando do PTB de Jango e Brizola). Afinal, Ceará sempre orbitou em torno de Serys. É… a vida prega cada peça. Nesse labirinto político em que muitos adentram sem muita cautela, existem tantas armadilhas e dificuldades que, muitas vezes, alguns preferem se calar perplexos diante do espetáculo das contradições e inconsistências de suas frágeis movimentações políticas que levam cada vez mais para longe de uma saída honrosa e digna. Vamos aguardar os acontecimentos e as explicações. Mas esse silêncio é ensurdecedor e demonstra o grau de deterioração da política desta Província de Mato Grosso e deste Arraial da Forquilha. Mas mudando de saco prá mala… e o MP? Parece que tem cor, lado e candidato. Será? Perigosíssimo, não?
Ironia é ver o Enock repercutindo artigo de Itamar Perenha que deixou o ‘exército’ para ser soldado do hamster rato chefe professor do aprendiz. E essa denúncia do hamster só veio à tona porque ele sabe bem que pode atingir o prefeito atual e não o parceiro de diplomas que entupiu a assembleia de vermes. MPE não vai entrar na briga interna da máfia…afinal, o soldado por lá é um glutão que vive ocupado com frangos e leitoas assadas…
MPE?!?
Vale lembrarmos que Antonio Cavalcante Filho, o Ceará do MCCE, se engasgou todo sobre essa denúncia e não balbuciou e nem murmurou coisa alguma a respeito. Silêncio absoluto. Ai fico aqui com meus botões, matutando e buscando alguma luz sobre tudo isso e, principalmente, acerca do silêncio dos sempre mais afoitos e falantes, em se tratando de corrupção, malfeitos e vida alheia. E algumas perguntas surgem naturalmente. Será que o silêncio de Ceará tem explicação no fato de Júlio Pinheiro, hoje, ser companheiro de partido de Serys Marli, no PTB da Ivete Vargas? (Não estou tratando do PTB de Jango e Brizola). Afinal, Ceará sempre orbitou em torno de Serys. É… a vida prega cada peça. Nesse labirinto político em que muitos adentram sem muita cautela, existem tantas armadilhas e dificuldades que, muitas vezes, alguns preferem se calar perplexos diante do espetáculo das contradições e inconsistências de suas frágeis movimentações políticas que levam cada vez mais para longe de uma saída honrosa e digna. Vamos aguardar os acontecimentos e as explicações. Mas esse silêncio é ensurdecedor e demonstra o grau de deterioração da política desta Província de Mato Grosso e deste Arraial da Forquilha. Mas mudando de saco prá mala… e o MP? Parece que tem cor, lado e candidato. Será? Perigosíssimo, não?
Ironia é ver o Enock repercutindo artigo de Itamar Perenha que deixou o ‘exército’ para ser soldado do hamster rato chefe professor do aprendiz. E essa denúncia do hamster só veio à tona porque ele sabe bem que pode atingir o prefeito atual e não o parceiro de diplomas que entupiu a assembleia de vermes. MPE não vai entrar na briga interna da máfia…afinal, o soldado por lá é um glutão que vive ocupado com frangos e leitoas assadas…