
João Dorileo Leal é o diretor-superintendente de A Gazeta e do Grupo Gazeta de Comunicação, do qual também faz parte a Gráfica Millenium, agora investigada, juntamente com outras empresas para esclarecer possível montagem de um esquema de lavagem de dinheiro público, alvo da Operação Edição Extra
É tudo uma questão de edição jornalistica. Na avaliação deste blogueiro, o aparecimento da Gráfica Millenium, do Grupo Gazeta de Comunicação entre as empresas gráficas investigadas pela Operação Lava Jato não merece apenas citação en passant mas manchetes e novos esclarecimentos, que certamente virão, notadamente através dos veículos de comunicação do próprio grupo. Confira o noticiário. (EC)
Outras oito gráficas também são investigadas pela Polícia Civil
Defaz ainda investiga se os serviços contratados realmente foram fornecidos ao Estado
DO MIDIA NEWS
As investigações tiveram início em 2013, com foco no pregão presencial de nº 093/2011, realizado pela Secretaria de Estado de Administração, e o prejuízo aos cofres públicos pode chegar a R$ 40 milhões.
“Existia um conluio entre os proponentes. Eles estabeleciam valores mínimos e mesmo esses valores estão muito além dos realmente praticados no mercado. São propostas superfaturadas”
“Infelizmente, o procedimento aparentemente é legal. Cada empresa participou e ofereceu suas propostas, mas, quando a gente analisa os valores ofertados e os valores de mercado, vê que houve superfaturamento de todas as propostas e que as empresas estavam todas mancomunadas nesse sentido. Ninguém apresentou um valor realmente adequado à realidade dos praticados à época”, completou Cunha.
O delegado reiterou que a delação premiada de um dos donos de uma gráfica que participou do pregão foi fundamental para o início das investigações, bem como para a deflagração da operação.
Segundo Cunha, o delator contou em detalhes como funcionava o suposto esquema, quem eram seus operadores e os beneficiados com o dinheiro desviado.
“A denúncia desse empresário foi feita ao Ministério Público. O empresário, inicialmente, participou das reuniões desse conluio entre as empresas e forneceu informações de como se dava a fraude nesse contrato específico”, afirmou o delegado.
“Estamos em um processo apuratório, todos os proprietários de gráficas que participaram do pregão serão ouvidos para prestar depoimentos”, completou
Outras fraudes
Além das fraudes para realização do pregão para contratação de serviços gráficos para o Estado, a Delegacia Fazendária ainda apura se os serviços contratados realmente foram fornecidos.
“Agora, também começamos a apurar, além dos valores superfaturados, se houve outras fraudes. Temos que investigar, por exemplo, se houve o fornecimento da mercadoria em menor quantidade do que realmente foi contratado, ou se a qualidade foi inferior ao previsto em contratado e até mesmo se o produto realmente foi fornecido”,disse o delegado Carlos Cunha.
Segundo ele, formalmente, existe a entrada de notas fiscais, mas é preciso verificar se realmente as mercadorias foram fornecidas do Estado.
Veja quais gráficas estão sendo investigadas:
Tecnomídia Editora e Comércio Ltda
Gráfica Print Indústria e Editora Ltda
KCM Editora e Distribuidora Ltda
Editora Diliz Ltda, EGP da Silva
Defanti Indústria e Comércio
Gráfica e Editora Ltda
Gráfica Millenium
WM Comunicação Visual
Top Gráfica Editora Ltda
Multigráfica Indústria Gráfica e Editora Ltda
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