É bem Mato Grosso
Aulas do Programa Mais MT Muxirum começam no dia 4 de abril e a meta é atender 30 mil pessoas
É bem Mato Grosso
As aulas do Programa Mais MT Muxirum terão início no dia 4 de abril em todo o Estado, com a expectativa de atender cerca de 30 mil pessoas em 2022. O Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc-MT), investe R$ 14,7 milhões no programa, com o objetivo de erradicar o analfabetismo e ampliar o acesso à educação.
Conforme o secretário de Estado de Educação, Alan Porto, as atividades da equipe à frente do programa começam já no mês de março, com a busca ativa, formação de turmas, cadastramento dos alfabetizadores e de alunos com idade acima de 15 anos em todas as regiões do Estado.
“Queremos que esse número de alunos seja ampliado nos próximos anos, para poder reduzir ou mesmo zerar o índice de analfabetismo em Mato Grosso, que é de 6,2%, segundo dados do IBGE (PNAD-2019). Quando o tolerado pela Unesco é de apenas 3%. Além disso, esse percentual significa cerca 115 mil pessoas que precisam ser incluídas no processo educacional”, afirma Alan, acrescentando que o programa representa uma das ações prioritárias do Governo e tem como meta erradicar o analfabetismo até 2025.
“É uma visão de política pública social que pode ser feita por meio da educação. Nossa tarefa é ir atrás dos estudantes que, por algum motivo, desistiram de estudar ou que não tiveram a oportunidade de frequentar a escola na idade certa, assim, vamos interromper o ciclo de pobreza e ampliar as oportunidades de jovens e adultos”, explica o secretário.
O Programa Mais MT Muxirum foi retomado no ano passado, a partir do Decreto 1.107. Mesmo com as dificuldades ocasionadas pela pandemia da Covid-19, contou com a participação de 58 municípios e cerca de 10 mil alunos matriculados.
“Desde que foi instituído, no dia 15 de setembro, em parceria com os municípios, o programa se tornou um desafio e os nossos esforços têm sido diários no sentido de ampliar as adesões com prefeituras, câmaras de vereadores, lideranças comunitárias e religiosas”, pontua Manoel Sátiro Silveira, responsável pelo programa na Seduc.
No mês de março, a secretaria estadual deve fazer a conclusão do processo de seleção dos alfabetizadores e a indicação dos coordenadores locais. Em seguida, de acordo com o edital 001/2021, vai ser feita a capacitação dos alfabetizadores, entre os dias 21 e 31 de março.
É bem Mato Grosso
CST da Moradia vai discutir alternativas para solucionar o déficit habitacional em MT
Apesar de ser garantido na Carta Constitucional o acesso a uma moradia digna, isso ainda não é realidade para muitos brasileiros. Com o aumento de pessoas vivendo em moradias inadequadas ou até a falta de um lar, o déficit habitacional no Brasil vem crescendo a cada ano.
Em Mato Grosso o déficit habitacional atinge quase 65 mil famílias de baixa renda em 23 dos 142 municípios mato-grossenses. Somente em Cuiabá, 22 mil famílias carentes não possuem casa própria. Em Várzea Grande são mais de 7,5 mil. Os dados são da Associação Comunitária de Habitação do Estado de Mato Grosso (ACDHAM) e abrangem os municípios onde a entidade está presente.
Em uma tentativa de equalizar esse problema, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso deverá instituir a Câmara Setorial Temática da Moradia Popular, requerida pelo Wilson Santos (PSD). Obter um diagnóstico atualizado do déficit habitacional em Mato Grosso é a primeira pauta de trabalho definida durante reunião de preparação da CST, que aconteceu na manhã de quinta-feira (18). “Acreditamos que esse número seja muito maior e que deve chegar a mais de 120 mil famílias no estado”, avaliou o parlamentar.
“O desafio de resolver isso integralmente não é fácil e sabemos que não tem uma solução simples e rápida, não existe a possibilidade de construir esse grande número de casas em cinco ou dez anos”, reconheceu Santos. “Precisamos parar de empurrar esse problema com a barriga e buscar alternativas. Um dos caminhos, neste momento, na minha concepção, é o loteamento urbanizado” , avaliou.
O grupo formado por agentes públicos, representantes dos poderes Executivo, Legislativo, Judiciário, sociedade civil e iniciativa privada, vai discutir propostas para subsidiar políticas públicas de enfrentamento à situação que representa um grave problema social.
Wilson Santos citou a habitação como uma das principais políticas públicas que contempla a família em sua totalidade e destacou a importância de debater o tema com todos os entes envolvidos. “Nos vamos notificar também todos os órgão envolvidos e responsáveis por habitação e loteamento para pedir um diagnóstico da situação no estado, para estudar alternativas que possam ser trabalhadas desde já”, defendeu Santos.
Para Emídio de Souza, presidente da ACDHAM, apontou a redução da destinação de recursos do Fundo de Transporte e Habitação (Fethab) para a habitação e a falta de sensibilidade dos gestores municipais e estaduais como alguns dos principais fatores que dificultam a redução do déficit habitacional. “O que precisa acontecer é investimento em moradias para as faixas 0 e 1 da população, que são aquelas com pouco ou quase nada de recursos para acessar um financiamento”, afirmou. Segundo ele, a moradia social precisa ser prioridade para atender famílias em situação de vulnerabilidade.
A consultora do Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat), Izza Karol Pizza explicou que o Estado já solicitou um estudo de áreas para construção habitacional. “Esse é uma grande precaução do Governo do Estado, que já está fazendo um levantamento de áreas que atendam os requisitos para desenvolvimento de projetos habitacionais”, adiantou. “A união de esforços a partir do trabalho da CST é muito oportuna e pode trazer novas soluções e propostas”, avaliou.
Participaram da reunião o deputado Beto Dois a Um (PSB), e representantes do Ministério Público, do MT Participações e Projetos S/A (MT Par), da Caixa Econômica Federal e outras instituições.
Fonte: ALMT – MT
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