(65) 99638-6107

CUIABÁ
Pesquisar
Close this search box.

Dinheiro na mão é vendaval

Preço dos combustíveis pode subir até 20% em novo reajuste; entenda

Publicados

Dinheiro na mão é vendaval

source
Preço dos combustíveis pode subir até 20% em novo reajuste; entenda
Ivonete Dainese

Preço dos combustíveis pode subir até 20% em novo reajuste; entenda

Após a divulgação do lucro recorde da Petrobras, de mais de 3.000% no primeiro trimestre, o presidente da empresa, José Mauro Coelho, afirmou que a empresa vai continuar seguindo os preços de mercado como forma de “gerar riqueza para a sociedade e evitar desabastecimento de combustíveis no país”.

Segundo especialistas, é alto o risco de um reajuste dos combustíveis, o que a Petrobras não pratica desde o dia 11 de março, em razão da defasagem de preços em relação aos valores cobrados no mercado internacional.

Entre no  canal do Brasil Econômico no Telegram e fique por dentro de todas as notícias do dia 

Dados da Abicom, que representa as importadores, apontam que na sexta-feira a defasagem média do diesel estava em 21% (R$ 1,27 por litro) e da gasolina, em 17% (R$ 0,78 por litro). Relatório da Modal ressaltou que há risco de novos reajustes por conta do aumento constante dessas defasagens.

Nas últimas semanas, representantes dos importadores também têm sinalizado que a defasagem de preços pode gerar falta de combustíveis em alguns locais do Brasil.

Na noite de sexta-feira, levantamento da Agência Nacional de Petróleo (ANP) mostrou que o preço da gasolina subiu pela quarta semana seguida. O valor médio do litro passou de R$ 7,283, na semana passada, para R$ 7,295, nessa semana, marcando novo patamar médio recorde no varejo.  É uma alta de 0,16%.

Desde janeiro, o avanço é de 9,37% nas bombas. O preço máximo da gasolina vendida no Brasil voltou ao patamar histórico, de R$ 8,999 – em Santa Catarina.

Nesta sexta-feira, durante apresentação dos resultados financeiras da estatal no primeiro trimestre, o presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, disse que a empresa não pode se desviar da prática dos preços de mercado.

“É uma condição necessária para a geração de riqueza não só para a empresa, mas para toda a sociedade brasileira, fundamental para a atração de investimentos do país e para garantir o suprimento dos derivados que o Brasil precisa importar”, disse ele.

Leia Também:  Relator da reforma tributária defende imposto único para o consumo

De acordo com sua política de preços, a Petrobras transfere ao valor cobrado na refinaria flutuações nas cotações do dólar e no barril de petróleo. O repasse ao consumidor final depende ainda de outras variáveis, como margem de distribuição e impostos.

Saúde financeira

Coelho lembrou que o Brasil é importador de vários derivados como diesel, GLP (gás de botijão), gasolina e querosene de aviação (QAV). Na quinta-feira, antes da divulgação do resultado, Jair Bolsonaro criticou o lucro da estatal, menos de um mês após demitir o então presidente da companhia, Joaquim Silva e Luna:

“O lucro da Petrobras é maior com a crise. Isso é um crime, inadmissível.”

Perguntado durante a entrevista coletiva, Coelho disse que é legítima a preocupação de Bolsonaro com o aumento de preços dos combustíveis no país.

“É legítima a preocupação do presidente da República, o presidente Bolsonaro, em relação aos preços mais elevados dos combustíveis. Essa elevação dos preços acontece em todo o mundo e é preocupação de todos os líderes governamentais. Mas, por outro lado, por dever de diligência, os administradores da Petrobras devem atuar alinhados com a atual política de preços da companhia.” 

Apesar da pressão de Bolsonaro, Coelho lembrou, no entanto, que “em determinado momento reajustes devem ser feitos”:

“A Petrobras não é insensível à sociedade brasileira, principalmente, em momentos atípicos, como com o conflito no Leste Europeu, que afeta os mercados de energia, em especial, o diesel. E a Petrobras, preocupada com isso, vem acompanhando os preços de mercado, não repassando essa volatilidade de imediato, mas, claro, em determinado momento reajustes devem ser feitos para que a gente mantenha a saúde financeira da companhia.”

Perguntado sobre os riscos de desabastecimento, Cláudio Mastella, diretor de Comercialização e Logística da estatal, disse que a empresa vê o cenário hoje “com cautela”. Lembrou que a empresa tem reforçado a atuação em suas operações no exterior, como em Houston, Roterdã e Cingapura.

“O mercado é atendido por várias empresas. Não temos visibilidade dos demais agentes. Enxergamos com cautela o cenário atual devido aos baixos estoques de diesel nos tanques de armazenagem (no exterior) — afirmou ele.”, Estamos mantendo contato com as cadeias globais. Isso permite monitorar os fluxos. Buscamos antecipar risco.

Leia Também:  Defasagem no diesel cai para 6% após reajuste da Petrobras

Mastella ressaltou também que aguarda “a estabilização da defasem para implementar mudanças” nos preços. Rafael Chaves, diretor de Relacionamento Institucional e de Sustentabilidade da estatal, afirmou que a Petrobras pratica preços de mercado.

“Só existem duas opções: ou é um preço de mercado, que é uma forma democrática de passar informação entre compradores e vendedores e equilibrar oferta e demanda, ou é preço tabelado. E já se viveu isso no passado no Brasil, e alguns vizinhos tentam também. E é uma solução que não funciona”, afirmou ele.

Coelho defende lucro

Chaves reiterou que a estatal “defende preços de mercado”:

“É o que a legislação exige e é isso que garante a mitigação de riscos de desabastecimento de mercado. É importante que se respeite os preços do mercado.”

Segundo Coelho, não há relação significativa entre os resultados da Petrobras e o reajuste nos preços dos combustíveis:

“Para se ter uma ideia, 80% dos ganhos do período foram provenientes das atividades de exploração e produção de petróleo. E apenas 20% de todos os demais segmentos. Esse é um ponto importante”, disse ele, destacando a redução de custos e gestão eficiente.

Coelho defendeu o lucro da estatal, lembrando que outras petroleiras também registraram ganhos no primeiro trimestre deste ano:

“O aumento do preço do petróleo em todo o mundo se refletiu no aumento dos lucros de todas as grandes petroleiras do mundo.”

 O presidente da Petrobras lembrou, em sua apresentação de resultados, que a estatal vai seguir com o plano de negócios que já havia sido estabelecido pela empresa antes de sua chegada à estatal, mês passado:

“Seguiremos comprometidos e aderentes à estratégia delineada ao nosso plano estratégico.”

Ao citar a ênfase no pré-sal, lembrou da continuidade na venda de ativos:

“Isso permite que outras empresas desenvolvam outros recursos.”

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

Dinheiro na mão é vendaval

Em 10 meses o Brasil conquistou 57 novos mercados para os produtos do agronegócio

Publicados

em

Nos últimos dez meses, o Brasil conquistou 57 novos mercados para os produtos do agronegócio, segundo levantamento do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Entre os principais avanços, destacam-se a exportação de carne bovina para o México e de carne suína para a República Dominicana, além do algodão para o Egito e os frutos de mamão “papaya” para o Chile.

O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Roberto Perosa, salientou a relevância da ampliação do acesso a esses mercados para diversas cadeias agropecuárias. Ele enfatizou que essa expansão contribui não apenas para o desenvolvimento sustentável, mas também para a geração de renda e riqueza tanto para o Brasil quanto para o setor.

Além dessas aberturas, o esforço do ministério resultou em outras conquistas significativas. Isso inclui a suspensão do embargo à importação de carne bovina brasileira pela China, após a confirmação de um caso atípico de Encefalopatia Espongiforme Bovina. Também houve a aceitação dos estoques de carne produzidos antes do início do embargo. A certificação oficial de qualidade do algodão brasileiro foi reconhecida no mercado chinês.

Leia Também:  Relator da reforma tributária defende imposto único para o consumo

No âmbito dos acordos, foram estabelecidos acordos de cooperação com Chile e Cuba para a adoção do sistema de “pre-listing” para habilitar estabelecimentos exportadores. No Reino Unido, ocorreu a retomada plena do sistema de habilitação de estabelecimentos, com a retirada dos controles reforçados na inspeção britânica de carregamentos de produtos de origem animal do Brasil.

Fonte: Pensar Agro

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

MATO GROSSO

POLÍCIA

Economia

BRASIL

MAIS LIDAS DA SEMANA