Dinheiro na mão é vendaval
Intervenção em preços nos combustíveis pode ter apoio do Congresso; entenda
Dinheiro na mão é vendaval


A mudança na presidência da Petrobras anunciada na última sexta-feira (19) , está sendo vista por economistas e pelo mercado financeiro como tentativa de interferência na política de preços dos combustíveis, provocando uma reação negativa no índice Ibovespa, que apresentou queda de 4,79% . No entanto, a mensagem passada pelo presidente Jair Bolsonaro nas últimas semanas é um sinal positivo para congressistas.
Além de zerar a alíquota de PIS/Cofins para o diesel, Bolsonaro afirmou na semana passada que “haveria mudanças na Petrobras”. Mesmo após a troca no comando da estatal, o chefe do Planalto disse que ainda terá ajustes na empresa.
De acordo com o especialista em políticas econômicas e professor de relações internacionais do Ibmec-SP, Alexandre Pires, há membros no Congresso Nacional que apoiam o “populismo econômico”, o que deve favorecer a mudança na política de preços.
“Essa interferência do Governo na Petrobras faz com que investidores corram para outros ativos. Temos que ficar de olho, isso é preocupante. No entanto, o populismo econômico é uma pauta que sempre teve defensores no Congresso. E esses partidos que se alinharam com Bolsonaro não devem ser avessos a isso”, diz Pires.
“O Governo não entrar em rota de colisão com o Congresso, quando sinaliza o tempero de suas pretensões econômicas, com o populismo econômico. Gastar mais do orçamento para ter uma redução no custo de vida”, ressalta.
O líder do Partido dos Trabalhadores, oposição ao governo, na Câmara dos Deputados, Ênio Verri (PT-PR), concorda com a intervenção na política de preços da Petrobras. Para o parlamentar, a dolarização dos preços dos combustíveis prejudica o consumidor.
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“Sou a favor da intervenção. O preço do combustível deveria ser fixo, sem influência do dólar. Acredito que há possibilidade de fazer isso. O combustível tem que ser acessível para o povo e não favorecer o mercado financeiro”, afirma o congressista.
No entanto, Verri rebate a afirmação de que a mudança na presidência na Petrobras seja uma interferência direta. O líder do PT ressalta a falta de direção do Governo Federal em relação à política de preços na estatal.
“Ele não fez nada, só trocou o presidente. Se ele intervisse nos preços do combustível, aí sim, é outra situação”, disse Verri.
“O governo não tem uma direção. Nos governos Lula e Dilma ainda tínhamos uma direção nos valores dos combustíveis, no governo FHC também. Nesse governo não tem nem direção, nem ministro da economia”, completou.
Erros repetidos
O professor de relações internacionais do Ibmec-SP, Alexandre Pires, acredita que a interferência de Bolsonaro nas políticas de preços da Petrobras e nas contas de energia elétrica podem ser positivas para a população, mas deve se ter cuidado para não repetir erros do passado.
“Essa interferência pode trazer benefícios a curto prazo para a população, mas, dependendo da forma que for feita, pode trazer prejuízos econômicos, como aconteceu com a Dilma em 2016”, lembra Pires.
“Se não forem tomadas medidas cautelosas, o Governo poderá perder o controle, abrindo precedente para mais uma forte crise econômica e acabar sofrendo um pedido de impeachment”, conclui.


Dinheiro na mão é vendaval
Em investimentos, “ser impulsivo é o principal pecado capital”, diz Werner Roger


Entrevistado na live do Brasil Econômico desta quinta-feira (25), o sócio fundador da Trígono Capital e especialista no mercado de ações Werner Roger afirmou que quem pretende aprender a investir deve ter paciência, diversificar e não apostar. Para ele, o investidor deve evitar ser impulsivo.
“Aposta é algo curto, como uma corrida de cavalo, a mega-sena ou um cassino. As apostas são de muito curto prazo e podem dar um lucro muito grande, mas com chances pequenas. No investimento, você tem controle e ele funciona a longo prazo, no mínimo dois ou três anos no futuro”, explicou.
Sobre a diversificação, ele apontou que é importante começar com ações de empresas em diversos setores, o que garante certa segurança para o acionista que está começando, além de certeza de retorno a longo prazo.
O especialista ainda destacou que o mercado de ações “é um investimento racional, e no longo prazo, isso se traduzirá em retorno. Não é uma expectativa de algo que não está no seu controle, mas uma certeza”.
Roger é atualmente um dos principais especialistas em ‘small caps’ empresas que estão na bolsa de valores com valor de mercado abaixo de R$ 5 bilhões. Ele explicou porque elas podem ser uma boa alternativa para pequenos investidores e iniciantes.
“As small caps são mais estáveis que empresas grandes por não chamarem tanta atenção”, disse durante a entrevista. “Além disso, a recuperação das small caps, diante de uma crise, é consideravelmente mais rápida do que as grandes”, completou.
Estatais
Werner aponta que algumas empresas são mais fáceis de privatizar do que outras. Tanto pelo interesse da população e do governo, quanto pelo interesse do mercado. “A Eletrobrás , além de uma companhia de energia, é responsável por muitas usinas, como a nuclear de Angra. É muito complicado vender uma empresa para o setor privado gerir”, contou.
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Ele avalia ainda que o mercado agiu por impulso durante a troca de presidente da Petrobras. Em investimentos, “ser impulsivo é o principal pecado capital” , frisa
“As empresas que continuam estatais têm um desempenho muito inferior às que foram privatizadas. Na mão do setor privado, essas empresas se dão muito bem e são voltadas para a eficiência e o lucro dos acionistas, e não para o lucro político”, relata.
O baixo rendimento e as intenções políticas das estatais diminuem o atual interesse de investimento nestas empresas, avalia. Suas privatizações, entretanto, podem torná-las mais atraentes.
Ainda assim, Roger ressalta que o mercado tem pouco interesse em privatizar estatais comprometidas com questões binacionais, como a hidrelétrica de Itaipu, ou com interesses políticos diretos, como a Petrobras.
Lives Brasil Econômico
Semanalmente, a equipe do Brasil Econômico traz um entrevistado diferente para discutir assuntos relevantes da economia atual, sempre às quintas, 17h.
Werner Roger, CIO (Chief Investment Officer) da Trígono Capital e colunista do Brasil Econômico, foi entrevistado pela editora do portal iG, Ludmila Pizarro e pelo repórter João Victor Redevilho.
Roger ainda falou sobre os benefícios do dividendos, sobre a escolha de empresas para investir e a retomada de serviços que envolvam o público.
Assista na íntegra!
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