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Brasil, mostra tua cara

LUANA SOUTOS: Eu voto nulo. Com grande quantidade de votos nulos, os caras eleitos vão parar e pensar que, sem a legitimidade que esperavam, deverão ter cuidado com o que vão fazer

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Brasil, mostra tua cara

Luana Soutos é jornalista em Cuiabá, Mato Grosso


Eu voto nulo
Por Luana Soutos
Eu voto nulo porque a política vai muito além do ato de votar. O voto nulo não anula eleição, mas é uma maneira de demonstrar que estamos insatisfeitos com os candidatos “colocados na prateleira” ou mesmo com o sistema eleitoral, que é bastante restrito e nada democrático. Primeiro, porque, teoricamente, as pessoas são convencidas de que as opções são somente aquelas, e que só através do voto é possível mudar alguma coisa.
Mas os partidos que conseguem eleger alguém, são sempre os mesmos, liderados pelos caras que estão aí há anos, só sugando o dinheiro do trabalho do povo para beneficiar seus negócios. Os pequenos partidos e, em especial, aqueles partidos que apresentam projetos que realmente trazem alguma diferença, são massacrados pelo sistema eleitoral e pela mídia. Nada é igual, nem a quantidade de recursos, nem o espaço na mídia, nem a atenção para as diferenças de projeto.
Eduardo Galeano tem um conto que pode elucidar bem essa questão. Um bondoso e democrático cozinheiro chamou as aves que cozinharia para perguntar a elas com que molho gostariam de ser comidas. Uma delas simplesmente respondeu que não queria ser comida com molho algum. “Mas isso está fora de questão”, disse o cozinheiro.
Acreditar que somente a eleição pode trazer alguma diferença é limitar nossa atuação política, enquanto cidadãos e, portanto, reais detentores do poder. Escolher algum candidato qualquer, principalmente desses que já fazem parte da elite econômica e política da nossa sociedade, é legitimar um sistema que serve para beneficiar alguns. E é essa a intenção do sistema eleitoral como é aqui no Brasil – por isso o voto é obrigatório.
O voto nulo, ao menos, deixa clara a posição de que nós sabemos que existem outras alternativas, e que nós mesmos podemos fazer diferente, independente de quem esteja lá nos “representando”. Com grande quantidade de votos nulos, os caras eleitos vão parar e pensar que, sem a legitimidade que esperavam, deverão ter cuidado com o que vão fazer, pois encontrarão a resistência de um povo que sabe que as decisões políticas não estão nas mãos dele.
Luana Soutos é jornalista em Cuiabá, Diretora de Fiscalização do Sindjor-MT e estudante de Ciências Sociais

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Bilionário mexicano elogia economia brasileira e anuncia investimentos

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O empresário mexicano Carlos Slim, fundador da América Móvil, maior conglomerado de telecomunicações da América Latina, e que controla a operadora Claro, no Brasil, foi recebido nesta sexta-feira (19) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto. Eles conversaram sobre o panorama da economia e investimentos programados para os próximos anos. Um dos homens mais ricos do planeta, Slim tem uma fortuna estimada em quase US$ 100 bilhões, segundo estimativas da revista norte-americana Forbes. Após o encontro com Lula, o empresário elogiou os rumos da economia brasileira.  

“Falamos das economias, como estão, a economia do Brasil, que está cada vez melhor, com a inflação muito reduzida, muitos planos de investimento e o interesse que temos de seguir investindo em telecomunicações”, disse em conversa com jornalistas. 

O mexicano anunciou planos de investimentos para os próximos anos da Claro no Brasil, que prevê aportes de R$ 40 bilhões, especialmente em fibra ótica, internet de alta velocidade e serviços para cidadãos e empresas a partir da tecnologia 5G.

Slim também falou sobre a alta concorrência do mercado brasileiro em telecomunicações e defendeu uma revisão da neutralidade de rede, para que as grandes plataformas de tecnologia, as chamadas big techs, paguem pelo uso intensivo de dados. As quatro maiores big techs do mundo (Apple, Microsoft, Meta e Google) usam, segundo Slim, 70% da rede de tráfego de dados disponibilizada pelas empresas de telecomunicações.  

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“Eu creio que a neutralidade da rede faz com que as grandes empresas, que fazem grandes operações, usem a rede, e seria conveniente que fizessem um pagamento mínimo, que se reverta em benefício ao consumidor, através de mais investimento e menores preços”, defendeu.

Em nota, o Palácio do Planalto informou que o presidente Lula relembrou, na conversa com o empresário, sobre o isolamento internacional que o Brasil viveu no governo anterior e como o país se reinseriu no cenário internacional em 2023, com presença nos principais fóruns e reuniões bilaterais com os principais líderes mundiais.

“Lula relatou o processo de reconstrução do Estado brasileiro a partir da PEC da Transição e da retomada de programas sociais. Reforçou que em 2024 o Brasil vai crescer de novo mais do que o previsto, assim como ocorreu em 2023, com estabilidade e previsibilidade, e falou dos planos de investimento em infraestrutura, que totalizam R$ 1,7 trilhão via Novo PAC nos próximos anos”, diz a nota.

Fonte: EBC Política Nacional

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