SINFATE: Incentivos fiscais ameaçam as contas
Estudo mostra que o crescimento na arrecadação de ICMS em Mato Grosso, entre 2006 e 2011, foi abaixo de estados com características semelhantes
Fiscais da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) trabalham em um posto fiscal na região de divisa de Mato Grosso: arrecadação precisa crescer
RODRIGO VARGAS
DIARIO DE CUIABÁ
Estudo produzido pelo Sintafe (Sindicato dos Fiscais de Tributos Estaduais) aponta que a má administração tributária e excesso de renúncias fiscais estão a corroer ano a ano as finanças de Mato Grosso, com riscos ao cumprimento de despesas básicas, como a folha salarial.
“O governo está abrindo mão de arrecadação própria, sobre a qual ele tem total governabilidade, para ficar cada vez mais dependente das transferências da União e da realização de empréstimos. Esse modelo não é sustentável em longo prazo”, diz o presidente da entidade, Ricardo Bertolini.
De 2006 a 2011, segundo o estudo comparativo, o crescimento da arrecadação do ICMS em MT (66,3%) foi inferior ao registrado em Estados como Goiás (110,2%), Mato Grosso do Sul (79,9%) e Rondônia (94,7%).
“Esses estados experimentam um ciclo de crescimento similar ao de Mato Grosso. No caso de Mato Grosso do Sul e Goiás, além de apresentarem um ciclo de crescimento similar ao nosso, possuem similaridade também quanto à política de concessão de benefícios fiscais”, diz o estudo.
O baixo crescimento, de acordo com o sindicato, é resultado da administração tributária implantada em Mato Grosso e da forte desoneração do ICMS por parte do Governo Estadual.
No campo administrativo, Bertolini cita como equivocada a decisão de abolir multas para casos em que impostos sonegados são pagos antes da inscrição na dívida ativa.
“Se o contribuinte que sonegar não for fiscalizado, sairá em vantagem em relação ao contribuinte que pagou todos os impostos devidos nos vencimentos. E se for fiscalizado pagará o mesmo valor que aquele contribuinte que não sonegou. Não há riscos”, afirma.
Outra medida contestada é a anistia e remissão de débitos (50%) concedida em 2010. “Inicialmente abrangia os débitos referentes a períodos anteriores a 31/12/2009, mas foi constantemente sendo alterada, passando a ser aplicada também para períodos mais recentes.”
Ao analisar as contas estaduais de 2011, o Tribunal de Contas descobriu que as contas daquele exercício fecharam com um déficit de R$ 240 milhões, com tendência de aumento. “O déficit atual, depois de todos os cortes do orçamento, ainda seria de R$ 700 milhões”, diz o sindicalista.
No campo das renúncias fiscais, que entre 2013 e 2015 deverão alcançar quase R$ 2 bilhões (segundo a LDO 2013), a entidade diz ver o governo se tornou “um mestre em inovar quanto a formas de concessão”. Mas o caminho, em muitos casos, é pouco efetivo.
“É preciso incentivar todo um segmento, e não somente algumas empresas. Também é preciso incentivar atividades industriais que são importantes para o desenvolvimento do Estado e que não as existem ou que estão fragilizadas.”
Não há, na visão da entidade, “prestação de contas claras” e não são publicados os valores que as empresas deixam de recolher. “Podemos ter a situação de o incentivo ser tão alto ante os empregos gerados, que é barato o governo pagar os salários das pessoas e cobrar o ICMS integral devido.”
A partir de 2014, cerca de R$ 250 milhões anuais em dívidas relacionadas às obras da Copa começam a ser cobrados e, segundo o Sinfate, a “situação que já é dramática pode piorar.”
“Se houver um descompasso entre o crescimento experimentado pelo Estado e sua arrecadação o Governo terá problemas. Por isso, se não forem mudados os rumos, temos sim, a possibilidade de atraso salarial no Estado.”
A Secretaria Estadual de Fazenda foi procurada pela reportagem, mas disse que não iria comentar as afirmações do Sinfate.
Esse é o trabalho do fracassado Pedro Nadaf, ex-secretário “quase vitalício” da Secretaria de Indústria e Comércio. O Estado precisa conferir as contas desta secretaria. E mais, precisa verificar a legalidade desses benefícios fiscais. Se isso acontecer, Nadaf que se cuide!!
O sindicato dos fiscais está agindo de modo malicioso. A preocupação nunca foi a arrecadação e sim o poder interno, no que sempre foram coparticipes até o governo Maggi. Então ficam com essa moagem de renúncia fiscal e gestão equivocada em que a primeira questão é problema da pasta da Indústria e Comércio e a segunda é direcionada ao alvo Marcel de Cursi. Francamente, e a questão das cartas de crédito? Esse é o problema principal nesse momento. Por que os sindicatos dos fiscais não apuraram o caso das cartas de crédito? O principal problema de MT, além da má gestão nas obradas da Copa, que é comandada por um fiscal desse mesmo sindicato, é a emissão e compensação das cartas de crédito feita aos milhões todos os meses. A quem interessa esse negócio das cartas? Ao cidadão que paga impostos e ao comerciante cumpridor dos seus deveres é que não é. E cadê o sindicato dos fiscais? Sempre nessas bobajadas que visam apenas atrair a atenção do secretário Marcel de Cursi. Fala sério!
O negócio das cartas de crédito interessa ao Gilmar Fabris! hahahahaha
Afinal de contas, que dia o MPE vai pedir a prisão do deputado Fabris? Com a palavra o novo PGJ, Paulo Prado. Ou vai ficar prendendo só ladrão de galinha e traficante de terceira?
FISCAL EM MT É SINÔNIMO DE LADRÃO/CORRUPTO/BOLEIRO/MALANDRO…
ESSA SEFAZ É UMA CAIXA PRETA…
NADAAF É O HOMEM TANTO DO BLAIRO QUANTO DO ‘BARBOSTA’…
NESSE MT SÓ TEM B.O…