As lutas do povo trabalhador
Adesistas do PT ameaçam mandato popular de Ademir Brunetto
As lutas do povo trabalhador
O Partido dos Trabalhadores fala em trabalhar uma candidatura própria para a disputa pelo governo do Estado, em 2014, mas suas lideranças adesistas e pelegas não conseguem desgrudar do governo de Silval Barbosa. Com o sepultamento de Carlos Abicalil, que até mesmo se auto-baniu de Mato Grosso , depois da derrota acachapante que sobreu em 2010, o grupo adesista – comandado, agora, por Ságuas e Alexandre – não sabe direito o que fazer e sonha com uma adesão do juiz federal Julier Sebastião para se viabilizar em 2014. A ex-senadora Serys, sem estofo ideológico para sustentar a batalha contra os adesistas, fugiu da batalha, se desligou do partido e hoje virou peça acessória da política de Pedro Taques e Mauro Mendes, que sempre que lhes interessa se fingem de esquerdistas para iludir setores mais consequentes da sociedade civil organizada. Lúdio Cabral e sua corrente, enredado pelos adesistas, em 2012, continua de bico calado, numa omissão que o compromete. O caminho para a recuperação do PT está sendo ditado pelo deputado estadual Ademir Brunetto, que lidera a corrente da Militância Socialista em Mato Grosso: o partido deve, imediatamente, romper com o governo de Silval Barbosa, reaproximar-se de suas bases históricas, nos sindicatos e no movimento social, e tratar de ganhar musculatura para a disputa de 2014, assumindo desde já a defesa da reeleição da presidente Dilma. Como os adesistas não sabem pensar seu estarem escorado num cargo ou numa boquinha, o grupo de Alexandre e Ságuas (sem a presença de Abicalil, que vive escondido em Brasília) já anuncia mais uma de suas políticas tortas: trabalhar pela expulsão de Ademir Brunetto. Caso esta tese traidora tenha êxito, pode ser a última pá de cá no PT de Mato Grosso. Confira o noticiário. (EC)
Ademir Brunetto pode ser expulso do PT
A postura oposicionista do deputado estadual Ademir Brunetto está “na mira” da Executiva do PT em Mato Grosso e pode render a expulsão dele da legenda. O deputado admitiu que já foi advertido verbalmente pela direção partidária
DO DIÁRIO DE CUIABÁ
Segundo o presidente do diretório estadual do partido, Willian Sampaio, a cúpula do PT pretende intensificar as deliberações internas quanto aos assuntos que são pauta na Assembleia Legislativa.
“Vamos cada vez mais definir qual será nosso posicionamento. A partir daí, queremos marcar duro essas desobediências para que as medidas cabíveis sejam adotadas”, adianta.
O próprio Brunetto afirma já ter sido advertido verbalmente pela direção partidária para se “realinhar”. Além de adotar uma postura rígida quantos os projetos encaminhados pelo Executivo, o parlamentar tem defendido abertamente que o PT deixe a base de sustentação do governo Silval Barbosa (PMDB).
A postura tem prejudicado o diálogo do partido dentro da Assembleia, segundo o deputado Alexandre Cesar, líder da bancada do PT na Casa. “Só temos dois representantes, ele e eu. Se apenas um está disposto a ouvir, fica complicado. Eu também tenho críticas a fazer, mas daí a ter uma postura de oposição é bem diferente. Isso não é partidário”, diz o parlamentar.
Embora Sampaio ainda não fale explicitamente que este é um caso para expulsão, a saída de Brunetto do partido – e, consequentemente, da Assembleia – poderia facilitar os planos do PT de conseguir uma vaga no Legislativo estadual para o ex-vereador por Cuiabá Lúdio Cabral.
Desde que o petista foi derrotado na eleição à Prefeitura da Capital pelo empresário Mauro Mendes (PSB), a cúpula petista no Estado vem se organizando para mantê-lo em evidência. Isso porque Lúdio é uma das apostas do PT para 2014. Segundo Sampaio, o nome dele é cotado até mesmo para disputar o governo, caso o juiz federal Julier Sebastião da Silva resolva não se filiar à legenda para concorrer ao cargo.
Mesmo consciente de que corre riscos, Brunetto não aparenta ter interesse em mudar de estratégia. O petista não tem perdido nenhuma oportunidade de criticar ações e Silval e rechaça as teorias de que a postura tem vínculos com a derrota na disputa pela prefeitura de Alta Floresta, quando sua esposa, Lucimara Brunetto (PT), perdeu a eleição para o peemedebista Asiel Bezerra.
O primeiro a vincular a derrota à postura de oposição foi o líder do governo do Legislativo, deputado Romoaldo Júnior (PMDB), apoiador direto da campanha de Asiel. Brunetto, no entanto, rebate. “Responder a todas as minhas críticas com a afirmação de que é por causa de Alta Floresta chega a ser covardia”.
Alexandre Cesar, por sua vez, também afirma que a mudança de postura se deu depois do pleito do ano passado. “Ele diz que não tem relação, mas é algo recente. Chega a ser contraditório, porque até há pouco tempo ele tinha cargos no governo”, dispara. (LN)
Alguma coisa está fora da ordem
RICARDO BERTOLINI: Inflação alta, salário mínimo desvalorizado e tributação injusta
Inflação alta, salário mínimo desvalorizado e tributação injusta
Ricardo Bertolini
A política de valorização do Salário Mínimo, que vigorou de 2011 a 2019, tinha a missão de repassar uma parcela da riqueza nacional aos trabalhadores de baixa renda, e que consequentemente, recebem Salário Mínimo. Nesse período, o governo assumiu o compromisso de reajustar o Salário Mínimo de acordo com o índice inflacionário oficial, acrescido do percentual de variação positiva do Produto Interno Bruto – PIB, que é a soma de todas as riquezas produzidas pelo país;
Essa promessa de valorização do Salário Mínimo foi abandonada pelo governo, no entanto esperava-se a manutenção do compromisso de reajustar o Salário Mínimo de acordo com a variação do índice inflacionário oficial;
Dados divulgados pelo IBGE, nos dão conta que a inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), no período de 2020, fechou com alta de 4,52%. Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), utilizado para reajustar o Salário Mínimo registrou alta de 5,45%;
No entanto, o governo reajustou o Salário Mínimo para R$ 1.100,00, aplicando índice de 5,26%. Em outras palavras, o reajuste do Salário Mínimo não cobre nem a inflação oficial;
Segundo dados levantados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – DIEESE, com um Salário Mínimo é possível comprar cerca de 1,58 cestas básicas, que custam, em média, R$ 696,70, composta por 13 itens alimentícios, base para cálculo do Salário Mínimo, necessário para sobrevivência de um trabalhador e de sua família. O valor é considerado o pior Salário Mínimo dos últimos 15 anos, justamente pelo menor poder de compra de alimentos, que variaram 14,09% contra os 5,26% de reajuste concedido para o mesmo período;
Segundo o DIEESE, o valor do Salário Mínimo deveria ser de R$ 5.304,90, para uma família de 4 pessoas, dois adultos e duas crianças. No entanto, nem o governo nem a iniciativa privada se dizem capazes de garantir ou mesmo suportar valores nesses patamares;
Não é demais enfatizar que, para as famílias de baixa renda, os efeitos da inflação são sentidos com mais intensidade. Vejamos os exemplos das altas do óleo de soja e o arroz, que para o mesmo período, tiveram aumentos de 103% e 76% respectivamente;
Não bastasse as perdas inflacionárias e a redução do Salário Mínimo, a tributação injusta também afeta os mais pobres. Veja a tabela do Imposto de Renda Pessoa Física – IRPF, por exemplo: a não correção da tabela de tributação da renda gerou uma cobrança de imposto de renda acima da inflação de 103% dos trabalhadores. Segundo estudos do SINDIFISCO NACIONAL, no período compreendido entre 1996 e 2020, o IPCA acumulou alta de 346,69% e a tabela de Imposto de Renda foi reajustada em 109,63%. Em 24 anos, somente nos anos de 2002, 2005, 2006, 2007 e 2009 a correção da tabela ficou acima da inflação, sendo que a última atualização aconteceu em 2015. Com essa política de não atualização da tabela, salários a partir de R$ 1.903,98 já pagam imposto de renda;
Se a tabela do imposto de renda fosse reajustada conforme a inflação oficial, ganhos até R$ 4.022,89 não pagariam o imposto. Segundo dados da Receita Federal do Brasil – RFB, o número de declarantes isentos seriam mais de 21,5 milhões de pessoas, dobrando o número atual;
E ainda tem a questão da tributação centrada no consumo, o que faz com que as famílias de menor renda, paguem mais impostos proporcionalmente, do que as famílias das classes mais altas e maior potencial econômico;
Cancelamentos de matrículas, migração para ensino público, perdas de planos de saúde, trabalhos informais e aumento de número de desempregados, contribuirá para formação de uma enorme demanda social, pois os brasileiros estão mais pobres, sem empregos dignos e alimentação superonerosa;
Analisando esse cenário, chegamos à conclusão que estamos caminhando para obter o resultado da seguinte equação:
Inflação alta
+
Salário Mínimo desvalorizado
+
Tributação injusta
=
Aumento da Desigualdade Social.
Ricardo Bertolini, Fiscal de Tributos Estaduais, diretor da FENAFISCO – Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital e do SINDIFISCO-MT
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